Avaliação da eficácia da água sanitária na sanitização de alfaces (Lactuca sativa)
PDF

Palavras-chave

coliformes
verduras
leveduras
higiene
qualidade

Como Citar

1.
Santos H de S, Muratori MCS, Marques ALA, Alves VC, Cardoso Filho F das C, Costa APR, Pereira MMG, Rosas CA da R. Avaliação da eficácia da água sanitária na sanitização de alfaces (Lactuca sativa). Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de janeiro de 2012 [citado 2º de maio de 2024];71(1):56-60. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32391

Resumo

Neste estudo, foi avaliado se a forma doméstica de utilização da água sanitária é eficiente para higienizar as alfaces (Lactuca sativa). Para tanto, foram analisadas 28 amostras de alfaces adquiridas diretamente em um supermercado no município de Teresina, PI. As amostras foram lavadas em água corrente e, na sequência, apanhadas ao acaso para formar quatro grupos, os quais foram utilizados nos diferentes tempos de tratamentos por imersão em solução de água sanitária com 200 ppm de cloro ativo: zero (controle), 15, 30 e 45 minutos. Após o tratamento, foram realizadas as análises microbiológicas: enumeração de coliformes totais, coliformes termotolerantes e Escherichia coli (EC); contagem de bactérias heterotróficas mesófilas (CBH) e de fungos (F). A solução de água sanitária com 200 ppm de cloro ativo reduziu a carga microbiana inicial de bactérias heterotróficas, coliformes termotolerantes e Escherichia coli após 15 minutos de imersão, entretanto não foi eficiente para diminuir a carga de coliformes totais, fungos filamentosos e leveduras. Concluiu-se que a forma doméstica de utilização da água sanitária, recomendada em cartilhas distribuídas aos consumidores brasileiros, não é eficiente para higienizar as alfaces contaminadas com coliformes, fungos e/ou Escherichia coli.
https://doi.org/10.53393/rial.2012.71.32391
PDF

Referências

1. Fernandes AA, Martinez HEP, Pereira PRG, Fonseca MCM. Produtividade, acúmulo de nitrato e estado nutricional de cultivares de alface, em hidroponia, em função de fontes de nutrientes. Horticult Bras. 2002;20(2):195-200.

2. Oliveira JED, Marchini JS. Ciências nutricionais. São Paulo: Sarvier; 1998.

3. Rosa CCB, Martins MLL, Folly MM. Avaliação microbiológica de hortaliças provenientes de hortas comunitárias de Campos dos Goytacazes, RJ. Hig Aliment. 2007;19(134):75-80.

4. Buck JW, Walcott RR, Beuchat LR. Recent trends in microbiological safety on fruits and vegetables. Plant Manag Network. 2003 [acesso 20 out 2010]. Disponível em: [http://www.apsnet.org/publications/apsnetfeatures/Documents/2003/MicrobiologicalSafety.pdf].

5. Frank JF, Takeushi K. Direct observation of Escherichia coliO157:H7 inactivation on lettuce leaf using confocal scanning laser microscopy. In: Tuijtelaars et al., organizadores. Food ficrobiology and food safety into the next millenium. Proceedings of 17th International Conference of International Committee on Food Microbiology and Hygiene (ICFMH), Vendhoven, Holanda. Set 1999, p. 795-7.

6. Nascimento MS, Silva N, Okazaki MM. Avaliação comparativa da eficácia de cloro, vinagre, ácido acético e ácido peracético na redução da população de micro-organismos aeróbios mesófilos em verduras e frutas. Rev Net-DTA Online. 2003;3(6):224-30.

7. Rodrigues CS. Contaminação microbiológica em alface e couve comercializadas no varejo de Brasília-DF. [trabalho de conclusão de curso]. Brasília (DF): Universidade de Brasília; 2007.

8. Ranthum MA. Subnotificação e alta incidência de doenças veiculadas por alimentos e seus fatores de risco: causas e consequências no município de Ponta Grossa-PR. [dissertação de mestrado]. Rio de Janeiro (RJ): Escola Nacional de Saúde Pública; 2002.

9. Pacheco MASR, Fonseca YSK, Dias HGG, Cândido VLP, Gomes AHS, Armelin IM, et al. Condições higiênico-sanitárias de verduras e legumes comercializados no CEAGESP de Sorocaba-SP. Hig Aliment. 2002;16(101):50-5.

10. Beuchat LR, Farber JM, Garret FH, Harris IJ, Parish ME, Suslow TV, et al. Standardization of a method to determine the efficacy of sanitizers in inactivating human pathogenic microorganisms on raw fruit and vegetables. J Food Protect. 2001;64(7):1079-84.

11. Nascimento MS, Silva N. Tratamentos químicos na sanitização de morango (Fragaria vesca L.). Braz J Food Technol. 2010;13(1):11-7.

12. Nascimento AR, Filho Mouchreck JE, Bayma AB, Marques CMP. Sanitização de saladas in natura oferecidas em restaurantes self-service de São Luís-MA. Hig Aliment. 2002;16(16):92-3.

13. Santos YTO. Qualidade sanitária das hortaliças em um distrito sanitário de Salvador-BA e eficiência das soluções antimicrobianas sobre linhagens de Escherichia coli. [dissertação de mestrado]. Salvador (BA):Universidade Federal da Bahia; 2007.

14. Brasil. Ministério da Saúde. Resolução RDC n. 55, de 10 de novembro de 2009. Aprova Regulamento Técnico que estabelece os requisitos mínimos para o registro de produtos saneantes categorizados como água sanitária e alvejantes à base de hipoclorito de sódio e hipoclorito de cálcio. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, 13 nov 2009, Seção 1, p. 42-43.

15. Vanetti MCD. Controle microbiológico e higiene no processamento mínimo. Encontro Nacional sobre Processamento mínimo de frutas e hortaliças, 2. 2000, Viçosa. Palestras... Viçosa: UFV; 2000. p. 44-51.

16. Baruffaldi R, Penna TCV, Machoshvili IA, Abe LE. Tratamento químico de hortaliças poluídas. Rev Saúde Pública. 1984;18(3):225-34.

17. Fontana N. Atividade antimicrobiana de desinfetantes utilizados na sanitização de alface. [trabalho de conclusão de curso]. Santa Maria: Centro Universitário Franciscano/Unifra; 2006.

18. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. Cartilha. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 16 set 2004.

19. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução RDC nº 12, de 2 de janeiro de 2001. Aprova Regulamento Técnico sobre Padrões Microbiológicos para Alimentos e seus anexos I e II. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 10 jan 2001, Seção 1, n. 7-E, p. 45.

20. Kornacki JL, Johnson JL. Enterobacteriaceae, coliforms and Escherichia coli as quality and safety indicators. In: Downes FP, Ito K. Compendium of Methods Microbiological Examination of Foods. Washington: American Public Health Association; 2001. p. 652.

21. Mourton RD. Aerobic plate count. In: Downes FP, Ito K. Compendium of Methods Microbiological Examination of Foods. Washington: American Public Health Association; 2001. p. 652.

22. Sigma Stat for windows version 1.0. Jandel Corporation, 1994.

23. Lund DG, Petrini LA, Aleixo JAG, Rombaldi CG. Uso de sanitizantes: redução da carga microbiana em mandioca minimamente processada. Ciênc Rural. 2005;35(6):1431-5.

24. Srebernich SM. Utilização do dióxido de cloro e do ácido peracético como substitutos do hipoclorito de sódio na sanitização do cheiro-verde minimamente processado. Ciênc Tecnol Aliment. 2007;27(4):744-50.

25. López-Gálvez F, Gil MI, Truchado P, Selma MV, Allende A. Cross-contamination of fresh-cut lettuce after a short-term exposure during pre-washing cannot be controlled after subsequent washing with chlorine dioxide or sodium hypochlorite. Food Microbiol. 2010;27(2):199-204.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2012 Hugo de Sousa Santos, Maria Christina Sanches Muratori, Ana Luísa Alves Marques, Verbena Carvalho Alves, Francisco das Chagas Cardoso Filho, Amilton Paulo Raposo Costa, Maria Marlúcia Gomes Pereira, Carlos Alberto da Rocha Rosas

Downloads

Não há dados estatísticos.