Avaliação da atividade antibacteriana in vitro de extratos hidroetanólicos de plantas sobre Staphylococcus aureus MRSA e MSSA
PDF

Palavras-chave

extratos vegetais
agentes antimicrobianos
Staphylococcus aureus resistentes à meticilina

Como Citar

1.
Garcia CS, Ueda SMY, Mimica LMJ. Avaliação da atividade antibacteriana in vitro de extratos hidroetanólicos de plantas sobre Staphylococcus aureus MRSA e MSSA. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de abril de 2011 [citado 27º de abril de 2024];70(4):589-98. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32519

Resumo

Este estudo avaliou a atividade antibacteriana de extratos de plantas contra as cepas de Staphylococcus aureus por meio de testes de Disco-Difusão e de Concentração Bactericida Mínima (CBM). Foi testada a susceptibilidade de 52 cepas de S. aureus aos extratos hidroetanólicos das plantas: (1) Psidium guajava var. pomifera; (2) Hymenaea courbaril var. stilbocarpa; (3) Pothomorphe umbellata; (5) Bidens pilosa, seguindo-se a metodologia baseada nas normas internacionais do CLSI. Na comparação dos resultados da ação dos extratos nas concentrações preparadas neste modelo experimental, foi observado que: B. pilosa apresentou menor ação; P. guajava var. pomifera, P. umbellata, com resultados muito próximos entre si, apresentaram ações medianas; H. courbaril var. stilbocarpa demonstrou ação muito superior aos outros extratos e ao controle com etanol. A ação in vitro dos extratos testados evidenciou a presença de princípios ativos antibacterianos. O estudo tornou evidente que os extratos hidroetanólicos das plantas 1, 2, 3 e 5 possuem ação antibacteriana in vitro contra Staphylococcus aureus MRSA e MSSA.

https://doi.org/10.53393/rial.2011.v70.32519
PDF

Referências

1. Mimica LMJ, Gonçalves MJPR, Mimica I, Rodrigues A. Sensibilidade comparativa de Staphylococcus aureusintra-hospitalares a vários antimicrobianos (1981-1982). São Paulo (SP): AMH FCMSCSP; 1982, p. 44.

2. Schlessinger D, Eisenstein BI. Bases Biológicas da Ação Antibacteriana. In: Schaechter M, Engleberg NC, Eisenstein BI, Medoff G (Editores). Microbiologia: mecanismos das doenças infecciosas. 3ª ed. Rio de Janeiro (RJ): Ed. Guanabara Koogan; 2002. p.642.

3. Chah KF, Eze CA, Emuelosi CE, Esimone CO. Antibacterial and wound healing properties of methanolic extracts of some Nigerian medicinal plants. J Ethnopharmacol. 2006;104:164–7.

4. Gutierrez RM, Mitchel S, Solis RV. Psidium guajava: A review of its traditional uses, phytochemistry and pharmacology. J Ethnopharmacol. 2008;117:1–27.

5. Gonçalves FA, Andrade Neto M, Bezerra JNS, Macrae A, Sousa OV, Fonteles-Filho AA, et al. Antibacterial activity of guava, Psidium guajava Linnaeus, Leaf Extracts on Diarrhea-Causing Enteric Bacteria Isolated from Seabob Shrimp. Rev Inst Med Trop. 2008;50 (1):11-5.

6. Betoni JEC, Mantovani RP, Barbosa LN, Stasi LC, Fernandes JR A. Synergism between plant extract and antimicrobial drugs used on Staphylococcus aureus diseases. Mem Inst Oswaldo Cruz. 2006;101(4):387-90.

7. Dechoum MS. Crescimento Inicial, Alocação de Recursos e fotossíntese em Plântulas das Espécies Vicariantes Hymenaea courbaril var stilbocarpa (Hayne) Lee & Lang. (jatobá) e Hymenaea stigonocarpa Mart. (jatobá-do-cerrado) (Leguminosae-Caesalpinioideae) [tese de doutorado]. Campinas (SP): Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas; 2004.

8. Lima AF, Azevedo KS, Campos CAS, Taveira US, Rocha AA. Manejo da seiva do jatobá (Hymenaea courbaril L.) por famílias tradicionais na Reserva Extrativista Chico Mendes, Acre – Brasil. In: Anais do VIII Congresso de Ecologia do Brasil; 2007; Caxambú, MG.

9. Pereira CKB, Rodrigues FFG, Mota ML, Sousa EO. Composição química, atividade antimicrobiana e toxicidade do óleo essencial de Hymenaea courbaril (jatobá). 30ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química; 2007; Águas de Lindóia, SP. 10. Fernandes TT, Santos ATF, Pimenta FC. Atividade Antimicrobiana das Plantas Plathymenia reticulata, Hymenaea courbaril e Guazuma ulmifolia. Rev Patol Trop. 2005;34(2):113-22.

10. Sponchiado Júnior EC. Atividade antibacteriana contra Enterococcus faecalis de uma medicação intracanal contendo ativos fitoterápicos de Pothomorphe umbellata [tese de doutorado]. Manaus (AM): Universidade Federal do Amazonas; 2006.

11. Isobe T, Ohsaki A, Nagata K. Antibacterial constituents against Helicobacter pylori of brazilian medicinal plant, Pariparoba. Yakugaku Zasshi. 2002;122(4):291-4.

12. Taylor L. The Healing Power of Rainforest Herbs: Bidens pilosa. Atualização em 2005. [acesso 2007 Fev 15]. Disponível em: [www.rain-tree.com].

13. Rabe T, van Staden J. Antibacterial activity of South African plants used for medicinal purposes. J Ethnopharmacol. 1997;56:81–7.

14. Schuch LFD. Plantas medicinais em atenção primária veterinária: atividade antimicrobiana frente a bactérias relacionadas com mastite bovina e com dermatófitos [tese de doutorado]. Porto Alegre (RS): Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2007.

15. Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). Performance Standards for Antimicrobial Susceptibility Testing. Twentieth Informational Supplement M100-S20, 30(1), Wayne, PA; 2011.

16. Falkenberg MB, Santos RI, Simões CMO. Introdução à Análise Fitoquímica. In: Simões CMO, colocar o nome dos 6 primeiros autores et al., organizador. Farmacognosia: da planta ao medicamento. Porto Alegre (RS) e Florianópolis (SC): Ed. UFRG/ UFSC; 2003. p.228 – 45.

17. Schulz V, Hänsel R, Tyler VE. Fitoterapia Racional: Um Guia de Fitoterapia para as Ciências da Saúde. 4ª ed, Ed. Manole; 2002; p. 1-40

18. Hindler JF, Munro S. Antimicrobial Susceptibility Testing. In: Isenberg HD. Clinical Microbiology Procedures Handbook [CD-ROM]. 2nd ed. ASM Press; 2004.

19. Valdes HAL, Rego HPL. Bidens pilosa Linné. Rev Cubana Plant Med. 2001;1:28-33.

20. Sanches NR, Cortez DAG, Schiavini MS, Nakamura CV, Dias-Filho BP. An Evaluation of Antibacterial Activities of Psidium guajava (L.). Braz Arch Biol Technol. 2005;48(3): 429-36.

21. Burkill HM. The useful plants of West Tropical Africa. 2nd ed. Families M-R. Royal Botanic Gardens Kew. 1997;(4):89–93.

22. Ilha SM, Migliato KF, Vellosa JCR, Sacramento LVS, Pietro RCLR, Issac VBL, et al. Estudo fitoquímico de goiaba (Psidium guajava L.) com potencial antioxidante para o desenvolvimento de formulação fitocosmética. Rev Bras Farmacogn. 2008;18(3):387-93.

23. Simões CMO, Spitzer V. Óleos voláteis, In: Simões CMO, Schenkel EP, Gosmann G, Mello JCP, Mentz LA, Petrovick PR, organizador. Farmacognosia: da planta ao medicamento. Porto Alegre (RS) e Florianópolis (SC): Ed. UFRG/ UFSC; 2003. p.467-96.

24. Simões CMO, Schenkel, EP, Gosmann, G, Mello JCP, Mentz LA, Petrovick PR, organizador. Farmacognosia: da planta ao medicamento. Porto Alegre (RS) e Florianópolis (SC): Ed. UFRG/UFSC; 2003. p.1102.

25. Duarte MCT, Figueira GM, Pereira B, Magalhães PM, Delarmelina C. Atividade antimicrobiana de extratos hidroalcólicos de espécies da coleção de plantas medicinais CPQBA/UNICAMP. Rev Bras Farmacogn. 2004;14(1):6-8.

26. Souza GC, Haas AP, von Poser GL, Schapoval EE, Elisabetsky E. Ethnopharmacological studies of antimicrobial remedies in the south of Brazil, J Ethnopharmacol. 2004;90:135–43.

27. Middleton EJR, Kandaswami C, Theoharides TC. The effects of plant flavonoids on mammalian cells: implications for inflammation, heart disease and cancer. Pharmacol Rev. 2000;52:673-751. Occupational Safety and Health Administration. Toxic Metals, Occupational Safety and Health Administration.Washington, DC: US Depart of Labor; 2004. [acesso 2010 Mar 18]. Disponível em: [http://www.osha.gov].

28. Institute of Medicine of the National Academies. Dietary Reference Intakes for Vitamin A, Vitamin K, Arsenic, Boron, Chromium, Copper, Iodine, Iron, Manganese, Molybdenum, Nickel, Silicon, Vanadium and Zinc. Washington, DC: The National Academy Press; 2001. p. 773.

29. Yusa V, Suelves T, Ruiz-Atienza L, Cervera ML, Benedito V, Pastor A. Monitoring programme on cadmiun, lead, and mercury in fish and seafood from Valencia, Spain: levels and estimated weekly intake. Food Addit Contam: Part B. 2008;1(1): 22-31.

30. World Health Organization - WHO. Joint FAO/WHO Food Standards Programe CODEX Committee on Contaminants in Foods. Fifth Session. [acesso 2011 Out 27]. Disponível em: [http://www.cclac.org/documentos/CCCF/2011/3%20Documentos/Documentos%20Ingles/cf05_INF.pdf]

31. United States Environmental Protection Agency - US EPA. What you need to know about mercury in fish and shellfish. EPA-823-F-04-009, 2pp; 2004. [acesso 2010 Mar 18]. Disponível em: [http://www.epa.gov/waterscience/fish/MethylmercuryBrochure.pdf]

32. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009: análise do consumo alimentar pessoal no Brasil. IBGE, Coordenação de Trabalho e rendimento. Rio de Janeiro: IBGE; 2011. p.150.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2011 Cristiano Sanches Garcia, Suely Mitoi Ykko Ueda, Lycia Mara Jenné Mimica

Downloads

Não há dados estatísticos.