O impacto da COVID-19 no diagnóstico da tuberculose no estado de São Paulo de 2019 a 2023
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Palavras-chave

Tuberculose
Diagnóstico
COVID-19

Como Citar

1.
Mendes F de F, Gallo JF, Pereira AA, Simeão FCDS, Chimara E. O impacto da COVID-19 no diagnóstico da tuberculose no estado de São Paulo de 2019 a 2023 . Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 3º de novembro de 2024 [citado 5º de fevereiro de 2025];83:e40564. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/41363

Resumo

A Tuberculose (TB), causada pelo Mycobacterium tuberculosis, é a segunda doença infecciosa, com menor incidência apenas em relação à COVID-19. Em 2020, durante a pandemia de COVID-19, a TB mostrou queda acentuada da incidência, aumento do abandono do tratamento e queda na realização de testes diagnósticos. O estado de São Paulo (SP) possui a maior rede de laboratórios públicos do país para diagnóstico da TB, com 234 laboratórios, dos quais 41 realizam o Teste Rápido Molecular para Tuberculose (TRM-TB). O TRM-TB detecta o M. tuberculosis e a resistência à rifampicina (RIF), com menor tempo e custo em relação à cultura e ao teste de sensibilidade, permitindo um tratamento precoce e a interrupção da transmissão. O objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto da COVID-19 na realização de TRM-TB. Foi realizado o levantamento do número de testes realizados, da positividade e da resistência à RIF no período de janeiro de 2019 a dezembro de 2023, e o levantamento dos exames de COVID 19 realizados no estado de São Paulo no mesmo período. Foram realizados 939.559 TRM-TB e 6.266.385 testes de COVID-19 no período avaliado. Observamos um aumento de 20,5% e 9,7% no número de TRM-TB realizados quando comparados os anos de 2021 2022 e 2022-2023, respectivamente, e um aumento de positividade de 0,6%, tendo por base a positividade de 7,0% encontrada em 2019, pré-pandemia. Em contrapartida, os testes de diagnóstico de COVID-19 em SP tiveram sua maior queda de 2021 para 2022 (73,4%). Não houve alteração na porcentagem de detecção de traços, indicador importante de qualidade do exame TRM-TB. Houve pequena oscilação na taxa de detecção a RIF, variando entre 2,6-3,2%. Este estudo demonstrou o crescente aumento do número de testes e na positividade de TB após a pandemia de COVID-19, indicando o impacto no diagnóstico da tuberculose.

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Copyright (c) 2024 Flávia de Freitas Mendes, Juliana Failde Gallo, Aparecida Andrade Pereira, Fernanda Cristina Dos Santos Simeão, Erica Chimara

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