Resumo
O Estado de São Paulo, com 41 milhões de habitantes, descobre cerca de 21.000 casos de tuberculose (TB) por ano. Trata-se do maior contingente do País, com um coeficiente de incidência de 45 casos por 100.000 habitantes, verificando-se nos últimos anos uma estabilidade neste número. O Plano Regional da TB 2006-2015 da Opas vem sendo seguido pelo Programa de Controle da TB do Estado de São Paulo (PCT-SP), acompanhando o fortalecimento da estratégia DOTS, contemplada na estratégia do STOP-TB, parceria com a OMS. Um dos seus seis componentes adicionais é promover e facilitar investigações operacionais em TB, concebidas como ferramenta que contribua para a implementação/aceleração/expansão do DOTS; devem envolver não só o pessoal de saúde como também a universidade e autoridades públicas. Em relação à situação das investigações operacionais na “Região das Américas”, não existe uma clara consciência do papel das investigações no controle eficaz da TB, tampouco constituem prioridade dentro dos PCT. Grande parte dos estudos que se efetuam não é divulgada; ou, uma vez terminados, estes não podem ser implementados ou não estão dirigidos à resolução das limitações epidemiológicas e operacionais dos PCT. Ainda em 2007, iniciou-se o Projeto Fundo Global de Luta Contra a AIDS, Tuberculose e Malária –The Global Fund, instituição voltada ao apoio de ações de controle destas doenças nos países de maior prevalência, a partir de propostas apresentadas em parceria por instituições representativas da sociedade civil organizada e governos. Este projeto para a TB prevê, em um dos seus objetivos, promover e facilitar as investigações operacionais. O objetivo deste trabalho é descrever as investigações operacionais realizadas pela coordenação do PCT-SP/DvTBC/CVE/CCD/SES-SP, em 2007.
Referências
São Paulo. Divisão de Tuberculose e Outras Pneumopatias. Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac”. Coordenadoria de Controle de Doenças. Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Tuberculose no Estado de São Paulo: indicadores de morbimortalidade e indicadores de desempenho. BEPA 2006; 3 (suplemento 4), pp. 37.
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