Análise de algoritmo diagnóstico de febre amarela em amostras de primatas não humanos encaminhadas ao Centro de Patologia do Instituto Adolfo Lutz
PDF (PORTUGUÊS)
PDF (ENGLISH)

Palavras-chave

Algoritmo
Vigilância
Febre Amarela
Primatas
Saúde Pública
Zoonose

Como Citar

1.
Brasil Ervedosa T, Enrique Navas-Suárez P, Ferreira Machado E, dos Santos Cirqueira C, Paixão de Jesus I, de Carvalho J, Bolsachini Figueiredo K, Sequetin Cunha M, del Castillo Saad L, Lang D’Agostini T, Fernandes Spinola R, Mariotti Guerra J, Coelho Couto de Azevedo Fernandes N, Albergaria Ressio R. Análise de algoritmo diagnóstico de febre amarela em amostras de primatas não humanos encaminhadas ao Centro de Patologia do Instituto Adolfo Lutz. Bepa [Internet]. 19º de julho de 2022 [citado 13º de dezembro de 2024];19:1-26. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/BEPA182/article/view/37902

Resumo

O Centro de Patologia do Instituto Adolfo Lutz (CPA-IAL) é credenciado pelo Ministério da Saúde como laboratório de referência macrorregional para a vigilância epidemiológica de febre amarela (FA) em seres humanos e primatas não humanos (PNH) do Brasil, atuando por meio de análise histopatológica e imuno-histoquímica (IHQ). Até o ano de 2018, ambos os exames eram aplicados a todas as amostras de PNH recebidas para a pesquisa de FA. Em 2019, implantou-se um algoritmo diagnóstico baseado na triagem pelas características histopatológicas observadas no tecido hepático, possibilitando a racionalização do uso da IHQ. Objetivo: Avaliar a aplicação do algoritmo diagnóstico comparado ao período que antecedeu sua implantação. Métodos: Estudo retrospectivo de relatórios anatomopatológicos de PNH emitidos, entre 2018 e 2019, no CPA-IAL para determinação de índices de performance diagnóstica do exame histopatológico na vigilância epidemiológica de febre amarela, avaliação da sensibilidade do exame imuno-histoquímico para amostras com autólise de moderada a avançada e comparação da mediana de tempo decorrido para emissão dos relatórios em cada período. Resultados: Não houve diferença estatisticamente significante na performance da detecção de FA por histologia e IHQ entre os períodos pré e pós algoritmo; houve importante redução na quantidade de exames IHQ solicitados e no tempo de liberação dos relatórios (p<0,0001). Conclusões: O algoritmo resultou em desempenho semelhante, redução do tempo de liberação oportuno para a vigilância epidemiológica do agravo e da quantidade de reações IHQ realizadas, portanto, apresentando-se adequado para o diagnóstico de febre amarela em PNH no CPA-IAL.

https://doi.org/10.57148/bepa.2022.v.19.37902
PDF (PORTUGUÊS)
PDF (ENGLISH)

Referências

Franco O, organizador. A história da febre amarela no Brasil. Rio de Janeiro: Ministério da Saúde; 1969.

Bonadio, G. O pioneirismo brasileiro no combate à febre amarela. ASBRAP. 1997;4:59-69.

Vasconcelos, PFC. Febre amarela (yellow fever). Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 2003;36(2):275-93.

Costa ZGA, Romano APM, Elkhoury ANM, Flannery B. Evolução histórica da vigilância epidemiológica e do controle da febre amarela no Brasil. RPAS. 2011;55(61), 11-26.

Ministério da Saúde. Guia de vigilância de epizootias em primatas não humanos e entomologia aplicada à vigilância da febre amarela. Brasília (DF); 2017.

Pan American Health Organization. Control of yellow fever - field Guide. Washington; 2005.

Almeida MAB, Cardoso JC, dos Santos E, da Fonseca DF, Cruz LL, Faraco FJC, et al. Surveillance for yellow fever virus in non-human primates in Southern Brazil, 2001-2011: a tool for prioritizing human populations for vaccination. PLoS Neglected Tropical Diseases. 2014; 8(3):1-7.

Moreno ES, Spinola R, Tengan CH, Brasil RA, Siciliano MM, Coimbra TLM, et al. Epizootias de febre amarela em primatas não humanos no estado de São Paulo, Brasil, 2008-2009. Rev. Inst. Med. Trop. São Paulo. 2013; 55(1), 45-50.

The International Union for Conservation of Nature. Global primate biodiversity [internet]. Washington (DC); 2022, 1 Apr. [acesso em 15 jul 2021]. Disponível em: http://www.primate-sg.org/primate_diversity_by_region/

Fialho MS, Printes RC, Almeida MAB, Laroque PO, Santos E, Jerusalinsky L. Avaliação do impacto da epizootia de febre amarela sobre as populações de primatas não humanos nas unidades de conservação do Rio Grande do Sul, Brasil. Biotemas. 2012; 25(3):217-25.

Secretaria de Estado da Saúde (SC). Programa de Vigilância e Controle da Febre Amarela em Santa Catarina. Florianópolis (SC); 2020.

Fernandes NCCA, Guerra JM, Díaz-Delgado J, Cunha MS, Saad LC, Iglezias SD, et al. Differential yellow fever susceptibility in new world nonhuman primates, comparison with humans, and implications for surveillance. Emerg Infect Dis. 2021;27(1):47-56.

Gupta E, Bhalla P, Khurana N, Singh T. Histopathology for the diagnosis of infectious diseases. Indian J Med Microbiol. 2009;27(2):100-6.

Santos ALM, Nagamori FO, Jesus IP, Ferreira CSS., Nascimento PM, Silva SA, et al. Estudo descritivo: histopatologia e imuno-histoquímica para a detecção de patógenos em amostras de fauna selvagem recebidas pelo Instituto Adolfo Lutz, Brasil [internet]. BEPA. 2021;18:1-12. Disponível em: https:// www.saude.sp.gov.br/resources/ccd/homepage/bepa/edicoes-2021/edicao_205-__janeiro.pdf

Cartun RW, Taylor CR, Dabbs DJ. Techniques of immunohistochemistry: principles, pitfalls, and standardization. In: Dabbs DJ. Diagnostic Immunohistochemistry – Theranostic and genomic applications. Philadelphia (EUA): Elsevier; 2019. p 1-2.

Thacker SB. Surveillance. In: Gregg MB, organizador. Field epidemiology. 2° ed. New York: Oxford University Press; 2002. p 26-50.

Nsubuga P, White ME, Thacker SB, Anderson MA, Blount SB, Broome CV et al. Public health surveillance: a tool for targeting and monitoring interventions. In: Jamilson DT, Breman JG, Measham AR, Alleyne G, Claeson M, Evans DB et al., editors. Disease control priorities in developing countries. Washington (DC): The International Bank for Reconstruction and Development/New York: Oxford University Press; 2006. p 997. Chapter 53.

Thacker S, Berkelman R. Public health surveillance in the United States. Epidemiol Rev. 1998;10:164-90

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2022 Ticiana Brasil Ervedosa, Pedro Enrique Navas-Suárez, Eduardo Ferreira Machado, Cinthya dos Santos Cirqueira, Isis Paixão de Jesus, Julia de Carvalho, Ketlyn Bolsachini Figueiredo, Mariana Sequetin Cunha, Leila del Castillo Saad, Tatiana Lang D’Agostini, Roberta Fernandes Spinola, Juliana Mariotti Guerra, Natália Coelho Couto de Azevedo Fernandes, Rodrigo Albergaria Ressio

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...