Desafios enfrentados na atenção básica de saúde no diagnóstico de depressão pós-parto
DOI:
https://doi.org/10.57148/bepa.2023.v.20.38924Palavras-chave:
depressão pós-parto, diagnóstico precoce, sinais e sintomasResumo
Objetivo: Analisar o perfil dos profissionais atuantes na Atenção Primária em Saúde (APS) no cuidado a pacientes com Depressão Pós-Parto (DPP) e as principais dificuldades na realização do diagnóstico precoce. Método: Por meio de uma pesquisa observacional, aplicada, de caráter exploratório, abordagem quantitativa descritiva, com delineamento transversal, das informações colhidas através de questionário enviados por meio do aplicativo Google Forms, aos profissionais da APS, da região do Departamento Regional de Saúde de Araçatuba (DRSII). Resultado: Observa-se que 22,62% dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) permanecem na APS por 3 anos ou mais, enquanto 3,16% dos médicos, de 1 a 3 anos. Dos profissionais, 93,2% trabalham com protocolos de pré-natal, e destes, somente 33% são atualizados anualmente. Avaliando as consultas de pré-natal, 44,44% das gestantes com mais de 5 consultas retornam à Unidade Básica de Saúde (UBS) no puerpério. Dentre todas as categorias profissionais, 73,00% dos médicos se sentem aptos à realizarem orientações sobre a DPP. Cerca de 85% dos participantes da pesquisa identificaram os sintomas da doença e 18% o período do diagnóstico precoce corretamente. Atendimentos individuais e orientações às gestantes são realizados em 14,48% das práticas desenvolvidas pelos profissionais. Ademais, 91% dos profissionais nunca receberam capacitação a respeito do tema. Conclusão: Observou- se no estudo que há alta rotatividade dos profissionais da atenção primária de saúde, ausência do uso de protocolos de pré-natal atualizados e falta de conhecimento para a realização do diagnóstico precoce e preciso da DPP.
Downloads
Métricas
Referências
Gomes LA, Torquato VS, Feitoza AR, Souza AR, Silva MAM, Pontes RJS. Identificação dos fatores de risco para depressão pós-parto: importância do diagnóstico precoce. Rev Rene. 2010 dez; 11(esp):117-123.
Galvão ACC, Silva FJG Jr, Lima LAA, Monteiro CFS. Prevalência de depressão pós-parto e fatores associados: revisão integrativa. Rev Ciência & Saberes. 2015 ago; 1(1):54-58.
Beck CT. Predictors of postpartum depression: an update. Nursing Research. 2001; 50(5):275-285.
Saraiva RAS. Depressão pós-parto: considerações teóricas. Estudos e Pesquisas em Psicologia. 2008 Jul; 03(8):759-773.
Piccinini CA, Lopes RS, Gomes AG,Nardi T. Gestação e a constituição da maternidade. Psicol em Estudo. 2008 mar; 13(1): 63-72.
Iaconelli V. Depressão pós-parto, psicose pós-parto e tristeza materna. Rev Pediatr Moderna. 2005 jul; 41(4):1-6.
Brum EHM. Depressão pós-parto: discutindo o critério temporal do diagnóstico. Cad Pós-Grad Dist Desenvol. 2017 jun; 17(2):92-100.
Schardosim JM, Heldt E. Escalas de rastreamento para depressão pós-parto: uma revisão sistemática. Rev gaúch enferm. 2011 abr; 32(1):159-166.
Silva CRA, Pereira GM, Jesus NB, Aoyama EA, Souto G. Depressão pós-parto: a importância da detecção precoce e intervenções de enfermagem. Rev Bras Interdisciplinar de Saúde. 2020 out; 2(2): 12-19.
Pierantoni CR, Vianna CMM, França T, Magnago C, Rodrigues MPS. Rotatividade da força de trabalho médica no Brasil. Saúde em Debate [Internet]. 2015 [citado em 2022 nov 04]; 39(106):637-647. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0103-110420151060003006
Campos CVA, Malik AM. Satisfação no trabalho e rotatividade dos médicos do Programa de Saúde da Família. Revista de Administração Pública [Internet]. 2008 [citado em 2022 nov 04]; 42(2):347-68. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0034-76122008000200007
Medeiros CRG, Junqueira AGW, Schwingel C, Carreno I, JunglesLAP, Saldanha OMFL. Rotatividade de enfermeiros e médicos: um impasse na implementação da Estratégia de Saúde da Família. Ciência & Saúde Col [online]. 2010 [citado em 2022 nov 04];15 suppl 1:1521-31. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-81232010000700064
Rodrigues EM, Nascimento RG, Araújo A. Protocolo na assistência pré-natal: ações, facilidades e dificuldades dos enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família. Rev Esc Enferm USP [Internet]. 2011 [citado em 2022 nov 04]; 45(5):1041-47. Disponível em: https://www.scielo.br/j/reeusp/a/tngyrVjnqtyLTTzgbyp5bDc/?lang=pt&format=pdf
Ministério da Saúde (Brasil). Importância do pré-natal [Internet] 2005 out [citado em 2022 nov 04]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/90prenatal.htm
Valdes INF, Santos EO, Prado EV. Programa mais médicos: qualificação da atenção ao pré-natal e puerpério no âmbito da estratégia de saúde da família. Rev. APS. [Internet]. 2017 jul/set [citado em 2022 nov 04];20(3):403-13. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/aps/article/view/16000/8296
Félix TA, Ferreira AGN, Siqueira DD, Nascimento KV, Ximenes Neto FRG, Mira QLM. Atuação da enfermagem frente à depressão pós-parto nas consultas de puericultura. Enfermería Global [Internet]. 2013 jan [citado em 2022 nov 04]; (29):420-35. https://scielo.isciii.es/pdf/eg/v12n29/pt_enfermeria1.pdf
Reis RS, Rached CDA. O papel do enfermeiro no acompanhamento de pré natal de baixo risco utilizando a abordagem centrada na pessoa – gestante. Int J Health Management Review [Internet]. 2017 [citado em 2022 nov 04]; 3(2) (2017). https://ijhmreview.org/ijhmreview/article/view/125/62
Meira BM, Pereira PAS, Silveira MFA, Gualda DMR, Santos Jr HPR. Desafios para profissionais da atenção primária no cuidado à mulher com depressão pós-parto. Texto Cont Enferm [Internet]. 2015 jul/set [citado em 2022 nov 04]; 24(3): 706-12. Disponível em: https://www.scielo.br/j/tce/a/mhRj8Cdmqmy97BrHPxqPj6h/abstract/?lang=pt#
Ministério da Saúde (Brasil). Atenção ao pré-natal de baixo risco [livro na internet]. Brasília: Editora do Ministério da Saúde; 2012 [citado em 2022 nov 04]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_basica_32_prenatal.pdf
Cramer B, Palácio-Espasa F. Técnicas psicoterápicas mãe-bebê. Porto Alegre: Artes Médicas; 1993.
Oliveira EA. Atuação do enfermeiro na detecção e prevenção da depressão pós-parto. Florianópolis. Monografia [Especialização em Linhas de Cuidado em Enfermagem] – Universidade Federal de Santa Catarina; 2014 [citado em 2022 nov 04]. Disponivel em: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/167286/EDILTES%20ANA%20DE%20OLIVEIRA%20-%20Psico%20-%20tcc.pdf?sequence=1&isAllowed=y
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Bruna Anjos Barbosa Silva, Bruna Pelegrineli Dias, Karina Ferreira Rodrigues, Julia Brait Próspero Gomes, Maria Heloisa Fonseca Sanches , Lucila Bistaffa Paula
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
