Resumo
A Secretaria de Estado da Saúde é responsável pela formulação da Política Estadual de Saúde e de suas diretrizes, visando organizar ações e serviços de saúde promovendo integralidade da atenção, racionalização dos gastos, otimização dos recursos e equidade na perspectiva de garantia do direito à saúde (Ibanez, 2011). Neste sentido, uma das prioridades atuais da Secretaria de Estado da Saúde é fortalecer a linha de cuidado para áreas estratégicas e agravos prevalentes, como é o caso das doenças crônico-degenerativas. Dentre as ações com maior impacto sobre a mortalidade e controle do Infarto Agudo do Miocárdio está o aumento da oferta do serviço de Hemodinâmica no Estado de São Paulo. No entanto, para que se tome tal decisão, algumas informações precisam ser levantadas para fundamentar o investimento mais adequado em termos
de custo e qualidade de serviço. O estudo analisou, por meio da base de dados do Sistema Único de Saúde e da Agência Nacional da Saúde Suplementar, a oferta de serviços de Hemodinâmica no Estado de São Paulo, bem como a produção, número de equipamentos, produção por equipamento e por serviço e, por fim, comparou o resultado obtido com normativas do Ministério da Saúde e valores de outros países. São 47 serviços habilitados, presentes em 15 dos 17 Departamentos Regionais de Saúde (DRS). Há 81 equipamentos em uso no SUS e com produção vinculada. Quando analisada a produtividade, observa-se que esta varia bastante: desde o DRS de São João da Boa Vista, com 5,3 procedimentos para cada 100.000 habitantes da população total; para a maior taxa observada no DRS de Barretos, com 551,5 para cada 100.000 habitantes da
população total. Quando estratificada a produtividade por dia, a maior produtividade é a do DRS de Sorocaba, com 7,3 procedimentos por equipamento por dia e a menor, DRS de São João da Boa Vista, com 0,1 procedimentos por equipamento por dia. Dessa forma, o estudo evidencia a baixa produtividade em alguns serviços e a má distribuição destes entre os DRS.
Referências
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