Abstract
Mudanças no padrão de distribuição espacial de Aedes aegypti e Aedes albopictus, ocorrem devido a diferentes fatores, dentre eles a interação negativa. Objetivou-se analisar e descrever o padrão de distribuição de ovos dessas espécies. Em ambiente urbano do município de São Sebastião, 80 ovitrampas foram expostas por quatro dias/ mês, durante 18 meses, em 40 residências urbanas, de 20 quarteirões, obtidos por sorteio sistemático mensal, em estágio único, de fevereiro de 2011 a julho de 2012. Os imóveis foram georreferenciados, e produziram-se mapas temáticos pelo uso do estimador de densidade Kernel. A presença exclusiva de Ae. aegypti foi verificada em 234 armadilhas (78,52%), Ae. albopictus em 26 (8,73%) e ambas as espécies em 38 (12,75%). Ae aegypti foi registrado por todo o espaço urbano do município e em todos os meses e estações do ano, além de ter apresentado maior densidade de ovos, sendo o inverso para Ae. albopictus. Ae. aegypti foi mais presente na região sul, enquanto que Ae. albopictus na região norte. A segregação de hábitat de Ae. aegypti e Ae. albopictus merece atenção, já que sua ocorrência favorece uma coexistência urbana e pode gerar consequências à saúde pública, uma vez que são importantes transmissores de arboviroses.
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