Resumen
Esta revisão de literatura visa proporcionar bases para reavaliação do procedimento para o preparo da pele antes da administração de imunobiológicos, pelos profissionais da saúde que atuam em imunização, utilizando bases de dados como Medline, MMWR, teses de mestrado e fontes oficiais como OMS, Opas, Ministério da Saúde e Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, entre outras. Os documentos e artigos apresentaram em seus conteúdos os termos: antissepsia, preparo da pele, infecções, controle de infecções. Deparamo-nos com um cenário de pouca atenção ao ensino do preparo da pele para a administração de injeções; apesar da utilização do álcool a 70%, atualmente, pelos profissionais, professores e acadêmicos da área de saúde, não encontramos evidências de benefícios, considerando a utilização indevida desse produto. Algumas publicações sobre preparo da pele com álcool a 70% indicam que ele será esterilizante quando utilizado por 30 segundos e após esperar sua secagem por mais 30 segundos. Portanto, da maneira como vem sendo utilizado na prática diária de imunização das unidades de saúde, parece-nos dispensável a antissepsia com preparados alcoólicos, se o paciente está limpo e os profissionais mantiverem a correta e imprescindível lavagem das mãos.
Citas
Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de Epidemiologia. Programa Nacional de Imunizações. Procedimentos básicos segundo as vias de administração dos imunobiológicos/Aspectos Técnicos e Administrativos da Atividade de vacinação. In: Manual de Procedimentos para Vacinação 2001; Brasília; p. 85-94.
Nicoll LH, Hesby A. Intramuscular injection: an integrative research review and guideline for evidence-based practice. Applied Nursing Research 2002; vol. 16, 2(augst), p. 149-62.
World Health Organization - WHO. Safe Injection Global Network (SIGN). Phnom Penh, Cambodia; 2002. p. 24-5. WHO/BCT/02.13
Boletim Informativo PAI – Programa Ampliado de Inmunización em Las Américas. Preparación ordinária de la piel antes de uma inyección: um procedimiento innecesario; 1987, p 2.
Dann TC. Routine skin preparation before injection – An unnecessary procedure. Lancet.1969;p 96-8.
Dann TC. Routine skin preparation before injection: an unnecessary procedure. Practioner. 1966;196:546-50.
De Paula HB, Vicentini ME, Soares RSS. Organização do Centro de Materiais e Noções de Esterilização, em Cadernos de Saúde – Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo; 1993, p 35-6.
Committee on Infectious Diseases, 1999-2000, Committee on Practice Ambulatory Medice, 1999-2000, Infection Control in phisicians offices. American Academy of Pediatrics. Pediatrics. 2000;105(6).
Vaccinia (smallpox) Vaccine Recomendations of the Advisory Committee on Immunization
Practices (ACIP) 2001. MMWR 50 (RR10).
Workman BRGN. Safe injection techniques, Art & Science: continuing professional Development: Nursing Procedure 1999;13(39), p 47-53.
Koivisto AV, Felig P. Is skin preparation necessary before insulin injection? Lancet. 1978;p 1072-3.
Takakura MS. Influência da assepsia da pele nas injeções intramusculares [Tese de Mestrado]. Rio de Janeiro: Escola de Enfermagem Anna Nery; 1975, p 54.
Del Mar CB, Glasziou PP, Spinks AB, Sanders SL. Is isopropyl alcohol swabbing before injection really necessary? Medical Journal of Australia. 2001;174:306.
Sutton CD, White SA, Edwards R, et al: A Prospective controlled trial of the efficacy of isopropyl alcohol wipes before venesection in surgical patients. The Royal College of Surgeons of England, Ann R Coll Surg. 1999, may, 81:183-186.
Royal College of Nursing, Royal College of General Practitioners, Royal College of Pediatrics and Child Health, Position Statement on Injection Technique, March 2002.
National Health and Medical Research Council. The Australian Immunisation Handbook (8th Edition) Commonwealth Department of Health and Aged Care. Australian Government Publishing Services Canberra. 2003; p. 44.
Hutin Y, Hauri A, Chiarello L et al: Best infection control practices for intradermal, subcutaneous, and intramuscular needle infections. Bulletin of the World Health Organization. 2003;81(7):491-500.
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Derechos de autor 2009 Marcia Monteiro Alves Fernandes, Clelia Maria Sarmento de Souza Aranda