Estudo descritivo: histopatologia e imuno-histoquímica para a detecção de patógenos em amostras de fauna selvagem recebidas pelo Instituto Adolfo Lutz, Brasil
pdf

Palavras-chave

saúde pública
saúde única
zoonoses
patologia
imuno-histoquímica

Como Citar

1.
Loureiro Morales dos Santos A, Onishi Nagamori F, Paixão de JesusI I, Santos da Silva Ferreira C, Martins do Nascimento P, Alves da Silva S, de Carvalho J, Martins Zwarg T, Aparecida Cardoso Coimbra A, Sanches T, Petri B, Milanelo L, Santos de Araújo R, Mello Pereira da Silva S, Albergaria Ressio R, dos Santos Cirqueira C, Takami Kanamura C, Mariotti Guerra J, Del Castillo Saad L, M. Fernandes Spinola R, Katz G, Ingara de Moraes Costa M, Luiz Catão Dias J, Coelho Couto de Azevedo Fernandes N. Estudo descritivo: histopatologia e imuno-histoquímica para a detecção de patógenos em amostras de fauna selvagem recebidas pelo Instituto Adolfo Lutz, Brasil. Bepa [Internet]. 31º de janeiro de 2021 [citado 4º de dezembro de 2024];18(205). Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/BEPA182/article/view/34707

Resumo

Objetivo: Descrever a casuística de fauna selvagem avaliada no ano de 2019, em laboratório de referência do Estado de São Paulo, Brasil, por meio de análises histopatológicas e imunohistoquímicas após a implantação de um programa piloto de vigilância laboratorial. Métodos: estudo descritivo, com levantamento de amostras de primatas não-humanos, aves e outros
mamíferos, recebidas de dois centros de triagem do município de São Paulo. Para tal, foram revisadas as fichas de encaminhamento, relatórios histopatológicos e imuno-histoquímicos emitidos e os dados foram tabulados em planilhas e analisados por distribuição de frequências e porcentagens. Resultados: foram recebidos 233 animais, de 20 gêneros e/ou espécies distintas,
sendo 191 (81,9%) primatas não-humanos, 25 aves (10,7%), e 17 outros mamíferos (7,3%); foram detectados patógenos zoonóticos diversos na população estudada, e houve prevalência de quadros bacterianos, dentre os casos conclusivos. Conclusões: a implantação de um programa piloto de vigilância laboratorial de fauna selvagem permitiu a detecção de patógenos de interesse
em saúde pública de forma a contribuir com uma avaliação preliminar do estado sanitário das populações selvagens do município de São Paulo, Brasil.

https://doi.org/10.57148/bepa.2021.v.18.34707
pdf

Referências

Grogan LF, Berger L, Rose K, Grillo V, Cashins SD, Skerratt LF. Surveillance

for Emerging Biodiversity Diseases of

Wildlife. PLoS Pathog. 2014;10(5). BEPA 2021;18(205):1-12 página 11

Estudo descritivo: histopatologia e imuno-histoquímica para a detecção de patógenos em amostras de fauna selvagem

recebidas pelo Instituto Adolfo Lutz, Brasil/Santos ALM et al.

Woolhouse MEJ, Gowtage-Sequeria S. Host range and emerging and

reemerging pathogens. Emerg Infect Dis. 2005;11(12):1842-7.

Nakayima J, Hayashida K, Nakao R, Ishii A, Ogawa H, Nakamura I, et

al. Detection and characterization of

zoonotic pathogens of free-ranging

non-human primates from Zambia.

Parasites and Vectors. 2014;7(1):1-7.

Paz FAZ, Bercini MA. Doenças

Emergentes e Reemergentes no Contexto

da Saúde Pública Boletim

da Saúde

Doenças Emergentes e Reemergentes

no Contexto da Saúde Pública. Esc

Saúde Pública. 2009;23(1):1-3.

Mackey TK, Liang BA, Cuomo R, Hafen

R, Brouwer KC, Lee DE. Emerging and

reemerging neglected tropical diseases: A

review of key characteristics, Risk factors,

And the policy and innovation environment.

Clin Microbiol Rev. 2014;27(4):949-79.

Cunningham AA, Daszak P, Wood JLN.

One health, emerging infectious

diseases and wildlife: Two decades

of progress? Philos Trans R Soc

B Biol Sci. 2017;372(1725).

Rabinowitz PM, Kock R, Kachani M,

Kunkel R, Thomas J, Gilbert J, et al.

Toward proof of concept of a one health

approach to disease prediction and

control. Emerg Infect Dis. 2013;19(12).

Vallat B. Improving wildlife surveillance

for its protection while protecting us

from the diseases it transmits. 2008.

Editoral on-line do sítio da OIE.

Acessado em janeiro de 2020.

Artois M, Bengis R, Delahay RJ,

Duchêne M-J, Duff JP, Ferroglio E,

et al. Wildlife Disease Surveillance

and Monitoring. In: Management of

Disease in Wild Mammals. 2009.

Brasil, Ministério da Saúde. PORTARIA

DE CONSOLIDAÇÃO No 4, DE 28

DE SETEMBRO DE 2017. 2017.

Ellwanger JH, Chies JAB. Zoonotic

spillover and emerging viral diseases – time

to intensify zoonoses surveillance in Brazil.

Brazilian J Infect Dis. 2018;22(1):76-8.

East M, Res V, Guardian T, Health TO,

Health O, Food UN, et al. Emerging

zoonoses: A one health challenge.

EClinicalMedicine. 2020;19.

Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria

de Vigilância em Saúde. MANUAL DE

VIGILÂNCIA DE EPIZOOTIAS EM

PRIMATAS NÃO-HUMANOS. 2017.

Bidaisee S, Macpherson CNL. Zoonoses

and one health: A review of the

literature. J Parasitol Res. 2014;2014.

Catão-Dias JL. Doenças e seus

impactos sobre a biodiversidade.

Cienc Cult. 2003;55(3):32-4.

Cardoso FA. Desenvolvimento e

validação de um ensaio de PCR-ELISA

para o diagnóstico da leishmaniose

visceral humana em amostras de sangue

periférico Desenvolvimento e validação

de um ensaio de PCR-ELISA para o

diagnóstico da leishmaniose visceral

humana em amostras. Mestr (Programa

Pós-graduação em Ciências da Saúde)

– IMinistério da Saúde, Fundação

Oswaldo Cruz, Cent Pesqui René

Rachou, Belo Horiz - MG. 2013;109.

Michalany J. Técnica histológica em

anatomia patológica: com instruções para o

cirurgião, enfermeira e citotécnico. 3rd ed.

São Paulo: Editora Michalany; 1998. 295 p.

Metovic J, Bertero L, Musuraca C,

Veneziano F, Annaratone L, Mariani S,

et al. Safe transportation of formalinfixed

liquid-free pathology specimens.

Virchows Arch. 2018;473(1):105-13.

BEPA 2021;18(205):1-12

página 12

Estudo descritivo: histopatologia e imuno-histoquímica para a detecção de patógenos em amostras de fauna selvagem

recebidas pelo Instituto Adolfo Lutz, Brasil/Santos ALM et al.

Chafin D. Pre-Analytics of Pathological

Specimens in Oncology. Recent Results

Cancer Res. 2015;199:107-17.

Mcdonnell G, Russell AD. Antiseptics

and disinfectants: Activity, action,

and resistance. Clin Microbiol

Rev. 1999;12(1):147-79.

Chua J, Bozue JA, Klimko CP, Shoe JL,

Ruiz SI, Jensen CL, et al. Formaldehyde

and glutaraldehyde inactivation of

bacterial tier 1 select agents in tissues.

Emerg Infect Dis. 2019;25(5):919-26.

Nielsen GD, Larsen ST, Wolkoff P.

Recent trend in risk assessment of

formaldehyde exposures from indoor

air. Arch Toxicol. 2013;87(1):73-98.

Patel PG, Selvarajah S, Boursalie S,

How NE, Ejdelman J, Guerard KP,

et al. Preparation of formalin-fixed

paraffin-embedded tissue cores for

both RNA and DNA extraction. J

Vis Exp. 2016;2016(114):1-10.

OIE. Training manual on surveillance

and international reporting of diseases

in wild animals. Workshop for OIE

National Focal Points for Wildlife

Second Cycle. 2015;96. Disponível em:

http://www.oie.int/fileadmin/Home/

eng/Internationa_Standard_Setting/

docs/pdf/WGWildlife/A_Training_

Manual_Wildlife_2.pdf. Acessado

em dezembro de 2019.

Morner T, Obendorf DL, Artois M,

Woodford MH. Diseases of wildlife

occur in many different forms in a

wide range of animal species and

populations. Rev Sci Tech [Internet].

;21(1):67-76. Disponível em:

https://pdfs.semanticscholar.org/febb/

e72403d6cfaf0ce328b0af28bef1fe5d2685.

pdf. Acessado em janeiro de 2020.

Maas M, Gröne A, Kuiken T, Van Schaik

G, Roest HIJ, Van Der Giessen JWB.

Implementing wildlife disease surveillance

in the Netherlands, a One Health approach.

OIE Rev Sci Tech. 2016;35(3):863-74.

Linden A, Wirtgen M, Volpe S, Nahayo A,

Pirson J, Paternostre J, et al. Surveillance

of wildlife diseases in Belgium. Epidémiol

santé anim. 2011;(59-60):213-5.

Smith A, Woutrina A, Jonna AK, Dwight

C. Salmonella in California Wildlife

Species: Prevalence in Rehabilitation

Centers and Characterization of Isolates.

J Zoo Wildl Med. 2002;33(3):228-35.

Radhouani H, Silva N, Poeta P, Torres

C, Correia S, Igrejas G. Potential impact

of antimicrobial resistance in wildlife,

environment, and human health. Front

Microbiol. 2014;5(FEB):1-12.

Williams ES, Yuill T, Artois M, Fischer J,

Haigh SA. Surveillance and monitoring

of wildlife diseases. Rev sci tech

Off int Epiz. 2002;21(1):139-57.

Dettmeyer RB. The role of histopathology

in forensic practice: an overview. Forensic

Sci Med Pathol. 2014;10(3):401-12.

Tavichakorntrakool R, Prasongwattana

V, Sriboonlue P, Puapairoj A, Pongskul

J, Khuntikeo N, et al. Serial analyses of

postmortem changes in human skeletal

muscle: A case study of alterations in

proteome profile, histology, electrolyte

contents, water composition, and

enzyme activity. Proteomics Clin.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2021 Alessandra Loureiro Morales dos Santos, Filipe Onishi Nagamori, Isis Paixão de JesusI, Camila Santos da Silva Ferreira, Paloma Martins do Nascimento, Sandra Alves da Silva, Julia de Carvalho, Ticiana Martins Zwarg, Amanda Aparecida Cardoso Coimbra, Thais Sanches, Bruno Petri, Liliane Milanelo, Rosangela Santos de Araújo, Silvana Mello Pereira da Silva, Rodrigo Albergaria Ressio, Cinthya dos Santos Cirqueira, Cristina Takami Kanamura, Juliana Mariotti Guerra, Leila Del Castillo Saad, Roberta M. Fernandes Spinola, Gizelda Katz, Mariane Ingara de Moraes Costa, José Luiz Catão Dias, Natália Coelho Couto de Azevedo Fernandes

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...