Medula cervical como material para diagnóstico laboratorial da Raiva

Autores

  • Benedito Neilson Rolim Universidade Federal do Ceará, Laboratório de Virologia, Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária, Fortaleza, CE
  • Maria Fátima da Silva Teixeira Universidade Federal do Ceará, Laboratório de Virologia, Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária, Fortaleza, CE
  • Edmara Chaves Costa Universidade Federal do Ceará, Laboratório de Virologia, Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária, Fortaleza, CE
  • Nelio Batista de Morais Secretaria de Saúde do Estado do Ceará, Fortaleza, CE
  • Katariny Michelli de Araújo Pinheiro Secretaria de Saúde do Estado do Ceará, Fortaleza, CE
  • Tânia Valeska Medeiros Dantas Universidade Federal do Ceará, Laboratório de Virologia, Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária, Fortaleza, CE
  • Suzana Aparecida Costa de Araujo Universidade Federal do Ceará, Laboratório de Virologia, Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária, Fortaleza, CE
  • Valeska Shelda Pessoa de Melo Secretaria de Saúde do Estado do Ceará, Fortaleza, CE
  • Aryana Lushese Vasconcelos de Lima Feitosa Secretaria de Saúde do Estado do Ceará, Fortaleza, CE
  • Phyllis Catharina Romijin Secretaria de Saúde do Estado do Ceará, Fortaleza, CE; Pesagro-Rio, Rio de Janeiro, RJ

DOI:

https://doi.org/10.53393/rial.2009.68.32754

Palavras-chave:

raiva, diagnóstico, medula cervical

Resumo

A Raiva é uma zoonose neurotrópica infecto-contagiosa, cuja persistência está associada: aos cães abandonados nas ruas, baixa imunidade, reduzida procura pelo diagnóstico laboratorial devido a difícil coleta e transporte do material (cérebro). Portanto, justifica-se o estudo da medula cervical (SNC), por ser via obrigatória dos vírus rábicos para o cérebro e deste para todo corpo, cuja anatomia e localização, facilitam a coleta. Assim, objetivou-se testar sua eficácia como material para o diagnóstico laboratorial da Raiva. Para tanto, inoculou-se vírus da raiva intramuscular em cinco Rattus. Após o óbito, o cérebro e a medula cervical de cada animal foram macerados e inoculados intracerebral em cinco Rattus (repetições). Os 25cérebros e 25 medulas foram 100% positivo para Raiva, pelas provas de imunofluorescência e inoculação intracerebral. Apesar da concordância entre o cérebro e a medula cervical, este estudo propõe a utilização da medula cervical como material para o diagnóstico laboratorial da Raiva.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

1. Tordo N, CharIton K, Wandeler AI. Rhabdoviruses: Rabies. Microbiol and microbial infect 1998;01: 665-92.

2. Pena GO. Doenças infecciosas e parasitárias: Ministério da saúde, Fundação Nacional de Saúde. Brasília - Brasil, 1998.

3. Organización Panamericana de La Salud-OPS. Eliminación de Ia rabia humana transmitida por perros en América Latina: Análisis de Ia situación, Washington, D.C: OPS, 2005.

4. Ito FH, Vasconcellos SA, Erbolato EB, Macruz R, Cortez JA. Rabies virus in different segments of brain and apinal cord of naturally and experimentally infected dogs. Int 1 Zoon 1985; 12:98-104.

5. Germano PI, Silva EV, Miguel O, Ishizuka MM. Avaliação de três cepas de vírus rábico. antigenicamente distintas, em camundongos. II - Estudo da disseminação viral por diferentes órgãos. Rev Saúde Publ 1998; 22: 1-11.

6. Silva RA, Silva NM. Infecção rábica em cão com presença de vírus virulento nas glândulas salivares e a virulência no encéfalo. Res Vet 1973; 8:89-90.

7. Heuschele WP. Rabies and other viral diseases. Vet Clin North Am: Food Anim Pract 1987; 3: 45-59.

8. Fishbein DB, Robinson LE. Current concepts: Rabies. The New England J. Medicine 1993;329:1632-8.

9. Tsiang H. Rabies virus infection of myotubes and neurons as elements of the neuromuscular junction. Rev Infect Dis1998; 10:733-8.

10. Smith JS. New aspects of rabies with emphasis on epidemiology, diagnosis and prevention of disease in the United States. Clin Microbiol Vet 1996;9: 166-76.

11. Charlton KM. The pathogenesis of rabies. In: Campbell M, Charlton K.M. (eds). Rabies. Boston: Kluwer Academic Publishers, 1988.

12. Carrieri ML, Peixoto ZMP, Paciencia MLB, Kotait I, Germano PML. Laboratory diagnosis of equine rabies and its implications for human postexposure prophylaxis. J Virol Methods, 2006.

13. Perl, DP, Good, PF. The pathology of rabies in the central nervous system. The Natural History of Rabies, Boca Ratón 1991; 2: 164-88.

14. Lee TK, Becker ME. Validity of spinal cord examination as a substitutive procedure for routine rabies diagnosis. Appl Microbiol 1972; 24: 714-6.

15. Bingham J, Van der Merwe M. Distribution of rabies antigen in infected brain material: determining the reliability of different regions of the brain for the rabies Fluorescent antibody test. J Virol Methods 2002;101: 85-94.

16. Rolim BN, Teixeira MFS, Rolim JBS. Avaliação dos casos de raiva humana transmitida por cães: na América Latina, no Brasil, no Ceará e em Fortaleza, 1990 a 2003. Universidade Estadual do Ceará. Fortaleza - Brasil, 2006.

Downloads

Publicado

2009-01-01

Como Citar

Rolim, B. N., Teixeira, M. F. da S., Costa, E. C., Morais, N. B. de, Pinheiro, K. M. de A., Dantas, T. V. M., Araujo, S. A. C. de, Melo, V. S. P. de, Feitosa, A. L. V. de L., & Romijin, P. C. (2009). Medula cervical como material para diagnóstico laboratorial da Raiva. Revista Do Instituto Adolfo Lutz, 68(1), 139–144. https://doi.org/10.53393/rial.2009.68.32754

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)