Resumo
O autor estuda o soro de doentes de Leishmaniose Tegumentar Americana ante as seguintes reações: intradermorreação de Montenegro (com suspensão de Leishmanias) - Reação para sífilis (Wassermann-Kahn-Meinicke) - Reação de Formol-gel, tipo Napier - Reação de Formol-gel, tipo Nattan-Larrier - Reação de Brahmachari - Reação de floculação em água destilada. Todas estas reações foram feitas comparativamente em cada soro. Os doentes de Leishmaniose foram divididos conforme o estádio de tratamento. Além dos soros de doentes de Leishmaniose, foram estudados soros de doentes sifilíticos, palúdicos, leprosos e de algumas outras moléstias. O autor conclui que na Leishmaniose Tegumentar Americana, as reações acima não dão resultados constantes, a não ser a intradermorreação de Montenegro, que o autor julga ainda ser a melhor prova de diagnóstico. As reações praticadas deram resultados ora positivos, ora negativos, com quase todos os soros, donde conclui pela inespecificidade das mesmas. Os resultados, obtidos pelo autor, não concordaram com aqueles obtidos por outros autores que trabalharam em soros de doentes de Calazar. Nos casos palúdicos os resultados das reações se aproximaram mais daquelas obtidas com os soros de leishmaniosos. Como no Brasil a malária é geograficamente espalhada e coincide em muitas partes com as zonas de Leishmaniose, as reações estudadas perdem muito de valor, em relação ao diagnóstico diferencial.
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