Pesquisa de anorexígenos e benzodiazepínicos em formulações emagrecedoras e avaliação de rotulagem, em análises da Seção de Farmacognosia do Instituto Adolfo Lutz no período de junho de 2004 a março de 2007
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Palavras-chave

produto emagrecedor
anorexígeno
benzodiazepínico
limite de detecção
cromatografia em camada delgada comparativa
fraude

Como Citar

1.
Yano HM, Santos AP, Bugno A, Auricchio MT. Pesquisa de anorexígenos e benzodiazepínicos em formulações emagrecedoras e avaliação de rotulagem, em análises da Seção de Farmacognosia do Instituto Adolfo Lutz no período de junho de 2004 a março de 2007. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de janeiro de 2008 [citado 2º de maio de 2024];67(1):78-82. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32795

Resumo

A obesidade tem se tornando significante problema de saúde pública no Brasil. Atualmente, os produtos denominados “fórmulas emagrecedoras” são encontrados em profusão no mercado, com o argumento de promover redução de peso corpóreo. No período de junho de 2004 a março de 2007, foram efetuadas na Seção de Farmacognosia do Instituto Adolfo Lutz Central/ SP análises de 22 amostras de fórmulas para pesquisar a presença de anorexígenos (dietilpropiona, femproporex, mazindol) e benzodiazepínicos (clordiazepóxido, clonazepam, diazepam, bromazepam, lorazepam). Foi empregada a cromatografia em camada delgada comparativa frente aos respectivos padrões; a avaliação de conformidade da rotulagem foi realizada seguindo-se a legislação vigente. Os limites de detecção foram determinados para cada fármaco pesquisado, com os padrões utilizados na respectiva técnica de cromatografia. Três amostras apresentaram dietilpropiona ou diazepam com femproporex, as quais não estavam declaradas nos seus rótulos e nos rótulos de todas as amostras analisadas houve a menção da presença de substâncias laxantes. Das amostras analisadas, 16 estavam em desacordo com a legislação específica vigente quanto aos dizeres de rótulo. A associação de anorexígenos com benzodiazepínicos e laxantes, embora proibida pela legislação brasileira, é ainda encontrada nos produtos comercializados, constituindo-se importante risco à saúde dos usuários. Este fato merece assim, atenção especial e constante dos órgãos de fiscalização.
https://doi.org/10.53393/rial.2008.67.32795
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Referências

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Copyright (c) 2008 Helena Miyoco Yano, Ana Paula Santos, Adriana Bugno, Mariângela Tirico Auricchio

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