Higienização bucal em pacientes de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) como fator de redução de focos de infecção secundária de um Hospital Público na cidade de São Paulo, SP, Brasil

Autores

  • Maria Luisa Makabe Luisa Makabe Coordenadoria de Controle de Doenças/Secretaria de Estado da Saúde/SP
  • Patricia de Souza Santos Coordenadoria de Controle de Doenças/Secretaria de Estado da Saúde/SP
  • Maria de Fátima Costa Pires Coordenadoria de Controle de Doenças/Secretaria de Estado da Saúde/SP

DOI:

https://doi.org/10.57148/bepa.2019.v.16.37662

Palavras-chave:

Candida albicans., Placa dentária, Própolis., Clorexidina, Higiene bucal, Unidades de terapia intensiva

Resumo

Focos de infecção na boca são relacionados com comprometimento da saúde, sendo uma complicação frequente nos pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), pelo fato de não possuírem higienização bucal
adequada. O objetivo deste trabalho foi avaliar a higienização bucal com água filtrada, digluconato de clorexidina e extrato etanólico de própolis em pacientes internados na UTI. Foram 150 pacientes, divididos em 3 grupos de
50 indivíduos para cada substância. Antes da higienização foi realizado exame clínico da boca, em seguida duas coletas para pesquisa de microrganismos, uma antes e outra após a higienização. Os pacientes apresentavam gengivites,
periodontites, lesões bucais, cáries e raízes residuais. Higienização com água filtrada reduziu a presença de leveduras, fungos filamentosos e bactérias em consequência da atividade mecânica de remoção de resíduos. Digluconato de
clorexidina a 0,12% inibiu o crescimento de leveduras e reduziu o isolamento de fungos filamentosos e bactérias nos três dias de higienização. Extrato etanólico de própolis a 6% inibiu o crescimento de leveduras, não alterou o isolamento de
fungos filamentosos e diminuiu consideravelmente o isolamento de bactérias. Digluconato de clorexidina a 0,12% e o extrato etanólico de própolis a 6% apresentaram resultados semelhantes com a vantagem do extrato etanólico de própolis ser um produto natural que não causa com o uso diário efeitos colaterais indesejáveis como manchas nos dentes e na língua, perda do paladar e sensação de queimação na mucosa bucal

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Gomes SF, Esteves MCL. Atuação

do cirurgião-dentista na UTI:

um novo paradigma. Rev. bras.

Odontol. 2012;69(1):67-70.

Morais TMN, Silva A, Santos

PSS. Odontologia na Unidade

de Terapia Intensiva. In: Santos

PSS; Soares Junior LAV. Medicina

Bucal: A Prática na Odontologia

Hospitalar. São Paulo. 2012. p.336.

Allbright A. Oral care for the

cancer chemotherapy patients.

Nurs Times. 1984;80:40-2.

Gonçalves PE, Rodrigues NALR,

Seixas FL. Ações de promoção de

saúde bucal no âmbito hospitalar. Rev.

Ciênc. Méd. 2014;23(1):15-23.

Amaral COF, Marques JA, Bovolato

MC, Parizi AGS, Oliveira A, Straioto

FG. Importância do cirurgião-dentista

em Unidade de Terapia Intensiva:

avaliação multidisciplinar. Rev. Assoc.

Paul. Cir. Dent. 2013;67(2):107-11.

Gonçalves PE, Rodrigues NALR,

Seixas FL. Ações de promoção de saúde

bucal no âmbito hospitalar. Rev. Ciênc.

Méd., Campinas. 2014, 23(1):15-23.

Jennings C, Morgan D, Gopisetti S,

Ryan C, Playfor S. Determining the

impact of improving oral hygiene on

ventilator-associated pneumonia rate in

a paediatric intensive care unit. Pediatric

Critical Care Medicine. 2018;19(6)

Teixeira RF, Oliveira SP, Silva Jr A,

Agostini M, Ragon CST, Torres SR. A

higiene bucal em pacientes de unidade

de terapia intensiva. Revista Naval

de Odontologia. 2018; 45(1):55.

Silva DP, Silva MS, Silva DP, Ferraz

MAAL, Falcão CAM, Moura CDVS.

Oral hygiene practices applied to

hospitalized patients to Intensive Care

Units. ReonFacema. 2018;4(1):815-19.

Libério SA, Pereira ALA, Araújo MJAM,

Dutra RP, Nascimento FRF, MonteiroNeto V, Ribeiro MNS, Gonçalves AG,

Guerra RNM. The potential use of

propolis as a cariostatic agent and its

actions on mutans group streptococci.

J. Ethnopharmacol. 2009;125: 1-9.

Dhar V, Bhatnagar M. Physiology

and toxicity of fluoride. Indian

Journal of Dental Research.

;20(3):350-5.

Huang M, Kao KC. Population dynamics

and the evolution of antifungal drug

resistance in Candida albicans. FEMS

Microbiol Lett. 2012;333:85-93.

Marcucci MC. Propolis:

chemical composition, biological

properties and therapeutic activity.

Apidologie. 1995;26:83-99.

Wagh VD.Propolis: a wonder bees product

and its pharmacological potentials.

Avd Pharmacol Sci. 2013;1-28.

Abrahão, DS. Atividade dos extratos

de própolis sobre o comportamento

morfobiológico de Candida albicans e

como medicação intracanal [Dissertação].

São Paulo: Coordenadoria de Controle

de Doenças – Secretaria de Estado

da Saúde de São Paulo, 2007.

Pires MFC, Correa B, Gambale W,

Paula CR. Experimental model of

Candida albicans (serotypes a and b)

adherence in vitro. Brazilian Journal

of Microbiology. 2001;32:163-9.

Pupulin AR. Susceptibilidade a

antifúngicos e produção de enzimas

por leveduras do gênero Candida

isoladas de pacientes com HIV/AIDS.

Salud(i) Ciencia. 2014;20:471-6.

Pereira SR, D’Ottaviano L. Saúde

bucal dos pacientes internados na

unidade de terapia intensiva (UTI),

Diretrizes Normas e condutas Área

da saúde, serviço de odontologia

do HC Unicamp. 2010.

Munro CL, Grap MJ. Oral health

and care in the intensive care

unit: state of the science. Am J

Crit Care. 2004;13(1):25-33

Saramanayake LP, Cheung LK,

Saramanayake YH. Candidiasis and

other fungal diseases ofthe mouth.

Dermatol Ther. 2002;15(3):251-69.

Silveira RS, Martins CR, Lunardi

VL, Vargas MA, Lunardi Filho WD,

Avila LI. I. A dimensão moral do

cuidado em terapia intensiva. Ciência,

Cuidado & Saúde. 2014;13(2):1-12.

Carvalho MM; Moura MEB; Nunes

MRCM; Araújo TME; Monteiro CFS;

Carvalho LRB; Infecções hospitalares

nas Unidades de Terapia Intensiva

em um hospital público. Revista

Interdisciplinar da NOVAFAPI,

Teresina. 2011; 4(4):42-8.

Araújo, RJG. Análise de percepções e

ações de cuidados bucais por equipes de

enfermagem em unidades de Tratamento

intensivo. Rev. Brasileira de Terapia

Intensiva, São Paulo. 2009;21(1):38-44.

Scannapieco FA. Pneumonia in

nonambulatory patients – The role of

oral bacteria and oral hygiene. J Am

Dent Assoc. 2008;139(3):252-6.

Zanela NLM, Bijella MFTB, Rosa

OPS. The infl uence of mouthrinses

with anti microbial soluti ons on the

inhibiti on of dental plaque and on

the levels of mutans streptococci in

children. Pesq. Odontol. Bras.

;16(2):101-6.

Pereira JV, Silva SCS, Santos-Filho L,

Higino JS. Atividade antimicrobiana

do extrato hidroalcóolico da Punica

granatum Linn. sobre microrganismos

formadores de placa bacteriana.

Periodonti a Rev. 2001;4(12):57-64.

Zanatta FB, Rösing CK. Clorexidina:

mecanismo de ação e evidências atuais

de sua eficácia no contexto do biofilme

supragengival. Scientific-A 2007;1(2):35-43.

Souza ELC. Comparação do digluconato

de clorexidina 0,12% sem xilitol com

álcool e com xilitol sem álcool para

controle do biofilme oral e efeitos adversos

associados. Rio de Janeiro. 2007.

Silva BB, Rosalen PL, Cury JA, Ikegaki

M, Souza VC, Esteves A, Alencar S M.

Chemical composition and botanical

origin of red propolis, a new type of

brazilian propolis. Evidence-Based

Compl Altern Med. 2008;5:313-6

Santos FA, Bastos EMA, Uzeda MC,

Farias L.M, Moreira ESA. Antibacterial

activity of Brazilian propolis and

fractions against oral anaerobic bacteria.

J. Ethnopharmacol. 2006;80:1-7.

Koru O, Toksoy F, Acikel C, Tunca Y,

Baysallar M, Uskudar-Guclu A,

Akca E, Ozkok Tuylud A, Sorkun

K, Tanyuksel M, Salih B.: In vitro

antimicrobial atividade de amostras

de própolis de diferentes origens

geográficas Un Certain contra

patógenos orais. Anaeróbios.

;13(3):140-5.

Schett G. Effects of inflammatory and

anti-inflammatory cytokines on the bone.

Eur J Clin Invest. 2011;4:1361-6.

Oliveira LC, Carneiro PP, Fischer RG,

Tinoco EM. A presença de patógenos

respiratórios no biofilme bucal de

pacientes com pneumonia nosocomial.

Rev Bras Ter Int. 2007;19(4):428-33.

Chan GC, Cheung KW, Sze DM. The

immunomodulatory and anticancer

properties of propolis. Clin Rev

Allergy Immunol. 2013;44:262-73.

Carbonari MJ, Sene FF, Rogero

SO. Obtenção de vidros bioativos

utilizados na reparação óssea.

Rev. Mackenzie de Engenharia e

Computação. 2011;6(10):78-89

Vargas AC, Loguercio AP, Witt NM,

Costa MM, Silva MS, Viana LR.

Atividade antimicrobiana in vitro

de extrato alcóolico de própolis.

Ciência Rural. 2004;34(1):59-63.

Williams D, Lewis D. Pathogenesis and

treatment of oral candidosis. Journal of

Oral Microbiology. 2011;3:5771-82.

Koo H, Gomes BPFA, Rosalen PL,

Ambrosano GM, Park YY, Cury JA. In

vitro antimicrobial activity of propolis and

Arnica Montana against oral pathogens.

Arch Oral Biol. 2000;45(2):141-8.

Oliveira-Júnior JK, Vieira LEM,

Barnabé LEG, Santos ML, Figueiredo

VSA, Silva DF, Lima EO. Análise

do efeito antifúngico da própolis

sobre espécies de Candida albicans

e não-albicans. Revista UNINGÁ

Review. 2017; 30(3):45-51.

Jacoby TS, Kuchenbecker RS, Dos Santos

RP, Magedanz L, Guzatto P, Moreira LB.

Impact of hospital-wide infection rate,

invasive procedures use and antimicrobial

consumption on bacterial resistance

inside an intensive care unit. Journal of

Hospital Infection. 2010;75(1):23-7.

Downloads

Publicado

2022-06-11

Como Citar

1.
Luisa Makabe MLM, de Souza Santos P, Costa Pires M de F. Higienização bucal em pacientes de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) como fator de redução de focos de infecção secundária de um Hospital Público na cidade de São Paulo, SP, Brasil. Bepa [Internet]. 11º de junho de 2022 [citado 5º de maio de 2024];16(187). Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/BEPA182/article/view/37662

Edição

Seção

Artigo Original