Composição química de farinhas pré-cozidas por extrusão elaboradas com arroz e café torrado
PDF

Palavras-chave

arroz
café
composição química
aminoácidos

Como Citar

1.
Silva RF da, Ascheri JLR, Pereira RGFA. Composição química de farinhas pré-cozidas por extrusão elaboradas com arroz e café torrado. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de janeiro de 2008 [citado 4º de dezembro de 2024];67(1):52-8. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32790

Resumo

O Brasil é considerado o maior produtor de café do mundo. Entretanto, o maior volume de exportação desse produto é feito na forma de grãos verde (commodity), que proporciona a oportunidade aos países importadores de industrializar e comercializar o café na forma de outros produtos manufaturados de alto valor agregado. Este trabalho teve por objetivo relatar o estudo realizado sobre procedimento alternativo para a diversificação e agregação de valor ao produto café no Brasil. Por meio da extrusão termoplástica de mistura de farinha de arroz e pó de café em diferentes concentrações percentuais (15 e 20%) obteve-se a farinha pré-cozida. Nas misturas contendo 15 e 20% de pó de café, os teores de proteínas, carboidratos, fibra alimentar e valor calórico foram maiores do que da farinha de arroz pura. Foi observado um aumento de concentração da maioria dos aminoácidos contidos na mistura pré-cozida, o que pode contribuir no aumento dos teores de aminoácidos totais. Apesar do ligeiro incremento nos teores de lisina nas farinhas pré-cozidas, quando estes foram comparados com a proteína de referência citada pela FAO/WHO, os valores encontrados eram ainda limitantes para suprir as necessidades diárias requeridas pelas crianças nas idades de 2 a 5 anos e de 10 a 12 anos. Na farinha pré-cozida a treonina apresentou valor limitante apenas para crianças de 2 a 5 anos de idade.
https://doi.org/10.53393/rial.2008.67.32790
PDF

Referências

1. Clarke RJ, MACRAE R. Coffee. Essex: Elsevier Science Publishers, 1985. v.1. 306p.

2. Illy A, Viani R. Expresso coffee: the chemistry of quality. SanDiego, 1995. 253p.

3. Lago RCA, Antoniassi R, Freitas SC. Composição centesimale de aminoácidos de café verde, torrado e de borra de café solúvel. Industrialização e Qualidade do Café. In: Simpósio de pesquisa dos cafés do Brasil, 2, 2002, Vitória. Anais...Porto Velho: EMBRAPA, 2002. (4): 1136-9.

4. Trugo LC. HPLC in Coffee Analysis.University of Reading,.1984a. 196 p. [Thesis PhD]. England.

5. Monteiro MC, Trugo LC. Determinação de compostos bioativos em amostras comerciais de café torrado. Quím Nova2005; 28(4): 637-41.

6. Ascheri JLR. Efeito das variáveis de extrusão nas características físicas e químicas de produtos intermediários (half-products).São Paulo 1994. 128p. [Tese de Doutorado. Ciência e Tecnologiade Alimentos - Universidade Estadual de Campinas].

7. Mendonça XMFD. A extrusão termoplástica nodesenvolvimento de produtos derivados de amaranto. Riode Janeiro, 2005. 211p [Tese de Doutorado. Escola Química –Universidade Federal do Rio de Janeiro].

8. Polanco I, Molina M, Pietro G, Carraco S, Lama R. Dieta yenfermidad celíaca. Rev Alimen 1995;(264)33: 91-3.

9. Torres RL, Gonzáles RJ, Sánchez HD, Osella CA, Torres MAG.Comportamiento de variedades de arroz em la eleboracion depan sin glúten. Arch Latin Nutri 1999; 9(2): 162-5.

10. Thakur S, Saxena DC. Formulation of extruded snack foodgum based cerel-pulse blend) optimization of ingredients levels using response surface methodology. LebenWissenschaf+Technologie 2000; 33: 354-61.

11. Ascheri DPR, Andrade CT, Carvalho CWP, Ascheri JLR.Obtenção de farinhas mistas pré-gelatinizadas a partir dearroz e bagaço de jabuticaba: Efeito das variáveis de extrusão nas propriedades de pasta. B. CEPPA 2006;24(1): 115-44.

12. Borges JT, Ascheri JLR, Ascheri DPR, Nascimento REN,Freitas AS. Propriedades de cozimento e caracterização físico-química de macarrão pré-cozido à base de farinha integral dequinoa (Chenopodium quinoa, Willd) e de farinha de arroz(Oryza sativa), polido por extrusão termoplástica. B. CEPPA2003;(21)2: 303-22.

13. Fernandes MS, Wang SH, Ascheri JLR, Oliveira MF, CostaSAJ. Efeito da temperatura de extrusão na absorção deágua, solubilidade e dispersibilidade da farinha pré-cozidade milho-soja (70:30). Ciênc Tecnol Aliment 2003;23(2):234-9.

14. Alvim ID. Efeito da extrusão termoplástica sobre aspropriedades funcionais e nutricionais de farinhas à base demilho, caseína e derivados de levedura. Campinas,2001. 104p. [Dissertação de Mestrado em Ciência da Nutrição -Universidade Estadual de Campinas].

15. Maia LH, Wang SH, Ascheri JLR, Cabral LC, Fernandes MS. Viscosidade de pasta, absorção de água e índice de solubilidadeem água dos mingaus desidratados de arroz e soja. CiêncTecnol Aliment 1999;(19)3: 391-6.

16. Association of Official Analytical Chemists. Methods ofanalysis of the Association of Official Analytical Chemists.17th edition. Washington DC, 2000.

17. American Association of Cereal Chemists, Approved methodsof the American Association of Cereal Chemists. 9. ed. St.Paul, 1995. 2v.

18. Anderson LA, Dibble MV, Turkki PR, Mitchell HS, RynbergenHJ. Nutrição. Rio de Janeiro: Guanabara, 1988. Cap. 10, p.179-87.

19. Spackman DC, Stein WH, Moore S. Automatic recordingapparatus for use in the chromatography of aminoacids. AnalBiochem 1958; (30): 1190-1206.

20. Ferreira DF. Programa Sisvar.exe: sistema de análise devariância. Versão 3.04. Lavras: UFLA, 2000.

21. Bobbio PA, Bobbio FO. Química do processamento de alimentos. 3º ed. São Paulo: Livraria Varela, p. 90, 2001.

22. Camire ME. The definition of dietary fiber. Cereal FoodsWorld, St. Paul, (46)3: 112-124, Mar. 2001.

23. Dreher ML. Food industry perspective: functional propertiesand food uses of dietary fiber, In: Kritchevsky D, Bonfield C.(Ed). Dietary fiber in health & disease. Minnesota: EaganPress., 467-74. 1995.

24. Fischer M, Reimanns S, Trovato V, Redgwell RJ. Polysaccharides of green Arabica and Robusta Coffee beans. Carbohydrate Research, Oxford, (330)1: 93-101, Jan. 2001.

25. Brasil. Leis, Decretos, etc. Portaria n. 27 de 1998 da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, poder Executivo, Brasília – DF, 13 de jan. 1998. Adota o Regulamento técnico referente à informação nutricional complementar. [Acesso em 2007 Out 10]. Disponível em:<http://e-ligis.bvs.br/leisref/public/showAct.php?id=97>.

26. Brasil. Leis, Decretos, etc. Resolução n. 360, de 2003 da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde. Diário da Republica Federativa do Brasil, poder Executivo, Brasília –DF, 26 de dezembro de 2003. Aprova o Regulamento Técnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados, tornando obrigatória a rotulagem nutricional. [Acesso em 2007Out ].Disponível em: <http://e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=9059&word=>.

27.Food and Agriculture Organization of the United Nations/World Health Organization. Protein quality evaluation: report of joint FAO/WHO expert consultation. Rome, 1991.

28. Silva RF. Extrusão termoplástica de farinha de arroz com café torrado e moído e sua utilização em produtos de panificação. Minas Gerais,2006. 166p. [Tese de Doutorado em Ciência dos Alimentos – Universidade Federal de Lavras].

29. Sgarbieri VC. Proteínas em alimentos protéicos: propriedades-degradações-modificações. São Paulo, Livraria Varela, p. 517, 1996.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2008 Reginaldo Ferreira da Silva, José Luis Ramirez Ascheri, Rosemary Gualberto Fonseca Alvarenga Pereira

Downloads

Não há dados estatísticos.