Resíduos de inseticidas organonofosforados: validação de método e ocorrência em hortícolas
PDF

Palavras-chave

validação intralaboratorial
resíduos de organofosforados
cromatografia gasosa
análise de alimentos
ocorrência

Como Citar

1.
Amaral EH, Soares AA, Sousa LAF de, Souza SVC de, Junqueira RG. Resíduos de inseticidas organonofosforados: validação de método e ocorrência em hortícolas. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de fevereiro de 2012 [citado 28º de abril de 2024];71(2):345-54. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32434

Resumo

Foi validada uma metodologia de análise de multirresíduos para determinar inseticidas organofosforados clorpirifós, dimetoato, etiona, etoprofós, parationa-metílica e pirimifós-metílico em amostras de alface, banana e tomate por cromatografia gasosa com detector termiônico específico. Foram realizados ensaios com curvas de solventes e de matriz em amostras-branco e adicionado de padrões dos analitos. A linearidade da técnica foi obtida na faixa de 12 a 92 ng.mL-1. Comprovou-se o efeito de matriz para a maioria dos analitos e matrizes estudados, com exceção de dimetoato em alface e clorpirifós em banana. As médias de recuperação, na faixa de quantificação, variaram de 81% a 104%. A metodologia apresentou precisão aceitável, com desvios padrão relativos, sob as condições de repetitibilidade de 4,7% a 14,3% e precisão intermediária de 5,7% a 21,4%. Os limites de detecção e quantificação experimentais foram, respectivamente, de 5,0 μg.kg-1 e de 8,0 μg.kg-1. Os limites de decisão de 6,7 a 5,2 mg.kg-1 e capacidades de detecção de 11,3 a 5,5 mg.kg-1 foram estimados. Das 309 amostras coletadas e analisadas no estado de Minas Gerais, 18,4% apresentaram resíduos de organofosforados, dos quais 17,2% estavam em desacordo com a legislação vigente.
https://doi.org/10.53393/rial.2012.v71.32434
PDF

Referências

1. Brasil. Ministério da Saúde. Organização Pan-Americana da Saúde. Manual de vigilância da saúde de populações expostas a agrotóxicos. Brasília: MS/OPAS; 1997.

2. Campanhola C, Rodrigues GS, Bettiol W. Evolução, situação atual, projeção e perspectiva de sucesso de um programa de racionalização do uso de agrotóxicos no Brasil. In: Rodrigues GS. Racionalización del uso de pesticidas en el Cono Sur. Montevidéu: Procisur; 1998. p. 43-9.

3. Sindicato Nacional da Industria de Produtos para Defesa Agricola - SINDAG. Dados do mercado: o setor de defensivos agrícolas no Brasil. [acesso 2011 jan 05]. Disponível em: [http://www.sindag.com.br/dados_mercado.php].

4. Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – MAPA. Programa Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC). [acesso 2011 mar 01]. Disponível em: [http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/camaras_setoriais/.../PNCRC.pdf ].

5. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA). [acesso 2011 mar 01]. Disponível em: [http://portal.anvisa. gov.br/wps/portal/anvisa/anvisa/home /agrotoxicotoxicologia/].

6. Pagliuca G, Gazzotti T, Zironi E, Sicca P. Residue analysis of organophosphorus pesticides in animal matrices by dual column capillary gas chromatography with nitrogen–phosphorus detection. J Chromatogr A. 2005;1071:67-70.

7. Heudorf U, Butte W, Schulz C, Angerer J. Reference values for metabolites of pyrethroid and organophosphorous insecticides in urine for human biomonitoring in environmental medicine. IntJ Hyg Environ Health. 2006;209:293-9.

8. Cuadros-Rodriguez L, Munõz JA, González LF, Garcia-Ayuso LE, Casado AG. A new approach to qualitative analysis of organophosphorus pesticide residues in cucumber using a double gas chromatographic system: GC-pulsed-flame photometry and retention time locking GC/mass spectrometry. Talanta. 2003;60:433-77.

9. Barros CB. Validação de métodos analíticos. Biológico. 2002;64(2):175-7.

10. Ribani M, Bottoli CBG, Collins CH, Jardim ICSF, Melo LFC. Validação em métodos cromatográficos e eletroforéticos. Quím Nova. 2004;27(5):771-80.

11. Eurachem. The Fitness for purpose of analytical methods. A laboratory guide to method validation and related topics. 1998.

12. Soares LMV. Como obter resultados confiáveis em cromatografia. Rev Inst Adolfo Lutz. 2001;60(1):79-84.

13. Holanda, Ministério de Saúde Pública, Bem-Estar e Esporte. Analytical Methods for Pesticide Residues in Foodstuffs, 6.. ed. Amsterdam: RIVM; 1996.

14. Souza SVC, Pinto CT, Junqueira RG. In-house method validation: Application in arsenic analysis. J Food Composit Anal. 2007;20:241-7.

15. Souza SVC, Junqueira RG. A procedure to assess linearity by ordinary least squares method. Anal Chim Acta. 2005;552:25-35.

16. Snedecor GW, Cochran WG. Statistical methods. 8. ed. Ames: Iowa State University; 1989.

17. European Commission. Method validation and quality control procedures for pesticide residue analysis in food and feed (doc. N° SANCO/10684/2009). Off J Eur Comm. 2010.

18. Horwitz W. Protocol for the design, conduct and interpretation of method performance studies. Pure Appl Chem. 1995;67:331-43.

19. Thompson M. Recent trends in inter-laboratory precision at ppb and sub-ppb concentrations in relation to fitness for purpose criteria in proficiency testing. Analyst. 2000;125:385-6.

20. European Commission – EC. Commission 554 decision 2002/657/EC, 12 ago 2002. Implementing Council Directive 96/23/EC concerning performance of analytical methods and the interpretation of results. Off J Eur Comm. 2002;221/8.

21. Van Loco J, Beernaert H. In: Proceedings of European Food Chemistry, 12, 2003, Brugges, Bélgica. Proceedings... Brugges: European Food Chemistry; 2003. p. 91-4.

22. Codex Alimentarius. Recommended methods of sampling for the determination of pesticide residues for compliance with MRLs. FAO Rome. CAC/GL 33; 1999.

23. Codex Alimentarius. Guidelines on good laboratory practice in residue analysis. FAO Rome. CAC/GL 40-1993; Rev.1; 2003.

24. Burke S. Missing Values, Outliers,Robust Statistics & Non-parametric Methods. LC-GC Europe, january; 2001;19-24.

25. Thompson M, Ellison SLR, Wood R. Harmonized guidelines for single-laboratory validation of methods of analysis. Pure Appl Chem. 2002;74:835-55.

26. Lambropoulou DA, Albanis TA. Headspace solid-phase microextraction in combination with gas chromatography–mass spectrometry for the rapid screening of organophosphorus insecticide residues in strawberries and cherries. J Chromatogr A. 2003;993:197-203.

27. Pérez-Ruiz T, Matínez-Lozano C, Tómaz V, Martín, J. High-performance liquid chromatographic assay of phosphate and organophosphorus pesticides using a post-column photochemical reaction and fluorimetric detection. Anal Chim Acta. 2005;540:383-91.

28. Oliva J, Barba A, Vela N, Melendreras F, Navarro, S. Multiresidue method for the rapid determination of organophosphorus insecticides in grapes, must and wine. J Chromatogr A. 2000;882:213-20.

29. Ambrus A. Worked example for validation of a multi-residue method. In: Fajgelp A, Ambrus A. Principles and practices of method validation. Workshop on the principles and practices of method validation, nov. 1999, Budapeste: Royal Society of Chemistry; 2000. p. 157-75.

30. Jansson C, Pihlström T, Österdahl BG, Markides KE. A new multi-residue method for analysis of pesticide residues in fruit and vegetables using liquid chromatography with tandem mass spectrometric detection. J Chromatogr A. 2004;1023:93-104.

31. Schenck FJ, Lehotay SJ. Does further clean-up reduce the matrix enhancement effect in gas chromatographic analysis of pesticide residues in food?. J Chromatogr A. 2000;868:51-61.

32. Gelsomino A, Petrovicová B, Tiburtini S, Magnani E, Felici M. Multiresidue analysis of pesticides in fruits and vegetables by ge lpermeation chromatography followed by gas chromatography with electron-capture and mass spectrometric detection. J Chromatogr A. 1997;782:105-22.

33. Patel K, Fussella RJ, Macarthura R. Method validation of resistive heating-gas chromatography with flame photometric detection for the rapid screening of organophosphorus pesticides in fruit and vegetables. J Chromatogr A. 2004;1046:225-34.

34. Simplício AL, Vilas Boas L. Validation of a solid-phase microextraction method for the determination of organophosphorus pesticides in fruits and fruit juice. J Chromatogr A. 1999;833:35-42.

35. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Monografias de Produtos Agrotóxicos. [acesso 2010 set 1]. Disponível em: [http://portal.anvisa.gov.br/ wps/portal/anvisa/anvisa/home/agrotoxicotoxicologia/].

36. Amaral EH, Altoe IMFF. Monitoramento de residuos de agrotoxicos no morango de Minas Gerais. Belo Horizonte: CeasaMinas; 2005. (Boletim do Morango: cultivo convencional, seguranca alimentar, cultivo orgânico).

37. Rogozinska K, Rupar J, Szpyrka E. Occurrence of pesticide residues in strawberries of south esatern Poland in 1996-2000. Pestycydy. 2001;33(37):3-4.

38. Durmusoglu E. Market basket monitoring of some organophosphorus pesticides on apple and strawberry in IzmirProvince, Turkey. Archiv fur Lebensmittelhygiene. 2003;54(1):16-20.

39. Gorenstein O. Monitoramento de residuos de agrotoxicos em frutas e hortaliças frescas comercializadas na Ceagesp. In: 44º Congresso Brasileiro de Olericultura, julho de 2004; Campo Grande, MS.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2012 Eliane Hooper Amaral, Alexandre Augusto Soares, Leandro Augusto Ferreira de Sousa, Scheilla Vitorino Carvalho de Souza, Roberto Gonçalves Junqueira

Downloads

Não há dados estatísticos.