Influência de Saccharomycopsis schoenii e Saccharomycopsis crataegensis na produção de aflatoxinas B1 e G1 por Aspergillus parasiticus em amendoim (Arachis hypogaea L.)
PDF

Palavras-chave

controle biológic

fungos
aflatoxinas

Como Citar

1.
Prado G, Souza R de A, Morais VAD, Madeira JEGC, Oliveira MS de, Andrade MC de, Godoy IJ de, Rosa CA, Corrêa Junior A, Peluzio JM, Pimenta RS. Influência de Saccharomycopsis schoenii e Saccharomycopsis crataegensis na produção de aflatoxinas B1 e G1 por Aspergillus parasiticus em amendoim (Arachis hypogaea L.). Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de agosto de 2008 [citado 4º de maio de 2024];67(3):177-82. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32762

Resumo

As aflatoxinas constituem o grupo de metabólitos secundários produzidos principalmente pelos Aspergillus flavus, A. parasiticus e A. nomius. Foi investigado o efeito isolado das leveduras Saccharomycopsis schoenii e S. crataegensis na produção de aflatoxinas B1 e G1 em amendoim, cultivar IAC Caiapó. As amostras de amendoim in natura e previamente autoclavadas foram inoculadas com A. parasiticus (1,6 x106 esporos.mL-1) e cultura das leveduras (1,6 x 108 células.mL-1), seguido de incubação a 25ºC durante sete dias. Foram realizados dois experimentos: no primeiro o fungo filamentoso e as leveduras foram inoculados simultaneamente. No segundo, a levedura foi inoculada 3 h antes da adição de fungo filamentoso. A quantificação das aflatoxinas foi executada por cromatografia em camada delgada. A produção das aflatoxinas B1 e G1 foi reduzida na presença das leveduras. A porcentagem de redução da concentração das aflatoxinas foi maior quando a suspensão do fungo foi adicionada 3 h após a inoculação da suspensão de leveduras. O decréscimo da concentração de aflatoxina B1 atingiu 89,3% e 82,6%, respectivamente na presença de S.schoenii e de S. crataegensis. Os níveis de aflatoxina G1 foram reduzidos em 91,2% na presença de S. schoenii e em 93,2% quando S. crataegensis foi inoculada.
https://doi.org/10.53393/rial.2008.67.32762
PDF

Referências

1. Atroshi F, Rizzo A, Westermarck T, Ali-vehmas T. Antioxidantnutrients and mycotoxins. Toxicol.2002; 180 (2): 151-67.

2. Yu J, Bhatnagar D, Ehrlich KC. Aflatoxin biosynthesis. Rev IberoamerMicol. 2002; 19: 191-200.

3. Council for Agricultural Science and Technology - CAST. Mycotoxins:economics and health risks. Ames, Iowa: Council for AgriculturalScience and Tecnology, 2003; Task Force Report 139.

4. Sylos CM, Amaya-Farfan J. Aflatoxin destruction during heatprocessing of contaminated peanuts. A reevaluation. Boletim Soc BrasCiênc Tecnol Aliment. 1992; 26(2): 89-96.

5. Prado G, Oliveira MS. Efeito do forno de microondas na destruição deaflatoxinas em amendoim. Rev Inst Adolfo Lutz. 1996; 56(2):21-4.

6. Rustom IYS. Aflatoxin in food and feed: occurrence, legislation andinactivation by physical methods. Food Control. 1997; 59(1):57-67.

7. Santurio JM. Experiência brasileira no uso de adsorventes paraaflatoxinas. In: Scussel VM. Editor. Atualidades em micotoxinas earmazenagem de grãos. Florianópolis, 2000.

8. Galvez FCF, Francisco MLDL, Villarino BJ, Lustre AO, ResurreccionAVA. Manual sorting to eliminate aflatoxin from peanuts. J FoodProt. 2003;66(10):1879-84.

9. Prado G, Carvalho EP, Oliveira MS, Gazzinelli JECM, Moraes VAD,Corrêa RF, Cardoso VN, Soares TV. Influência da irradiação gama naprodução de aflatoxina B1 e no crescimento de cepa toxigênica deAspergillus flavus em amendoim (Arachis hypogaea L.). Rev Inst Adolfo Lutz. 2005; 64(1):85-90.

10. Spadaro D, Gullino ML. State of the art and future prospects of thebiological control of postharvest fruit diseases. Int J FoodMicrobiol. 2004;91:185-94.

11. Faraj MK, Smith JE, Harran G. Aflatoxin biodegradation: effects oftemperature and microbes. Mycol Res. 1993; 97(11):1388-92.

12. Paster N, Droby S, Chalutz E, Menasherov M, Nitzan R, Wilson CL.Evaluation of the potential of the yeast Pichia guilliermondii as abiocontrol agent against Aspergillus flavus and fungi of stored soyabeans. Mycol Res. 1993; 97(10):1201-6.

13. Shantha T. Fungal degradation of aflatoxin B1. Natural Tox. 1999;7:175-8.

14 . Penna M, Nesci A, Etcheverry M. In vitro studies on the potential forbiological control on Aspergillus section Flavi by Kluyveromyces spp.Lett Appl Microbiol. 2004; 38:257-64.

15. Bueno DJ, Silva JO, Oliver G, Gonzalez SN. Lactobacillus casei CRL431 and Lactobacillusrhamnosus CRL 1224 as biological controlsfor Aspergillus flavus strains. J Food Prot. 2006; 69(10):2544-8.

16. Janisiewicz WJ, Korsten L. Biological control of postharvest diseasesof fruits. Annu Rev Phytopathol. 2002; 40:411-41.

17. Cartwright DK, Spurr Jr HW. Biological control of Phytophthoraparasitica var. nicotiane on tobaco seedlings with non pathogenicbinucleate Rhizoctonia fungi. Soil Biol Biochem.1998; 30:1879-84.

18. Droby S, Lischinski S, Cohen L, Weiss V, Daus A, Chandgoyal T,Eckert JW, Manulis S. Characterization of an epiphytic yeast populationof grapefruit capable of suppression of green mold decay caused byPenicillium digitatum. Biol Control. 1999; 16:27-34.

19. Janisiewicz WJ, Tworkoski TJ, Kurtzman CP, Biocontrol potential ofMetchnikowiapulcherrima strains against blue mold of apple. Biol Control. 2001; 91:1098-108.

20. Jijakli MH, Lepoivre P. Characterization of an exo-²-1,3 glucanaseproduced by Pichiaanomala strain K, antagonist of Botrytis cinereaon apples. Phytopathology. 1998; 88:335-43.

21. Masih EI, Alie I, Paul B. Can the grey mould disease of the grape vinebe controlled by yeasts? FEMS Microbiol Lett. 2000; 189:233-7.

22. Masih EI, Slezack-Deschaumes S, Marmaras I, Ait-Barka E, Vernet G,Charpentier C, Adholeya A, Paul B. Characterization of the yeastPichia membranifaciens and its possible use in the biological controlof Botrytis cinerea, causing the grey mould disease of grapewine. FEMSMicrobiol Lett. 2001; 202:227-32.

23. Wilson CL, Wisniewski ME, Biles CL, Mclaughlin R, Chalutz E, DrobyS. Biological control of postharvest diseases of fruits: alternatives tosynthetic fungicides. Crop Prot. 1991; 10: 172-7.

24. Kreger-van Rij NJW, Veenhuis M. Electron microscopy of some specialcell contacts in yeasts. J Bacteriol. 1973; 113:350-6.

25. Lachance MA, Pang WM. Predacious yeasts. Yeast. 1997; 13: 225-32.

26. Lachance MA, Pupovac-Velikonja A, Natarajan S, Schlag-Edler B.Nutrition and phylogeny of predacious yeasts. Can J Microbiol. 2000; 46:495-505.

27. Pimenta RS. Utilização de leveduras predadoras como agentes de controlebiologic de doenças pós-colheita [Tese de doutorado]. Belo Horizonte,Minas Gerais: Universidade Federal de Minas Gerais, 2004. 130p.

28. Valente Soares LM, Rodriguez-Amaya DB. Survey of aflatoxins,ochratoxin A, zearalenone and sterigmatocystin in some Brazilianfoods by using multi-toxin thin-layer chromatographic method. J Assoc Off Anal Chem. 1989; 72(1): 22-5.

29. Gimeno A. Thin layer chromatographic determination of aflatoxins,ochratoxins, sterigmatocystin, zearalenone, citrinin, T-2 toxin,diacetoxyscirpenol, penicillic acid, patulin and penitrem A. J Assoc Off Anal Chem.1979; 62:579-85.

30. Prado G. Influência da irraduação gama (60Co) na microbiota fúngica ena aflatoxina B1 em amendoim (Arachis hypogaea L.). [Tese dedoutorado]. Lavras, Minas Gerais: Universidade Federal de Lavras,2005. 186p.

31. Ferreira DF. Sistema de análise estatística – SISVAR. Versão 5.0 Lavras:DEX/UFLA, 2000.

32. Pimenta RS. Utilização de leveduras predadoras como agentes decontrole biológico de fungos filamentosos causadores de doenças pós-colheita. [Tese de doutorado]. Instituto de Ciências Biológicas. BeloHorizonte, Minas Gerais: Universidade Federal de Minas Gerais, 2004.108p.

33. Pimenta RS, Silva FLS, Silva JFM, Morais PB, Braga DT, Rosa CA,Correa Junior A. Biological control of Penicillium italicum, P.digitatum e P. expansum by the predacious yeast Saccharomycopsisschoenii on oranges. Braz J Microbiol. 2008; 39:85-90.

34. Kusumaningtyas E, Widiastuti R, Maryam R. Reduction of aflatoxinB1 in chicken feed by using Saccharomyces cerevisae, Rhizopusoligosporus and their combination. Mycopath. 2006;162:307-11.

35. Scott PM, Kanhere SR, Lawrence GA, Daley EF, Farber JM..Fermentation of wort containing added occhratoxin A and fumonisinsB1 and B2. Food Addit Contam. 1995; 12(1):31-40.

36. Bejaoui H, Mathieu F, Taillandier P, Lebrihi A. Ochratoxin A removalin synthetic and natural grape juices by selected oenologicalSaccharomyces strains. J Appl Microbiol.2004; 97:1038-44.

37. Druvefors UA. Yeast biocontrol of grain spoilage moulds. [Thesis –Doctoral] – University of Agricultural Sciences, Uppsala, Sweden,2004. 44p.

38. Petersson S, Schnürer J. Pichia anomala as a biocontrol agent ofPenicillium roqueforti in high-moisture wheat, rye, barley and oatsstored under airtight conditions. Can J Microbiol.1998;44(5):471-6.

39. Coelho AR, Celli MG, Ono EYS, Hoffmann FL, Pagnocca FC, GarciaS, Sabino M, Harada KI, Wosiacki G, Hirooka EY. Patulinbiodegradation using Pichia ohmeri and Saccharomyces cerevisae.World Mycotoxin Journal. No prelo 2008.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2008 Guilherme Prado, Robson de Assis Souza, Vanessa Andrea Drummond Morais, Jovita Eugênia Gazzinelli Cruz Madeira, Marize Silva de Oliveira, Mabel Caldeira de Andrade, Ignácio José de Godoy, Carlos Augusto Rosa, Ary Corrêa Junior, Joenes Mucci Peluzio, Raphael Sanzio Pimenta

Downloads

Não há dados estatísticos.