Desafios no diagnóstico da infecção pelos Vírus Linfotrópicos de Células T Humanas do tipo 1 e tipo 2 (HTLV-1 e HTLV-2) em pacientes infectados com o HIV-1

Autores/as

  • Karoline Rodrigues Campos Pós-Graduação - Coordenadoria de Controle de Doenças
  • Adele Caterino de Araujo (orientadora) Pós-Graduação - Coordenadoria de Controle de Doenças

Palabras clave:

Vírus 1 linfotrópico T humano (HTLV-1). Vírus 2 linfotrópico T humano (HTLV-2). Vírus 1 da Imunodeficiência Humana (HIV1). Coinfecção, Algoritmo, Técnicas de Laboratório Clínico.

Resumen

Desde a década de 1990 o Instituto Adolfo Lutz de São Paulo (IAL) tem realizado o diagnóstico da
infecção por Vírus Linfotrópicos de Células T Humanas dos tipos 1 e 2 (HTLV-1 e HTLV-2) e, desde
então, têm sido reportadas as dificuldades principalmente no diagnóstico de HTLV-2, em especial em
pacientes infectados pelo HIV-1. O presente trabalho teve como objetivo avaliar várias técnicas de
diagnóstico disponíveis no momento atual (kits comerciais e testes in house) e estabelecer o melhor
algoritmo para ser empregado no diagnóstico de pacientes infectados pelo HIV-1. A população
analisada foi composta por dois grupos provenientes de Serviços de Assistência Especializados em
HIV/Aids de São Paulo: um pioneiro [Grupo 1 (G1), n=1.608] e outro com histórico mais recente
[Grupo 2 (G2), n=1.383]. Ambos os grupos foram formados, na maioria, por indivíduos do sexo
masculino [G1 (76,9%) e G2 (67,2%)] com média de idade de 44,3 (G1) e 35,6 (G2) anos. Os testes
empregados na triagem sorológica das 2.991 amostras de sangue foram os ensaios imunoenzimáticos
de 3ª geração (Murex e Gold ELISA); e aquelas com resultados reagentes foram subsequentemente
avaliadas pelos testes sorológicos confirmatórios de Western Blot (WB) e INNO-Lia (LIA), e pelos
ensaios moleculares de reação em cadeia da polimerase em tempo real (qPCR - pol) e nested-PCRRFLP (tax). Foram consideradas HTLV-1/-2 positivas as amostras que apresentaram reagentes em
qualquer um dos quatro testes confirmatórios, e foram detectadas prevalências de 3,1% e 4,2% de
infecção por HTLV-1/2, respectivamente, nos G1 e G2. Houve diferença em relação ao sexo (G2)
e à idade entre as populações mono e coinfectadas por HIV-1/HTLV-1/-2. Entre os coinfectados,
47,0% (G1) e 51,7% (G2) eram do sexo feminino e a média de idade foi maior no G1 (49,5 versus
43,5 anos). Na triagem sorológica, 127 amostras foram reagentes, sendo que a infecção por HTLV
foi comprovada em 108 amostras: 56 HTLV-1 [G1 (27) + G2 (29)], 45 HTLV2 [G1 (21) + G2 (24)],
uma dupla infecção HTLV-1 + HTLV-2 (G2) e seis HTLV [G1 (2) + G2 (4)]. As demais 19 amostras
reagentes na triagem, nove permaneceram indeterminadas (G2) e 10 resultaram negativas [G1 (1),
G2 (9)]. O ensaio confirmatório que apresentou maior sensibilidade, ao analisar esta população
de indivíduos, foi o LIA (97,2%). Uma vez que nenhum teste confirmatório foi capaz de detectar
100% das amostras positivas para HTLV 1/2 em indivíduos infectados por HIV-1, faz-se necessário
o uso de combinação de testes. O algoritmo de melhor custo-benefício para esta população seria
a combinação da qPCR como teste de primeira escolha, seguido do LIA na avaliação de amostras
negativas.

 

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Publicado

2022-06-28

Cómo citar

1.
Rodrigues Campos K, Caterino de Araujo (orientadora) A. Desafios no diagnóstico da infecção pelos Vírus Linfotrópicos de Células T Humanas do tipo 1 e tipo 2 (HTLV-1 e HTLV-2) em pacientes infectados com o HIV-1. Bepa [Internet]. 28 de junio de 2022 [citado 22 de julio de 2024];15(173). Disponible en: https://periodicos.saude.sp.gov.br/BEPA182/article/view/37770

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