Avaliação microbiológica do preparo de fórmula láctea infantil em lactário hospitalar
PDF

Palavras-chave

fórmula infantil
leite
lactário
higiene
riscos microbiológicos

Como Citar

1.
Rossi P, Kabuki DY, Kuaye AY. Avaliação microbiológica do preparo de fórmula láctea infantil em lactário hospitalar. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de abril de 2010 [citado 24º de abril de 2024];69(4):503-9. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32608

Resumo

As condições higiênico-sanitárias no preparo de fórmulas infantis em lactário hospitalar foram investigadas por meio de análises microbiológicas de amostras do ar ambiental, das superfícies de equipamento e utensílios e da fórmula láctea infantil (FLI) em pó e reconstituída. As coletas foram realizadas em dez pontos amostrais de seis lotes de preparação, um total de 60 amostras, nas quais foram realizadas as determinações de micro-organismos indicadores dos grupos dos coliformes totais e fecais, enterobactérias totais, micro-organismos aeróbios mesófilos e psicrotróficos totais e dos micro-organismos patogênicos Staplylococcus coagulase positiva, Bacillus cereus e Salmonella. Uma grande variação nas contagens dos micro-organismos indicadores foi observada, embora nenhum dos micro-organismos patogênicos analisados tenham sido detectados. Todas as amostras da FLI em pó apresentaram-se adequadas para o consumo, de acordo com a resolução vigente, porém as amostras das FLIs reconstituídas apresentaram contagens elevadas para a maioria micro-organismos indicadores. O liquidificador foi identificado como a principal fonte de contaminação das FLIs reconstituídas, apresentando contagens elevadas de micro-organismos indicadores. A não conformidade aos pré-requisitos higiênico-sanitários durante o preparo da FLI reconstituída para lactentes, resulta em um produto microbiologicamente inadequado para crianças em estado de saúde debilitado.
https://doi.org/10.53393/rial.2010.v69.32608
PDF

Referências

1. Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac”. Vigilância ativa das doenças transmitidas por alimentos – Normas e instruções. São Paulo: Centro de Vigilância Epidemiológica; 2002.

2. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Pediatria: Prevenção e controle de infecção hospitalar. Brasília: Editora Anvisa; 2006.

3. Mezomo IF. Serviço de nutrição e dietética. São Paulo: União Social Camiliana; 1987. Lactário; p.115-37.

4.Santos RFS. Ocorrência de Enterobacter sakazakii em fórmulas infantis para lactentes em hospitais e maternidades da região de Campinas/SP [dissertação de Mestrado]. Campinas: Universidade Estadual de Campinas – Faculdade de Engenharia de Alimentos; 2006.

5. American Public Health Association (APHA). Compendium of Methods for the Microbiological Examination of foods. 3ªed. Washington: APHA; 1992.

6. International Commission on Microbiological Specifications for Foods (ICMSF). Microorganisms in Food. 6 v. Maryland: Aspen Publishers; 2000. Microbial Ecology of food commodities; p.541-44.

7. Van Acker J et al. Outbreak of necrotizing enterocolitis associated with Enterobacter sakazakii in powdered milk formula. J Clin Microbiol. 2001; 39: 293-7.

8. Iversen C and Forsythe S. Isolation of Enterobacter sakazakii and other Enterobacteriaceae from powdered infant formula milk and related products. Food Microbiol. 2004; 21: 771-7.

9. Comunidade Europeia (CE). Regulamento Nº 2073/2005 de 15 de Novembro de 2005, Critérios microbiológicos aplicáveis aos gêneros alimentícios. Jornal Oficial [da] União Europeia. [acesso em 22 dez.2005]. Disponível em [http://eur-lex.europa.eu/JOYear.do?year=2005]. Data de acesso: 25/03/2007.

10. Evancho GM, Sveum WH, Moberg LJ, Frank JF. Microbiological Monitoring of the Food Processing Enviroment. In: APHA (American Public Health Association). Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods. 4 ed. Washington: APHA; 2001. p.25-36.

11. Morton RD. Aerobic Plate Count. In: APHA (American Public Health Association). Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods. 4 ed. Washington: APHA; 2001. p. 63-8.

12. Kornacki JL, Johnson JL. Enterobacteriaceae, Coliforms, and Escherichia coli as Quality and Safety Indicators. In: APHA (American Public Health Association). Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods. 4ª ed. Washington: APHA; 2001. p. 69-82.

13. Bennett RW, Belay N. Bacillus cereus. In:APHA (American Public Health Association). Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods. 4ª ed. Washington: APHA; 2001. p. 311-6.

14. Silva N, Junqueira VCA, Silveira NFA. Manual de métodos de Análise Microbiológica de Alimentos. São Paulo: Varela; 1997, p.53-8.

15. Andrews HW, Flowers RS, Silikers J, Bailey SJ. Salmonella. In: APHA (American Public Health Association). Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods. 4ª ed. Washington: APHA; 2001. p. 357-80.

16. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução RDC nº12, de 2 de janeiro de 2001. Regulamento Técnico sobre Padrões Microbiológicos para Alimentos. Diário Oficial [da] União. Brasília, DF, 2 jan 2001. Seção 1.

17. Salles RK, Goulart R. Diagnóstico das condições higiênico-sanitárias e microbiológicas de lactários hospitalares. Rev Saúde Pública. 1997; 31(2):131-9.

18. Muniz CK. Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle em dietas enterais manipuladas em Hospital Universitário Público do Brasil [dissertação de Mestrado]. Uberlândia: Biblioteca Digital da Universidade Federal de Uberlândia; 2005.

19. Almeida RCC, Matos CO, Almeida PF. Implementation of a HACCP system for on-site hospital preparation of infant formula. Food Control. 1999; 10; 181-97.

20. U.S. Department of Health and Human Service food and Drug Administration (FDA). Compliance Program Guidance Manual. EUA. 2006, 31. Food Composition, Standards, Labeling and Economics.31 July 2006.

21. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução RDC nº216 de 15 de setembro de 2004. Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. Diário Oficial [da] União. Brasília, DF, 16 set 2004. Seção 1.

22. Franco BDGM, Landgraf M. Microbiologia dos Alimentos. São Paulo: Atheneu; 2008, p.28

23. Estuningsih S, Kress C, Hassan AA, Akineden O, Schneider E, Usleber E. Enterobacteriaceae in dehydrated powdered infant formula manufactured in Indonesia and Malaysia. J Food Prot. 2006; 69(12): 3013-17.

24. Bar-Oz B, Preminger A, Peleg O, Block C, Arad I. Enterobacter sakazakii infection in the newborn. Acta Paediatr. 2001; 90(3): 356-8.

25. Shaker R, Osaili T, Al-Omary W, Jaradat Z, Mahmoud A. Isolation of Enterobacter sakazakii and other Enterobacter ssp from food and food production environments. Food Control. 2007; 18(10): 1241-5.

26. Sanders WEJ, Sanders CC. Enterobacter ssp.: Pathogens Poised to Flourish at the Turn of the Century. Clin Microbiology Rev. 1997; 10(2): 220-41.

27. Talon D, Menget P, Thouverez M, Thiriez G, Gbaguidi HH, Fromentin C et al. Emergence of Enterobacter cloacae as a common pathogen in neonatal units: pulsed-field gel electrophoresis analysis. J Hosp Infect. 2004; 57(2): 119-25.

28. Kuboyama RH, Oliveira HB, Moretti-Branchini ML. Molecular epidemiology of systemic infection caused by Enterobacter cloacae in a righ-risk neonatal intensive care unit. Infect Control Hosp Epidemiol. 2003; 24(7): 490-94.

29. Rowan NJ, Anderson JG, Anderton A. Bacteriological quality of infant milk formulae examined under a variety of preparation and storage conditions. J Food Prot. 1997; 60(9). 1089-94.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2010 Pamela Rossi, Dirce Yorika Kabuki, Arnaldo Yoshiteru Kuaye

Downloads

Não há dados estatísticos.