Identificação de antropofagia em fêmeas de Aedes aegypti visualmente classificadas como não ingurgitadas
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Palavras-chave

Aedes
Controle de Vetores
Entomologia/métodos
ELISA

Como Citar

1.
Garrido Júnior VO. Identificação de antropofagia em fêmeas de Aedes aegypti visualmente classificadas como não ingurgitadas. Bepa [Internet]. 31º de janeiro de 2020 [citado 5º de novembro de 2024];17(193):1-12. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/BEPA182/article/view/33998

Resumo

Recentemente o Brasil sofreu com diversas epidemias de diferentes arboviroses, acometendo milhares de pessoas. Devido a isso, as autoridades de saúde pública têm realizado estudos de novas estratégias de combate ao mosquito Aedes aegypti, visando diminuir o número de pessoas afetadas por essas doenças, tanto por medidas de controle da infestação, quanto por medidas que visam diminuir o contato homem-vetor. Esse estudo teve como objetivo analisar fêmeas de Aedes aegypti classificadas como estágio 1 de Sella e evidenciar sua importância como parâmetro de avaliação de estratégias de diminuição do contato homem-vetor. O método utilizado para investigar a proporção de fêmeas que se alimentaram de sangue humano foi o ensaio imunoenzimático (ELISA). As fêmeas de mosquitos processadas nesse estudo foram capturadas em 3 regiões distintas da cidade de Marília-SP. Os ensaios evidenciaram a importância do processamento de fêmeas em todos os graus de digestão sanguínea, pois mesmo as que visualmente não continham a presença de sangue em seu abdômen apresentaram alto percentual de positividade para sangue humano. Demonstra-se que a utilização da proporção de fêmeas alimentadas com sangue humano pode ser um índice interessante para avaliar estratégias protetivas de diminuição do contato homem-vetor.

https://doi.org/10.57148/bepa.2020.v.17.33998
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Referências

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