Resumo
O panorama das exposições tóxicas no Brasil é representado pelos registros feitos aos sistemas de informação
em saúde e por publicações que discorrem sobre amostras e realidades específicas, porém, há uma importante
subnotificação, de modo que o cenário conhecido pode não ser representativo das ocorrências nos municípios.
Soma-se ainda que a dimensão da gravidade e das morbidades associadas não estão entre os dados disponíveis,
elementos importantes para discussão de políticas de vigilância. Objetivo: Estudar características clínicoepidemiológicas
e assistência das exposições tóxicas atendidas em Unidades de Urgência e Emergência
(UUE) do SUS. Métodos: Foram analisadas as publicações sobre exposições tóxicas entre 1990 a 2016,
quanto às variáveis clínico-epidemiológicas, de gravidade e assistência, sendo as publicações agrupadas em:
(a) estudos do perfil epidemiológico geral; (b) estudos delimitados a circunstâncias específicas de exposição;
(c) estudos delimitados a grupos de agentes tóxicos específicos e; (d) estudos delimitados a circunstâncias
e agentes tóxicos específicos. Paralelamente, realizou-se estudo transversal dos atendimentos em três UUE:
São João da Boa Vista (SJBV), Espírito Santo do Pinhal (ESP) e Santo Antônio do Jardim (SAJ), em 2016.
A análise foi descritiva de todas as variáveis, sendo avaliadas também a gravidade e a ocorrência de eventos
adversos ao tratamento (EAT) com os instrumentos Poisoning Severity Score (PSS) e Global Trigger Tool
(GTT), respectivamente. Resultados: Foram identificados 68 estudos, sendo 15 do grupo “a”, 10 no “b”, 28
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