Aplicação do conceito do erro total na validação do ensaio de potência da vacina oral contra a poliomielite
PDF

Palavras-chave

vacinas
poliomielite
validação
bioensaios
controle da qualidade
erro

Como Citar

1.
Santos JE dos, Nascimento MC do, Santos PA dos, Nogueira AC de A, Moura WC de. Aplicação do conceito do erro total na validação do ensaio de potência da vacina oral contra a poliomielite. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de abril de 2011 [citado 20º de abril de 2024];70(4):613-21. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32522

Resumo

Esta pesquisa foi realizada utilizando-se uma abordagem alternativa na validação do ensaio de potência da vacina oral contra a poliomielite para traçar o perfil deste ensaio, levando-se em conta a grande variabilidade de ensaios biológicos. Foram adotadas duas abordagens para a validação do ensaio: a abordagem Clássica da “International Conference on Harmonization” aplicada aos ensaios biológicos e a abordagem do Conceito do Erro Total. As principais características avaliadas no estudo de validação, por se tratar de um ensaio quantitativo, foram a veracidade, a precisão e a exatidão. Foram ainda avaliadas: a adequação do ensaio aos critérios de aceitação preconizados pelo Food and Drug Administration (EUA) para validação, adotando-se a variação máxima aceita de 20%, a reprodutibilidade do ensaio em uma abordagem prática, com o uso das variâncias entre os resultados de potência de 39 lotes da vacina (do mesmo produtor) obtidos no INCQS e no laboratório produtor, por amostra, para calcular o Coeficiente de Variação geométrico geral. Foi também determinada a Incerteza de Medição do Teste. O ensaio apresentou veracidade e precisão satisfatórias, o que demonstrou sua Exatidão satisfatória para a intenção de uso nas duas abordagens de validação.

https://doi.org/10.53393/rial.2011.v70.32522
PDF

Referências

1. US Department of Health and Human Services. US Food and Drug Administration - FDA. Center for Biologics Evaluation and Research - CBER. Guidance for industry: bioanalytical method validation. Rockville; 2001.

2. International Conference on Harmonization (ICH) of Technical Requirements for registration of Pharmaceuticals for Human Use, Topic Q2 (R1): Validation of analytical procedures: text and methodology. Geneva; 2005.

3. Gibelin N, Dupont D, Imbert S, Rozet E. Use of Total Error concept in the validation of viral activity in cell cultures. J Chromatogr B. 2009;877:2407-11.

4. Societé Française des Sciences et Techniques Pharmaceutiques – SFSTP. Commission report. Raymond B, Gaillandre A, Gibelin N, Maignan N, Michalski C, Nabet P, et al. Guideline for the validation of biological assay methods. STP Pharma Pratiques. 2005;15(5):364-83.

5. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RE nº 899, de 29 de maio de 2003. Guia para validação de métodos analíticos e bioanalíticos. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 2 jun. 2003.

6. Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO (Rio de Janeiro, Brasil). Vocabulário Internacional de Metrologia: Conceitos Fundamentais e Gerais e Termos Associados (VIM 2008), Tradução autorizada - JCGM 200:2008. Rio de Janeiro; 2008.

7. ISO 5725, Application of the statistics-accuracy (trueness and precision) of the results and methods of measurement-Part 4, Basic methods for the determination of the trueness of a standard measurement method, International Organization for Standardization (ISO). Geneva; 1994.

8. Chapuzet E, Mercier N, Bervoas-Martin S, Boulanger B, Chevalier P, Chiap P, et al. Méthodes chromatographiques de dosage dans les milieux biologiques: Stratégie de validation Rapport d'une commission SFSTP. STP Pharma Pratiques. 1997;7:169-94.

9. Hubert Ph, Nguyen-Huu JJ, Boulanger B, Chapuzet E, Chiap P, Cohen N et al. Harmonization of strategies for the validation of quantitative analytical procedures A SFSTP proposal: part I. J Pharm Biomed Anal. 2004;36:579-86.

10. Mee RW. β-Expectation and β-Content Tolerance Limits for Balanced One-Way ANOVA Random Model. Technometrics. 1984;26(3):251-4.

11. Feinberg M, Boulanger B, Dewe W, Hubert P. New advances in method validation and measurement uncertainty aimed at improving the quality of chemical data. Anal Bioanal Chem. 2004;380:502–14.

12. Boulanger B, Dewé W, Gilbert A, Govaerts B, Maumy M. Risk management for analytical methods: conciliating objectives of validation phase and routine decision rules. Chem Intell Lab Sys. 2007;86:198-207.

13. Hoffman D, Kringle R. A Total Error Approach for the Validation of Quantitative Analytical Methods. Pharm Res. 2007;24(6):1157-63.

14. Eurachem. CITAC Guide CG4: Quantifying Uncertainty in Analytical Measurement, English edition, 2ª ed. Prague; 2000.

15. Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO (Rio de Janeiro, Brasil). A estimativa da incerteza de medição pelos métodos do ISO GUM 95 e de simulação de Monte Carlo, DIMEC, nt-02/2008. Rio de Janeiro; 2008.

16. Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT (Rio de Janeiro - Brasil) NBR ISO/IEC 17.025:2005: Requisitos gerais para competência de laboratórios de ensaio e calibração. Rio de Janeiro; 2005.

17. World Health Organization - WHO. Polio Laboratory Manual, 4ª ed. Geneva; 2004.

18. World Health Organization – WHO. Manual of Laboratory Methods for testing of vaccines used in the WHO Expanded Programme on Immunization, Live Oral Polio Vaccine. Geneva; 1997. p.59-64. (WHO/VSQ/97.04).

19. Spearman C. The method of “right and wrong” cases (Constant Stimuli) without Gauss’s Formulae. Br J Psychol. 1908;2:227-42.

20. Karber G. Beitrag zur kollektiven Behandlung pharmakologischer Reihenversuche. Archiv fur Experimentelle Pathologie und Pharmakologie. 1931;162:480-7.

21. CombiStats v4.0 [homepage na internet]., EDQM: European Directorate for the Quality of Medicines & HealthCare – Council of Europe. Disponível em: www.combistats.eu

22. Council of Europe. Chapter 5.3 - Statistical analysis of results of biological assays and tests. In: The European Pharmacopoeia. 6ª ed. Strasbourg; 2008. p.571-600.

23. Farmacopéia Brasileira, 4ª ed. fasc. 5, São Paulo: Atheneu, 2003.

24. Cochran WG. The distribution of the largest of a set of estimated variances as a fraction of their total. Ann Eugen (London). 1941;11:47-52.

25. Cochran WG. Testing a linear relation among variances. Biometrics 1951;7:17-32.

26. International Conference on Harmonization (ICH) of Technical Requirements for registration of Pharmaceuticals for Human Use, Topic Q5A (R1): viral safety evaluation of biotechnology products derived from cell lines of human or animal origin. Geneva; 1999.

27. Kirkwood TBL. Geometric mean and measures of dispersion. Biometrics. 1975;35:908-9.

28. World Health Organization - WHO. Validation. Chp. 15, Validation of analytical assays. In: WHO guide to good manufacturing practice (GMP) requirements. Part 2. Geneva; 1997.p.65–73.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2011 Jarbas Emílio dos Santos, Michele Cardoso do Nascimento, Patrícia Alves dos Santos, Ana Cristina de Almeida Nogueira, Wlamir Corrêa de Moura

Downloads

Não há dados estatísticos.