Eficiência alimentar e qualidade proteica das sementes de baru e pequi procedentes do Cerrado brasileiro
PDF

Palavras-chave

cerrado
qualidade proteica
baru
Dipteryx alata Vog.
pequi
Caryocar brasiliense Camb

Como Citar

1.
Sousa AG de O, Fernandes DC, Naves MMV. Eficiência alimentar e qualidade proteica das sementes de baru e pequi procedentes do Cerrado brasileiro. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de fevereiro de 2012 [citado 28º de abril de 2024];71(2):274-80. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32425

Resumo

Este trabalho avaliou a eficiência alimentar e a qualidade proteica das sementes de baru e pequi nativas do Cerrado brasileiro. Ratos Wistar machos, recém-desmamados (n = 24), distribuídos em quatro grupos, foram alimentados com diferentes dietas, contendo 10% de proteína: padrão (caseína, 7% de lipídios); controle (caseína, 15% de lipídios); baru (semente de baru, 15% de lipídios) e pequi (semente de pequi, 15% de lipídios). Determinaram-se os teores proteicos e lipídicos e estimou-se o teor de fibra alimentar total das dietas. A eficiência alimentar foi avaliada pelo Fator de Conversão Alimentar (FCA), e o valor proteico, por meio do PER (Protein Efficiency Ratio). O FCA variou de 2,8 (dieta padrão) a 10,5 (dieta de semente de pequi); e a dieta de semente de baru (FCA = 5,17) foi mais eficiente do que a dieta de semente de pequi. O valor de PER da semente de baru (2,11) foi superior ao da semente de pequi (1,0), e os valores de RPER (qualidade proteica relativa) dessas sementes foram, respectivamente, de 70% e 30%. A semente de baru possui melhor eficiência alimentar e qualidade proteica do que a semente de pequi, e sua proteína pode ser classificada como de qualidade intermediária a boa.
https://doi.org/10.53393/rial.2012.v71.32425
PDF

Referências

1. FAO. Food and Agriculture Organization of the United Nations. Report of a Joint FAO/WHO Expert Consultation. Protein quality evaluation (FAO Food and Nutrition Paper nº 51). Rome: FAO; 1991.

2. WHO. World Health Organization. Report of a Joint WHO/FAO/UNU Expert Consultation. Protein and amino acid requirements in human nutrition. Geneva: WHO; 2007.

3. WHO. World Healh Organization. Report of a Joint WHO/FAO/UNU Expert Consultation. Diet, nutrition and the prevention of chronic diseases. Geneva: WHO; 2003.

4. Oliveira OS, Marquis RJ. The Cerrados of Brazil: ecology and natural history of a neotropical Savanna. New York: Columbia University Press, 2002.

5. Castro AM. Flavors from the Cerrado. [Online]. Ministério das Relacões Exteriores (Brasil), Brasília, DF (2013). [acesso 2013 mar 04]. Disponível em: [http://dc.itamaraty.gov/imagens-e-textos/revistaing13-mat13.pdf ].

6. Fernandes DC, Freitas JB, Czeder LP, Naves MMV. Nutritional composition and protein value of the baru (Dipteryx alata Vog.) almond from the Brazilian Savanna. J Sci Food Agric. 2010;90(10):1650-5.

7. Vera R, Naves RV, Nascimento JL, Chaves LJC, Leandro WML, Souza ERB. Caracterização física de frutos do pequizeiro (Caryocar brasiliense Camb.) no estado de Goiás. Pesq Agropec Trop. 2005;35(2):71-9.

8. Soares TN, Chaves LJ, Telles MPC, Diniz-Filho JAF. Landscape conservation genetics of Dipteryx alata (“baru” tree: Fabaceae) from Cerrado region of central Brazil. Genetica. 2008;132(1):9-19.

9. Lima A, Silva AMO, Trindade RA, Torres RP, Mancini-Filho J. Composição química e compostos bioativos presentes na polpa e na amêndoa de pequi (Caryocar brasiliense Camb.). Rev Bras Frutic. 2007;29(3):695-8.

10. Sousa AGO, Fernandes DC, Alves AM, Freitas JB, Naves MMV. Nutritional quality and protein value of exotic almonds and nut from the Brazilian Savanna compared to peanut. Food Res Intern. 2011;44(7):2319-25.

11. Correia GC, Naves RV, Rocha MR, Chaves LJ, Borges JD. Determinações físicas em frutos e sementes de baru (Dipteryx alata Vog.), cajuzinho (Anacardium othonianum Rizz.) e pequi (Caryocar brasiliense Camb). Biosc J. 2008;24:42-7.

12. Rabêlo AMS, Torres MCL, Geraldine RM, Silveira MFA. Extração, secagem e torrefação da amêndoa do pequi (Caryocar brasiliense Camb.). Cienc Tecnol Aliment. 2008;28(4):868-71.

13. Bligh EG, Dyer WJ. A rapid method of total lipid extraction and purification. Can J Biochem Physiol. 1959;37(8):911-7.

14. AOAC. Association of Official Analytical Chemists. Official methods of analysis. 15ª ed. Arlington (TX): AOAC; 1990.

15. FAO, Food and Agriculture and Organization of the United Nations. Amino-acid content of foods and biological data on proteins. Rome: FAO; 1970.

16. Takemoto E, Okada IA, Garbelotti ML, Tavares M, Aued-Pimentel S. Composição química da semente e do óleo de baru (Dipteryx alata Vog.) nativo do município de Pirenópolis, Estado de Goiás. Rev Inst Adolfo Lutz. 2001;60(2):113-7.

17. Reeves PG, Nielsen FH, Fahey JR GC. AIN-93 purified diets for laboratory rodents: final report of the American institute of Nutrition ad hoc writing committee on the reformulation of the AIN-76A rodent diet. J Nutr. 1993;123(11):1939-51.

18. NRC. Guide for the care and use of laboratory animals. National Research Council. Washington (DC): National Academy Press; 1996.

19. Martinez-Flores HE, Chang YK, Martinez-Bustos F, Sgarbieri V. Effect of high fiber products on blood lipids and lipoproteins in hamsters. Nutr Res. 2004;24(1):85-93.

20. Pellett PL, Young VR. Nutritional evaluation of protein foods. Tóquio: The United Nations University; 1980.

21. Bohé J, Low A, Wolfe RR, Rennie MJ. Human muscle protein synthesis is modulated by extracellular, not intramuscular amino acid availability: a dose response study. J Physiol. 2003;552:315-24.

22. Gomes MR, Pires ISO, Castro IA, Tirapegui J. Effect of protein restriction on plasma and tissue levels of insuline-like growth factor-1 (IGF-1) in adult rats. Nutr Res. 2003;23(9):1239-50.

23. Gietzen DW, Hao S, Anthony TG. Mechanisms of food intake repression in indispensable amino acid deficiency. Annu Rev Nutr. 2007;27:63-78.

24. Friedman M. Nutritional value of proteins from different food sources. A review. J Agric Food Chem. 1996;44(1):6-29.

25. Luján DLB, Leonel AJ, Bassinello PZ, Costa, NMB. Variedades de feijão e seus efeitos na qualidade proteica, na glicemia e nos lipídios sanguíneos em ratos. Ciênc Tecnol Aliment. 2008;28(supl.):142-9.

26. Moraes EA, Carraro JCC, Dantas MIS, Costa NMB, Ribeiro SMR, Martino HSD. Qualidade proteica e eficiência alimentar de farinhas integrais de linhaça obtidas de sementes cruas e submetidas a tratamento térmico. Rev Inst Adolfo Lutz. 2010;69(4):531-6.

27. Singh B, Singh U. Peanut as a source of protein for human foods. Plant Foods Hum Nutr. 1991;41:165-77.

28. Freitas JB, Fernandes DC, Czeder LP, Lima JCR, Sousa AGO, Naves MMV. Edible seeds and nuts grown in Brazil as sources of protein for human nutrition. Food Nutr Sci. 2012;3(6):857-62.

29. Pires CV, Oliveira MGA, Rosa JC, Costa NMB. Qualidade nutricional e escore químico de aminoácidos de diferentes fontes protéicas. Ciênc Tecnol Aliment. 2006;26(1):179-87.

30. Ezeokonkwo CA. The potential of Terminalia catappa (tropical almond) seed as a source of dietary protein. J Food Qual. 2002;27:207-19.

31. Freitas JB, Naves MMV. Composição química de nozes e sementes comestíveis e sua relação com a nutrição e saúde. Rev Nutr. 2010;23(2):269-79.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2012 Amanda Goulart de Oliveira Sousa, Daniela Canuto Fernandes, Maria Margareth Veloso Naves

Downloads

Não há dados estatísticos.