Eficiência alimentar e qualidade proteica das sementes de baru e pequi procedentes do Cerrado brasileiro
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Palavras-chave

cerrado
qualidade proteica
baru
Dipteryx alata Vog.
pequi
Caryocar brasiliense Camb

Como Citar

1.
Sousa AG de O, Fernandes DC, Naves MMV. Eficiência alimentar e qualidade proteica das sementes de baru e pequi procedentes do Cerrado brasileiro. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de fevereiro de 2012 [citado 26º de dezembro de 2024];71(2):274-80. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32425

Resumo

Este trabalho avaliou a eficiência alimentar e a qualidade proteica das sementes de baru e pequi nativas do Cerrado brasileiro. Ratos Wistar machos, recém-desmamados (n = 24), distribuídos em quatro grupos, foram alimentados com diferentes dietas, contendo 10% de proteína: padrão (caseína, 7% de lipídios); controle (caseína, 15% de lipídios); baru (semente de baru, 15% de lipídios) e pequi (semente de pequi, 15% de lipídios). Determinaram-se os teores proteicos e lipídicos e estimou-se o teor de fibra alimentar total das dietas. A eficiência alimentar foi avaliada pelo Fator de Conversão Alimentar (FCA), e o valor proteico, por meio do PER (Protein Efficiency Ratio). O FCA variou de 2,8 (dieta padrão) a 10,5 (dieta de semente de pequi); e a dieta de semente de baru (FCA = 5,17) foi mais eficiente do que a dieta de semente de pequi. O valor de PER da semente de baru (2,11) foi superior ao da semente de pequi (1,0), e os valores de RPER (qualidade proteica relativa) dessas sementes foram, respectivamente, de 70% e 30%. A semente de baru possui melhor eficiência alimentar e qualidade proteica do que a semente de pequi, e sua proteína pode ser classificada como de qualidade intermediária a boa.
https://doi.org/10.53393/rial.2012.v71.32425
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