Análise de algoritmo diagnóstico de febre amarela em amostras de primatas não humanos encaminhadas ao Centro de Patologia do Instituto Adolfo Lutz

Autores

  • Ticiana Brasil Ervedosa Núcleo de Anatomia Patológica, Centro de Patologia, Instituto Adolfo Lutz, Coordenadoria de Controle de Doenças. Secretaria de Estado da Saúde. São Paulo, SP, Brasil
  • Pedro Enrique Navas-Suárez Laboratório de Patologia Comparada de Animais Selvagens, Departamento de Patologia, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
  • Eduardo Ferreira Machado Laboratório de Patologia Comparada de Animais Selvagens, Departamento de Patologia, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
  • Cinthya dos Santos Cirqueira Núcleo de Anatomia Patológica, Centro de Patologia, Instituto Adolfo Lutz, Coordenadoria de Controle de Doenças. Secretaria de Estado da Saúde. São Paulo, SP, Brasil
  • Isis Paixão de Jesus . Núcleo de Anatomia Patológica, Centro de Patologia, Instituto Adolfo Lutz, Coordenadoria de Controle de Doenças. Secretaria de Estado da Saúde. São Paulo, SP, Brasil
  • Julia de Carvalho Núcleo de Anatomia Patológica, Centro de Patologia, Instituto Adolfo Lutz, Coordenadoria de Controle de Doenças. Secretaria de Estado da Saúde. São Paulo, SP, Brasil
  • Ketlyn Bolsachini Figueiredo Núcleo de Patologia Quantitativa, Centro de Patologia, Instituto Adolfo Lutz, Coordenadoria de Controle de Doenças. Secretaria de Estado da Saúde. São Paulo, SP, Brasil
  • Mariana Sequetin Cunha Núcleo de Doenças de Transmissão Vetorial, Centro de Virologia, Instituto Adolfo Lutz, Coordenadoria de Controle de Doenças. Secretaria de Estado da Saúde. São Paulo, SP, Brasil
  • Leila del Castillo Saad Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac”, Coordenadoria de Controle de Doenças. Secretaria de Estado da Saúde. São Paulo, SP, Brasil
  • Tatiana Lang D’Agostini Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac”, Coordenadoria de Controle de Doenças. Secretaria de Estado da Saúde. São Paulo, SP, Brasil
  • Roberta Fernandes Spinola . Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac”, Coordenadoria de Controle de Doenças. Secretaria de Estado da Saúde. São Paulo, SP, Brasil
  • Juliana Mariotti Guerra Núcleo de Patologia Quantitativa, Centro de Patologia, Instituto Adolfo Lutz, Coordenadoria de Controle de Doenças. Secretaria de Estado da Saúde. São Paulo, SP, Brasil
  • Natália Coelho Couto de Azevedo Fernandes Laboratório de Patologia Comparada de Animais Selvagens, Departamento de Patologia, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
  • Rodrigo Albergaria Ressio Núcleo de Anatomia Patológica, Centro de Patologia, Instituto Adolfo Lutz, Coordenadoria de Controle de Doenças. Secretaria de Estado da Saúde. São Paulo, SP, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.57148/bepa.2022.v.19.37902

Palavras-chave:

Algoritmo, Vigilância, Febre Amarela, Primatas, Saúde Pública, Zoonose

Resumo

O Centro de Patologia do Instituto Adolfo Lutz (CPA-IAL) é credenciado pelo Ministério da Saúde como laboratório de referência macrorregional para a vigilância epidemiológica de febre amarela (FA) em seres humanos e primatas não humanos (PNH) do Brasil, atuando por meio de análise histopatológica e imuno-histoquímica (IHQ). Até o ano de 2018, ambos os exames eram aplicados a todas as amostras de PNH recebidas para a pesquisa de FA. Em 2019, implantou-se um algoritmo diagnóstico baseado na triagem pelas características histopatológicas observadas no tecido hepático, possibilitando a racionalização do uso da IHQ. Objetivo: Avaliar a aplicação do algoritmo diagnóstico comparado ao período que antecedeu sua implantação. Métodos: Estudo retrospectivo de relatórios anatomopatológicos de PNH emitidos, entre 2018 e 2019, no CPA-IAL para determinação de índices de performance diagnóstica do exame histopatológico na vigilância epidemiológica de febre amarela, avaliação da sensibilidade do exame imuno-histoquímico para amostras com autólise de moderada a avançada e comparação da mediana de tempo decorrido para emissão dos relatórios em cada período. Resultados: Não houve diferença estatisticamente significante na performance da detecção de FA por histologia e IHQ entre os períodos pré e pós algoritmo; houve importante redução na quantidade de exames IHQ solicitados e no tempo de liberação dos relatórios (p<0,0001). Conclusões: O algoritmo resultou em desempenho semelhante, redução do tempo de liberação oportuno para a vigilância epidemiológica do agravo e da quantidade de reações IHQ realizadas, portanto, apresentando-se adequado para o diagnóstico de febre amarela em PNH no CPA-IAL.

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Publicado

2022-07-19

Como Citar

1.
Brasil Ervedosa T, Enrique Navas-Suárez P, Ferreira Machado E, dos Santos Cirqueira C, Paixão de Jesus I, de Carvalho J, Bolsachini Figueiredo K, Sequetin Cunha M, del Castillo Saad L, Lang D’Agostini T, Fernandes Spinola R, Mariotti Guerra J, Coelho Couto de Azevedo Fernandes N, Albergaria Ressio R. Análise de algoritmo diagnóstico de febre amarela em amostras de primatas não humanos encaminhadas ao Centro de Patologia do Instituto Adolfo Lutz. Bepa [Internet]. 19º de julho de 2022 [citado 28º de março de 2024];19:1-26. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/BEPA182/article/view/37902

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