Detecção de oocistos de Cryptosporidium spp e cistos de Giardia spp em mananciais e águas de abastecimento público
PDF

Palavras-chave

Cryptosporidium
Giardia
água
análise parasitológica
análise microbiológica
análise físico-química

Como Citar

1.
Stancari RCA, Correia M. Detecção de oocistos de Cryptosporidium spp e cistos de Giardia spp em mananciais e águas de abastecimento público. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de abril de 2010 [citado 28º de março de 2024];69(4):453-60. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32601

Resumo

O monitoramento de Cryptosporidium e Giardia é recomendado pela Portaria nº 518/2004/MS, pela possibilidade de causar doenças diarreicas na população, por veiculação hídrica. Neste estudo foram analisados a presença de oocistos e cistos, a qualidade microbiológica e físico-química, e os parâmetros físico-químicos foram correlacionados aos indicadores bacteriológicos com a presença desses parasitas em amostras de água de cinco municípios da DRS VI – Bauru. A metodologia USEPA 1623 foi utilizada na pesquisa dos protozoários e, para análises microbiológicas, foi seguida a metodologia do Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater; e os métodos fotométrico, turbidimétrico, potenciométrico e colorimétrico foram utilizados nas análises físico-químicas. Cistos de Giardia foram encontrados em 10% das amostras e oocistos de Cryptosporidium não foram detectados. Todas as amostras de água tratada foram aprovadas nas análises microbiológicas, e 66,7% das amostras de água bruta não atenderam a legislação. Para a cor, 20% das amostras de água bruta estavam em desacordo com a legislação e 40% das águas tratadas apresentaram turbidez acima do limite seguro para remoção desses protozoários. A detecção de cistos de Giardia demonstrou a importância do monitoramento de águas para consumo, contudo não houve correlação entre a presença de cistos e os demais parâmetros avaliados.
https://doi.org/10.53393/rial.2010.v69.32601
PDF

Referências

1. Nime FA, Burek JD, Page DL, Holscher MA, Yardley JH. Acute enterocolitis in a human being infected with the protozoan Cryptosporidium. Gastroenterol. 1976;70(4):592-8.

2. Meisel JL, Perera DR, Meligro C, Rubin CE. Overwhelming watery diarrhea associated with a Cryptosporidium in an imunosupressed patient. Gastroenterol. 1976;70(6):1156-60.

3. Cacció SM, Thompson RCA, McLauchlin J, Smith HV. Unravelling Cryptosporidium and Giardia epidemiology. Trends Parasitol. 2005; 21(9):430-7.

4. Pereira JT, Soccol VT, Costa AO, Castro EA, Osaki SC, Paulino RC. Cryptosporidium spp: para controlar é necessário conhecer. Rev Saúde Amb. 2009;10(2):13-25.

5. Adam RD. Biology of Giardia lamblia. Clin Microbiol Rev. 2001;14 (3):447-75.

6. Paulino RC. Detecção molecular de Giardia spp em amostras fecais e água: extração de DNA genômico, PCR e RFLP. [tese de doutorado]. Curitiba: Universidade Federal do Paraná; 2005.

7. Almeida A, Moreira MJ, Soares S, Delgado ML, Figueiredo J, Silva E et al. Biological and genetic characterization of Cryptosporidium spp and Giardiaduodenalis isolates from five hydrographical basins in northern Portugal. Korean J Parasitol. 2010;48(2):105-11.

8. Lima EC, Stamford TLM. Cryptosporidium spp no ambiente aquático: aspectos relevantes da disseminação da disseminação e diagnóstico. Ciênc Saúde Colet. 2003;8(3):791-800.

9. Clarck DP. New insights into human cryptosporidiosis. Clin Microbiol Rev. 1999;12(4):554-63.

10. Vernile A, Nabi AQ, Bonadonna L, Briancesco R, Massa S. Occurrence of Giardia and Cryptosporidium in Italian water supplies. Environm Monit Assess. 2009;152:203-7.

11. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria 518, de 25 de março de 2004. Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, e dá outras providências.Diário Oficial [da] União, Brasília, DF, 26 mar. 2004. Seção I, p. 266-70.

12. United States Environmental Protection Agency (USEPA). Method 1623: Cryptosporidium and Giardia in water by filtration/IMS/ FA, EPA-821-R-99-006, 1999.

13. United States Environmental Protection Agency (USEPA). Method 1623: Cryptosporidium and Giardia in water by filtration/IMS/ FA, EPA-815-R-05-002, 2005. [acesso em 5 dez 2006]. Disponível em: http://www.epa.gov/microbes/.

14. Bennett JW, Gauci MR, Le Moënic S, Schaefer III FW, Lindquist HAD. A comparison of enumeration techniques for Cryptosporidium parvum oocysts. J Parasitol. 1999;85(6):1165-8.

15. American Public Health Association (APHA). Standard Methods for Examination of Water and Wastewater 19th ed. Washington, 1995.

16. Machado ECL. Ocorrência de oocistos de Cryptosporidiumspp em águas superficiais na região metropolitana de Recife/PE. [tese de doutorado]. Pernambuco: Universidade Federal de Pernambuco; 2006.

17. Muller APB. Detecção de oocistos de Cryptosporidium spp em águas de abastecimento superficiais e tratadas da região metropolitana de São Paulo. [dissertação de mestrado]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 1999.

18. Cantusio Neto R. Ocorrência de oocistos de Cryptosporidiumspp e cistos de Giardia spp em diferentes pontos do processo de tratamento de água. [dissertação de mestrado]. São Paulo: Universidade Estadual de Campinas; 2004.

19. Sales TFSM. Detecção de enteroparasitas e organismos do zooplâncton em água de consumo humano: risco à saúde pública. [dissertação de mestrado]. Pernambuco: Universidade Federal de Pernambuco; 2006.

20. LeChevallier MW, Norton WD, Lee RG. Occurrence of Giardiaand Cryptosporidium spp in surface water supplies. Appl Environm Microbiol. 1991;57(9):2610-6.

21. Brasil - Ministério do Meio Ambiente - Conselho Nacional do Meio Ambiente/ CONAMA. Resolução 357, de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. Diário Oficial [da] União, Brasília, DF, 18 mar. 2005a. n. 53, Seção I, p. 58-63.

22. Hachich EM. Avaliação da presença dos protozoários Giardiaspp e Cryptosporidium spp em águas superficiais destinadas a captação e tratamento para consumo humano no estado de São Paulo. [tese de doutorado]. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo; 2002.

23. Junqueira VCA, Cantusio Neto R, Silva N, Terra JH, Silva DF. Ocorrência de esporos de Clostridium perfringens em amostras de águas brutas e tratadas, na cidade de Campinas, São Paulo, Brasil. Rev Hig Alim. 2006;20(144):106.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2010 Regina Célia Arantes Stancari, Marlene Correia

Downloads

Não há dados estatísticos.