Avaliação da vigilância da raiva canina e felina no estado de São Paulo entre 2003 e 2013
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Como Citar

1.
Marinelli Martins C, Hardt L, Maria Lopes Vieira A, Peres Barbosa de Castro A, Ferreira F. Avaliação da vigilância da raiva canina e felina no estado de São Paulo entre 2003 e 2013. Bepa [Internet]. 30º de setembro de 2020 [citado 23º de dezembro de 2024];17(201):20-56. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/BEPA182/article/view/34266

Resumo

A raiva humana, canina e felina (AgV-2) não ocorre no estado de São Paulo, Brasil, desde 1999. O último caso de raiva humana
por esta variante ocorreu em 1997 e os últimos casos de raiva canina e felina ocorreram em 1998. Em 2001 ocorreu o último caso humano associado a AgV-3 e entre 2003 e 2013 houve três casos caninos e sete felinos, todos associados à AgV-3. O objetivo do presente estudo foi avaliar a vigilância da raiva canina e felina no Estado de São Paulo, Brasil, de acordo com a metodologia do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC). A análise dos dados de vigilância para cães e gatos demonstrou a baixa simplicidade, sensibilidade, flexibilidade e aceitabilidade do sistema. A representatividade espacial diminuiu entre 2003 e 2013, chegando a 60,5% da área do Estado sem vigilância de cães em 2013. O tempo médio entre o registro dos sinais clínicos de cães e gatos e a divulgação do resultado laboratorial em 2012 e 2013, foi de 25 dias, caracterizando baixa oportunidade. Esses dados demonstram que o sistema tem baixa capacidade de detectar a doença precocemente nas populações avaliadas. melhora dos indicadores do sistema depende da sensibilização do setor veterinário privado no sentido de participar mais ativamente deste, do estabelecimento de parcerias público-privadas para a investigação de suspeitos e da implementação de um sistema de informação padronizado para melhorar a qualidade dos dados.

https://doi.org/10.57148/bepa.2020.v.17.34266
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