Resumo
O Instituto Adolfo Lutz integra a Rede Nacional de Vigilância do vírus da Influenza desde 2002. Atualmente há 24 unidades sentinelas (US) distribuídas no estado de São Paulo. Atribui-se a essas US a coleta sistemática de sete amostras respiratórias semanais de secreção de nasofaringe ou swabs combinados de orofaringe e nasofaringe, de indivíduos apresentando quadro de síndrome gripal (quadro respiratório agudo que apresenta pelo menos dois dos seguintes sintomas: febre, mesmo que referida, calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza, distúrbios olfativos ou gustativos). Essa atividade tem por objetivo monitorar os vírus da influenza circulantes para atualização anual da composição da vacina para o Hemisfério Sul, além de subsidiar as ações de vigilância, prevenção e controle da Influenza e outros vírus respiratórios. As secreções respiratórias são enviadas ao Instituto Adolfo Lutz para identificação dos vírus (Influenza, SARS-CoV-2, VSR, Rinovírus, Adenovírus) pela RT-qPCR, isolamento viral e sequenciamento (Influenza, SARS-CoV-2, Vírus Sincicial Respiratório (VSR)). Até a semana epidemiológica 27 de 2024, das 1.338 amostras positivas analisadas: 178 (13,30%) A(H1); 211 (15,77%) A(H3); 12 (0,90%) B; 190 (14,20%) SARS-CoV-2; 498 (37,22%) Rinovírus; 167 (12,48%) VSR; 82 (6,13%) Adenovírus foram identificados. Quanto ao sequenciamento: A(H1) pertence aos clados 6B.1A.5a.2a e 6B.1A.5a.2a.1; A(H3) ao clado 3C.2a1b.2a.2a.3a.1; B em análise. A vigilância constante e contínua da circulação dos vírus da Influenza é imprescindível para a atualização anual da vacina contra Influenza com vistas a minimizar a morbidade e mortalidade conferida pelos vírus.
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