Resumen
Os acidentes e violências estão entre as principais causas de mortalidade na maioria dos países, respondendo por significativa parcela da morbidade da população, prejuízos econômicos, perda da capacidade produtiva e qualidade de vida. Este trabalho tem como objetivo descrever a mortalidade por causas externas entre a população residente no Estado de São Paulo, no ano de 2005. O material de estudo foi composto pelo universo de mortes decorrentes de causas externas na população residente no Estado de São Paulo. O banco de dados utilizado foi o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), disponibilizado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Em 2005, o coeficiente de mortalidade decorrente dessas causas foi 68,9 por 100.000 habitantes. O sexo masculino apresentou um risco de morrer por estas causas 4,7 vezes maior que o feminino. As faixas etárias com maiores riscos foram as de 20-29 anos (especialmente decorrentes de homicídios e acidentes de transporte) e 60 anos e mais (acidentes de transporte na condição de pedestres e quedas). Os homicídios responderam por 32,6% das mortes, seguidos dos acidentes de transporte (26,8% do total). O Estado de São Paulo vem apresentando desde 1999 uma tendência de queda no coeficiente de mortalidade por causas externas da ordem de 27,6%. Esta diminuição é verificada em praticamente todas as Regionais de Saúde, especialmente devido à queda nos homicídios. Foi o sexo masculino que mostrou maior redução nestas taxas
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