Investigação de meningite por Neisseria meningitidis, Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae na região de Ribeirão Preto, SP, Brasil, utilizando métodos laboratoriais convencionais
Palabras clave:
Meningite bacteriana, Diagnóstico, Métodos clássicos, Neisseria meningitidis, Streptococcus pneumonia, Haemophilus influenzaeResumen
A meningite é uma doença que acomete as populações de diferentes partes do mundo, sendo caracterizada como um importante problema de saúde pública. O objetivo deste estudo foi avaliar a positividade para Neisseria meningitidis, Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae utilizando diferentes métodos convencionais de diagnóstico laboratorial. O estudo incluiu os casos suspeitos de meningite bacteriana diagnosticados no Instituto Adolfo Lutz de Ribeirão Preto, ocorridos no período de janeiro de 2007 a dezembro de 2009. Foram analisadas 1.722 amostras utilizando, individualmente ou associados, os métodos de bacterioscopia, cultura de líquido cefalorraquidiano (LCR), hemocultura e/ou reação de contraimunoeletroforese. Entre as amostras analisadas, 392 (22,76%) apresentaram positividade para algum agente bacteriano em pelo menos um dos métodos utilizados. Dessas, 17,35% foram positivas para N. meningitidis, 15,82% para S. pneumoniae e 2,04% para H. influenzae. O fenótipo C: 23: P1.14-6 de N. meningitidis foi o mais prevalente, seguido do B: 4,7: P1.19,15. Os sorotipos 14, 3, 12F, 23F, 19F e 6B de S. pneumoniae foram os mais encontrados. O estudo concluiu que todos os métodos de diagnóstico laboratorial utilizados são complementares e nenhum deles deve ser negligenciado. A cultura continua sendo considerada o padrão ouro para o diagnóstico dameningite bacteriana.
Descargas
Métricas
Citas
Ministério da Saúde. Guia de vigilância epidemiológica. 6. ed. Brasília, 2005; Secretaria de Vigilância em Saúde.
Lemos APS. Descrição de um novo clone de Neisseria meningitidis sorogrupo C, grande São Paulo, 1990 a 2003. São Paulo. (Tese de Doutorado). São Paulo: Faculdade de ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo; 2005.
Castiñeiras TMPP, Pedro LGF, Martins FSV. Doença meningocócica. base de dados na internet. Rio de Janeiro, 2004. [acesso em jan 2010]. Disponível em: http://www.cives.ufrj.br/ Doença Meningocócica.
Trócoli MGC. Epidemiologia das meningites bacterianas e virais agudas ocorridas no Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião (IEISS). 1998. (Dissertação de Mestrado). Rio de Janeiro: Escola Nacional de Saúde Pública; 1998.
Elias JRWP. Neisseria. In: Trabulsi LR. Microbiologia. 4. ed. São Paulo: Atheneu, 2005; p. 219-27.
Devoe IW. The meningococcus and mechanisms of pathogenicity. Rev Microbiol. 1992:46:162-90.
Fundação Nacional de Saúde - FUNASA. Guia de vigilância epidemiológica. Brasília, 2002;577-632.
Gomes HR, Machado LR. Processos infecciosos do Sistema Nervoso. In: Nitrini RA. Neurologia que todo o médico deve saber. São Paulo: Atheneu, 2008; p. 205-11.
Brasil. Ministério da Saúde. Normas técnicas para o diagnóstico das meningites bacterianas. Brasília, 1986; Centro de Documentação do Ministério da Saúde.
Guedes JS, Moraes JC. Epidemiologia da meningite por Haemophilus influenzae, no município de São Paulo, 1960-1977. Rev Inst Adolfo Lutz, 1989;49(2):219-29.
Fukasawa LO, Salgado MM, Gonçalves MG, Custódio AV, Araújo TP, Carvalhanas TRMP et al. Limitações no uso da técnica de contraimunoeletroforese (CIE) para o diagnóstico das meningites causadas por Haemophilus influenzae tipo b. Bepa. 2010; 7(76):4-12.
Perecin GEC, Bertolozzi MR. Meningites na Regional de Saúde de Piracicaba – 1992 a 2001: impacto da introdução da vacina contra o Haemophilus influenzae tipo b. Bepa. 2004;1(5).
Takemura NS, Andrade SM. Meningite por Haemophilus influenzae tipo b em cidades do estado de Paraná, Brasil. J. Pediatr. 2001;77(5):387-92.
Miranzi SSC, Moraes SA, Freitas ICM. Tendência das meningites por Haemophilus influenzae tipo b no Brasil, em menores de 5 anos, no período de 1983 a 2002. Rev Soc Bras Med Trop. 2006;39(5):473-7.
Nascimento-Carvalho CM, Andrade AL. Haemophilus influenzae type b vaccination: long-term protection. J Pediatr. 2006; 82 (3 Suppl): S 109 –14.
Laval CA, Pimenta FC, de Andrade JG, Andrade SS, de Andrade AL. Progress towards meningitis prevention in the conjugate vaccines era. Braz J Infect Dis. 2003;7:315-24.
Tondella MLC, Tavares C, Buschinelli SSO, Casagrande ST, Brandileone MCC, Milagres LG. Utilização do meio de cultura Novobiocina-Nitrato-Sacarose (NNS) no diagnóstico presuntivo de Staphylococcus saprophyticus. Rev Inst Adolfo Lutz. 1989; 49(2):137-43.
Organización Panamericana de la Salud - OPAS. Informe Regional de SIREVA II, 2007: datos por país y por grupos de edad sobre las características de los aislamientos de Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae y Neisseria meningitidis em procesos invasores. Washington; 2008.
Lopes M, Santos SIS. Contribuição de amostras de sangue no diagnóstico laboratorial da doença meningocócica. Rev Inst Adolfo Lutz. 2002;61(1):45-9.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2011 Daniel Laguna Meirelles, Paulo da Silva, Jaqueline Otero Silva, Ana Maria Machado Carneiro, Marta Inês Cazentini Medeiros
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.