Comportamento Oportunista das Leishmanioses

Autores

  • José Angelo Lauletta Lindoso Instituto de Medicina Tropical de São Paulo da Universidade de São Paulo – LIM-38/HC-FMUSP, Instituto de Infectologia Emílio Ribas, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo – IIER/SES-SP

Palavras-chave:

leishmanioses, Aids, manifestações clínicas, diagnóstico, tratamento

Resumo

 A co-infecção Leishmania/HIV é relatada em mais de 48 países. O maior número de casos dessa nova entidade     nosológica concentra-se na região do Mediterrâneo, sendo que a leishmaniose visceral é a principal forma     clínica de doença. Acomete principalmente usuários de drogas injetáveis infectados pelo HIV, com uma taxa de     prevalência 500 vezes maior do que na população de pessoas soronegativas para HIV. Nessa população de coinfectados,     a forma de transmissão da leishmaniose pode se dar pelo compartilhamento de seringa e há, ainda,     manifestações atípicas, com comprometimento de órgãos usualmente não acometidos. Os aspectos     epidemiológicos, clínicos e terapêuticos atípicos em pacientes com HIV/Aids, nessa região, determinam a     leishmaniose com uma doença definidora de Aids. No Brasil, em determinadas situações clínicas a leishmaniose     tegumentar apresenta um comportamento tipicamente oportunista, entretanto não há consenso para incriminá-la     como tal.    

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

1. Alvar J et al. Leishmania and human immunodeficiency virus coinfection: the first 10 years. Clin. Microbiol. Rev. 1997, 10 (2), p. 298-319.

2. Amato VS, Nicodemo AC, Amato JG, Boulos M, Neto VA. Mucocutaneous leishmaniasis associated with HIV infection treated successfully with liposomal amphotericin B (AmBisome). J Antimicrob Chemother 2000; 46(2):341-2.

3. Berman JD. Human leishmaniasis: clinical, diagnostic and chemoterapeutic developments in the last 10 years. Clin Inf Dis 1997, 24: 684 - 703.

4. Couppié P, Clyti E, Sobesky M, Bissuel F, Del Giudice P, Sainte-Marie D, Dedet JP, Carme B, Pradinaud R. Comparative study of cutaneous leishmaniasis in human immunodeficiency virus (HIV)-infected patients and non-HIV-infected patients in French Guiana. Br J Dermatol 2004; 151(6):1165-71.

5. Crawford JT. Epidemiology of tuberculosis: the impact of HIV and multidrug-resistant strains. Immunobiology 1994 ; 191(4-5):337-43.

6. Chicharro C, Jimenez MI, Alvar J. Ann Trop Med Parasitol. Iso-enzymatic variability of Leishmania infantum in Spain. 2003; 97 Suppl 1:57-64.

Davidson RN. – Visceral leishmaniasis in clinical practice. J Infect 1999; 39 (2):112-6.

8. Desjeux P, Alvar J. Leishmania/HIV co-infections: epidemiology in Europe. Ann Trop Med Parasitol 2003; 97(1):3-15.

9. Gramiccia M et al. Heterogeneity among zymodemes of leishmania infantum from HIV-positive patients with visceral leishmaniasis in south-Italy. FEMS microbiol. Letter 1995 apr, 128:1, 33-8.

10. Hernandez DE, Oliver M, Martinez C, Planas G. Visceral leishmaniasis with cutaneous and rectal dissemination due to Leishmania braziliensis in acquired immunodeficiency syndrome (AIDS). Int J Dermatol 1995; 34:114-115.

11. Laguna F, Garcia-Samaniego J, Soriano V, Valencia E, Redondo C, Alonso MJ, Gonzalez-Lahoz JM. Gastrointestinal leishmaniasis in human immunodeficiency virus-infected patients: report of five cases and review. Clin Infect Dis 1994, 19 (1): 48-53.

12. Laguna F. Treatment of leishmaniasis in HIV-positive patients. Ann Trop Med Parasitol 2003; Suppl 1:135-42.

13. Lambert N, Mehta B, Walters R, Eron JJ. Chagasic encephalitis as the initial manifestation of AIDS. Ann Intern Med 2006; 144 (12): 941-3.

14. Lopez-Velez R, Perez-Molina JA, Guerrero A, Baquero F, Villarrubia J, Escribano L, Bellas C, Perez- Corral F, Alvar J. Clinicoepidemiologic characteristics, prognostic factors, and survival analysis of patients coinfected with human immunodeficiency virus and Leishmania in an area of Madrid, Spain. Am J Trop Med Hyg 1998; 58(4):436-43.

15. Brasil. Ministério da Saúde. Programa Nacional de DST e AIDS. Manual de Recomendações para Diagnóstico, Tratamento e Acompanhamento da Co-infecção Leishmania-HIV. Brasília; 2004.

16. Molina R, Gradoni L, Alvar J. HIV and the transmission of Leishmania. Ann Trop Med Parasitol 2003; 97 Suppl 1:29-45.

17. Pintado V, Martin-Rabadan P, Rivera ML, Moreno S, Bouza E. Visceral leishmaniasis in human immunodeficiency virus (HIV)-infected and non-HIV-infected patients. A comparative study. Medicine (Baltimore) 2001; 80(1):54-73.

18. Posada-Vergara MP, Lindoso JA, Tolezano JE, Pereira-Chioccola VL, Silva MV, Goto H. Tegumentary leishmaniasis as a manifestation of immune reconstitution inflammatory syndrome in 2 patients with AIDS. J Infect Dis 2005;192(10):1819-22.

19. Rabello A, Orsini M, Disch J. Leishmania/HIV co-infection in Brazil: an appraisal. Ann Trop Med Parasitol 2003;97(1):17-28.

20. Ramos-Jr. A.N. Inclusão da reativação da doença de Chagas como uma condição definidora de AIDS para fins de vigilância epidemiológica no Brasil. Carta ao Editor. Rev Soc Bras Med Trop 2004; 37 (2):192-193.

Downloads

Publicado

2006-08-31

Como Citar

1.
Lauletta Lindoso JA. Comportamento Oportunista das Leishmanioses . Bepa [Internet]. 31º de agosto de 2006 [citado 2º de maio de 2024];3(32):8-12. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/BEPA182/article/view/38803

Edição

Seção

Artigo Original

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)