Biodiversidade das Biomphalaria (Mollusca, Planorbidae) na região metropolitana de São Paulo como complemento à carta planorbídica do estado de São Paulo
pdf

Como Citar

1.
Pires Ohlweiler F, de Jesus Rossignoli T. Biodiversidade das Biomphalaria (Mollusca, Planorbidae) na região metropolitana de São Paulo como complemento à carta planorbídica do estado de São Paulo . Bepa [Internet]. 13º de agosto de 2022 [citado 22º de novembro de 2024];13(152). Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/BEPA182/article/view/38074

Resumo

A fauna planorbídica do gênero Biomphalaria foi inventariada em 39 municípios da  Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), contribuindo para a complementação  da carta planorbídica do estado. As coletas foram realizadas no período de agosto  de 2008 a março de 2016. Os moluscos foram identificados e submetidos a exame  parasitológico. Foram encontradas seis espécies; Biomphalaria occidentalisBiomphalaria oligoza, Biomphalaria peregrina, Biomphalaria schrammiBiomphalaria straminea e Biomphalaria tenagophila, as quais tiveram sua  distribuição geográfica atualizada na área de estudo. B. tenagophila demonstrou estar  bem adaptada nos ambientes pesquisados. É a espécie com maior representatividade  e predomínio em grande parte dos municípios. A presença de bionfalárias portando  larvas de trematódeos, que não esquistossomo, constituem risco de transmissão de  parasitas de interesse veterinário. A presença de B. tenagophila na RMSP faz desta  uma área de importância para a transmissão de esquistossomose, sendo necessário,  como forma de controle e prevenção, o monitoramento da área, ações educativas e  melhorias no saneamento básico. 

pdf

Referências

Rey L. Parasitologia. Parasitos e doenças parasitárias do homem nos trópicos ocidentais. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan;2008.

Katz ND, Dias LCS. Esquistossomose Mansônica. In: Cimerman B, Cimerman S. Parasitologia Humana e seus Fundamentos Gerais. São Paulo: Atheneu; 1999. p.212-21.

Secretaria da Saúde (SP), Coordenadoria de Controle de Doenças, Centro de Vigilância Epidemiológica, Divisão de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar. Avaliação da Esquistossomose no Estado de São Paulo. BEPA, Bol. epidemiol. paul. 2009;6(supl.6):1-87.

Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância em Doenças Transmissíveis. Plano integrado de ações estratégicas de eliminação da hanseníase, filariose, esquistossomose e oncocercose como problema de saúde pública, tracoma como causa de cegueira e controle das geohelmintíases: plano de ação 2011-2015. Brasília (DF); 2013.

Datasus - Departamento de Informática do SUS. Informações de Saúde (Tabnet) [internet]. Brasília: Ministério da Saúde [acesso em abr 2015]. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi. exe?sinannet/cnv/esquistoSP.def

Secretaria do Meio Ambiente (SP), Coordenadoria de Planejamento Ambiental. Meio Ambiente Paulista: Relatório de Qualidade Ambiental 2011. São Paulo (SP): SMA; 2011.

Sistema Estadual de Análise de Dados – SEADE, Secretaria de Economia e Planejamento. Perfil Regional. Região Metropolitana de São Paulo. São Paulo (SP); 2009.

Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos de São Paulo – SIGRH, Comitê de Bacias Hidrográficas – CBH-RB. Relatório de Situação dos Recursos Hídricos de Bacias [internet]. [acesso em 6 jun 2014]. Disponível em: http://www.sigrh. sp.gov.br/sigrh/ARQS/RELATORIO/CRH/ CBH-RB/360/r0/volume/pdf/2_1.pdf

Grostein MD. Metrópole e Expansão Urbana – a persistência de processos “insustentáveis”. São Paulo Perspec. 2001;15(1):13-9.

Sidnei R. A paisagem natural remanescente na região metropolitana de São Paulo. São Paulo Perspec. 2006;20(2):19-31.

Instituto Socioambiental – ISA. Plataforma municipal para os mananciais da Região Metropolitana de São Paulo. 2008 [acesso em 05 de julho de 2011]. Disponível em: http: www.mananciais. org.br/upload/platmanan.pdf

Carvalho DF, Silva LDBS. Hidrologia - Apostila e Plano de Curso. Rio de Janeiro: Instituto de Tecnologia; 2006. Disponível em: www.ufrrj.br/institutos/ it/deng/leonardo/it113-hidrologia.htm

Silva RT, Porto MFA. Gestão Urbana e Gestão das Águas: caminhos da integração. Estud. av. 2003;17(47):129-45.

Piza JT, Ramos AS, Moraes LVC, Correa RR, Takaku L, Pinto ACM. Carta Planorbídica do Estado de São Paulo. São Paulo: Secretaria de Estado da Saúde; 1972.

Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano – Emplasa. Região Metropolitana de São Paulo [acesso em 8 jul 2011]. Disponível em: http: www.emplasa.sp.gov.br/portalemplasa/ infometropolitana/rmsp

Ohlweiler FP, Takahashi FY, Guimarães MCA, Gomes, SR, Kawank T. Manual de Gastrópodes Límnicos e Terrestres do Estado de São Paulo Associados às Helmintoses. Porto Alegre: Redes Editora; 2010.

Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. Vigilância e controle de moluscos de importância epidemiológica: diretrizes técnicas: Programa de Vigilância e Controle da Esquistossomose (PCE). Brasília (DF); 2008.

Ohlweiler FP, Eduardo JM, Takahashi FY, Crein GA, Luca LR, Oliveira RC. Larvas de trematódeos associadas a moluscos de água doce em municípios da Região Metropolitana de São Paulo, Estado de São Paulo. Rev. Pan-Amazônica Saúde (Online). 2013;4(3):37-48.

Naruto T. Guia para identificação de cercarias. São Paulo: Superintendência do Estado de São Paulo; 1984.

Schell SC. How to know the Trematode. Dubuque: WMC Brown Co. Publishers; 1970.

Deslandes N. Técnica de dissecção e exame de planorbídeos. Rev. do Serviço Especial em Saúde Pública; 1959;4:371-82.

Paraense WL. Estado atual da sistemática dos planorbídeos brasileiros. Arq Mus Nac. 1975; 55:105-28.

Margurran AE. Ecological Diversity and Its Measurement. New Jersey: Princeton University Press; 1988.

Moreno CE. Métodos para medir la biodiversidad. M&T – Manuales Y Tesis. Espanha: SEA, Zaragoza; 2001.

Santos L, Costa IB, Figueiredo CCS, Altomani MAG. Primeiro encontro de Biomphalaria straminea no município de Cruzeiro, Vale do Paraíba, estado de São Paulo, naturalmente infectada por cercarias de Schistosoma mansoni. Rev. Inst. Adolfo Lutz. 1980;40:165-6.

Michelson EH, Dubois L. Competitive interaction between two snail hosts of Schistosoma mansoni: laboratory studies on Biomphalaria glabrata and B. straminea. Rev. Inst. Med. Trop. 1979;21(5):246-53.

Mota DJG, Pinto PLS, Kawano T. Levantamento da Malacofauna Límnica na Área do Pesqueiro Itapecerica, Itapecerica da Serra, São Paulo, Brasil. BEPA, Bol. epidemiol. paul. 2013;10(119):23-4.

Callisto M, Ferreira WR, Moreno P, Goulart M, Petruci M. Aplicação de um protocolo de avaliação rápida da diversidade de habitats em atividade de ensino e pesquisa (MG-RJ). Acta Limnol. Bras. (Online). 2002; 4(1): 91-8.

Moretti MS, Gourlat MDC, Callisto M. Avaliação rápida da macrofauna associada a Eichhornia azurea (Swartz) Kunth, 1843 e Pontederia lanceolata Nutt., 1818 (Pontederiaceae) na Baía do Coqueiro, Pantanal de Poconé (MT/ Brasil). R. Bras. Zootec. 2003;5:7-21.

Abílio FJP, Fonseca-Gessner AA, Leite RL, Ruffo TLM. Gastrópodes e outros invertebrados do sedimento associados à macrófita Eichhornia crassipes de um açude hipertrófico do semi-árido paraibano. Rev Biol Ciênc Terra. 2006; 1:165-78.

Rosemberg DM, Resh VH. Freshwater biomonitoring and benthic macroinvertebrates. London: Chapman & Hall; 1993.

Azevedo JF, Medeiros LC, Faro MMC. Estudos, ensaios e documentos. Os moluscos de água doce do Ultramar Português. II-Moluscos do sul do Save (Moçambique). Lisboa: Ministério do Ultramar, Junta de Investigações do Ultramar;1957.

Paraense WL. Fauna Planorbídica do Brasil. In: Lacaz CS, Baruzzi S Jr, coordenadores. Introdução à geografia médica do Brasil. São Paulo: Edgar Blucher; 1972. p.213-39.

Paraense WL. Gastropoda. In: Hurlbert GR, Santos ND, coordenadores. Aquatic biota of tropical South América. Part 2: Anarthropoda. Califórnia: San Diego State University; 1981. p.200-7.

Barbosa FS. Tópicos em Malacologia Médica. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2005.

Petrucio MM, Esteves FA. Uptake of nitrogen and phosphorus in the water by Eichhornia crassipes and Salvinia auriculata. Rev. bras. biol. 2000; 60:229-36.

Pott VJ, Pott A. Plantas aquáticas do Pantanal. Brasília: 2000.

Amaral MCE, Bittrich V, Faria AD, Anderson LO, Aona LYS. Guia de campo para plantas aquáticas e palustres do estado de São Paulo. São Paulo: Holos; 2008.

Secretaria da Saúde (SP), Coordenadoria de Controle de Doenças, Centro de Vigilância Epidemiológica, Divisão de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar. Vigilância Epidemiológica e Controle da Esquistossomose. Normas e Instruções. São Paulo (SP): Unibrás Artes Gráficas; 2007. Disponível em: http://www.saude. sp.gov.br/resources/sucen/homepage/ downloads/arquivos-esquistossomose/ manualesquistossomose.pdf

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2022 Fernanda Pires Ohlweiler, Thays de Jesus Rossignoli

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...