Avaliação da deficiência de riboflavina em gestantes de uma instituição pública da cidade de São Paulo, SP, Brasil
PDF (English)

Palavras-chave

desnutrição
Riboflavina
gestantes
deficiência
glutationa redutase

Como Citar

1.
Oshiro M, Miguita K, Oliveira RAG, Fonseca LK de FS, Barretto OC de O. Avaliação da deficiência de riboflavina em gestantes de uma instituição pública da cidade de São Paulo, SP, Brasil. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de abril de 2007 [citado 27º de abril de 2024];66(2):201-5. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32833

Resumo

Neste estudo prospectivo foi avaliado o estado nutricional em riboflavina nas parturientes que faziam uso da suplementação vitamínica de variadas concentrações de riboflavina, bem como naquelas que não fizeram uso de qualquer suplementação durante o período gestacional. O recurso utilizado para a avaliação nutricional foi a determinação do coeficiente de ativação da glutationa redutase (CA-GRE). Os valores de CA-GRE acima de 1,5 foram considerados como indicativos de deficiência de riboflavina. Foram analisados quatro grupos de gestantes: 123 parturientes sem suplementação vitamínica; 25 que utilizaram formulação contendo de 2,5 a 3,5mg de riboflavina; 63 parturientes que utilizaram fármacos contendo 1,0 a 1,7mg de riboflavina e o quarto grupo constituído de 22 mulheres que receberam formulação contendo < 0,85mg de riboflavina. O grupo de parturientes que apresentou menor índice de deficiência de riboflavina foi aquele que fez o uso da suplementação vitamínica com as taxas entre 2,5 a 3,5mg de vitamina B2. Os demais grupos, com a inclusão daquele que não complementou a dieta com suplementação vitamínica, apresentaram índices de deficiências bem maiores. Esses achados indicam que as quantidades de riboflavina apresentadas nesses fármacos, bem como na dieta alimentar, foram insuficientes para atingir níveis bioquímicos semelhantes ao do grupo controle. No geral, foi encontrada uma incidência de deficiência de riboflavina de 64,4%, o que permite sugerir que a arriboflavinose é um importante problema de Saúde Pública na cidade de São Paulo.

https://doi.org/10.53393/rial.2007.66.32833
PDF (English)

Referências

1. Wacker J, Fruhauf J, Schulz M, Chiwora FM, Volz J,Becker K. Riboflavin deficiency and Preeclampsia. Obstet Gynecol 2000; 96(1): 38-44.

2. Sánchez DJ, Murphy MM, Bosch-sabater J, Fernández-Ballart J. Enzymic evalution of thiamin, riboflavin and pyridoxine status of parturient mothers and their newborn infants in a Mediterranean area of Spain. EurJ Clin Nutr 1999; 53: 27-38.

3. Badart-Smook A, van Houwelinger AC, Al MD, KesterAD, Hornstra G. Fetal growth is associated positivelywith maternal intake of riboflavin and negatively withmaternal intake of linoleic acid. J Am Diet Assoc 1997;97(8):867-70.

4. Ribeiro LC, Devincenzi MU, Garcia JN, Sigulem DM. Nutrição e Alimentação na Gestação. Planejamento Editorial: Escola Paulista de Medicina; 2001. Disponívelem: URL: http://www.pnut.epm.br/Download_Files/CompactaNutGest.pdf

5. Ladipo OA. Nutrition in pregnancy: mineral andvitamin supplements. Am J Clin Nutr 2000; 72:280S-90S.

6. Graham JM, person JM, Haskell MJ, Shrestha RK,Brown KH, Allen LH. Erythrocyte riboflavin for the detection of riboflavin deficiency in pregnant Nepaliwomen. Clin Chem 2005; 51:2162-65.

7. Kuizon MD, Madriagà JR, Perlas LA, Avena EM, Marcos JM, Desnacido, JA, Fuertes RT, MacapinlacM. Riboflavin requiriments of Filipino children and non-pregnant, pregnant and lactating women: Studied by thee rithrocyte glutathione reductase activation test. Asia Pacific J Clin Nutr 1998; 7(1):41-8.

8. Tovar AR, Torres N, Halhali A, Bourges H. Riboflavinand pyridoxine status in a group of pregnancy mexicanwomen. Arch Med Res 1996; 27(2):195-200.

9. Mandula B, Beutler, E. Synthesis of riboflavin nucleotides by mature human erythrocytes. Blood 1970;36(4):491-9.

10. Beutler E. Effect of flavin compounds on glutathion ereductase activity: in vivo and vitro studies. J Clin Invest1969; 48:1957-66.

11. Wilson D, Roncada MJ, Martins IS, Villalba FO, Baldo HAPC, Gandra YR. Estudo da riboflavina: exames bioquímico e clínico em comunidades do Estado de São Paulo, Brasil. Ver Saúde Públ 1977; 11:13-26.

12. Barreto OCO, Nonoyama K, Martins JAP, Behle I, Zugaib M. Glutationa redutase eritrocitária no parmaterno-fetal. Gin Obst Bras 1980; 3(2): 445-65.

13. Powers HJ. Interaction among Folate, Riboflavin, Genotype, and Cancer, with reference to colorectal andcervical cancer. J Nutr 2005; 135: 2960S-66S.

14. Siassi F, Ghadirian P. Riboflavin deficiency andesophageal cancer: a case control-houshold study in the Caspian Littoral of Iran. Cancer Detect Prev 2005;29(5): 464-9.

15. Hernandez BY, McDuffie K, Wilkens LR, KamemotoL, Goodman MT. Cancer Causes Control 2003;14(9): 859-70.

16. Pangrekar J, Krishnaswamy K, Jagadeesan V. Effectsof riboflavin deficiency and riboflavin administrationon carcinogen-DNA binding. Food Chem Toxicol 1993;31(10): 745-50.

17. Allen LH. Multiple micronutrients in pregnancy andlactation: an overview. Am J Clin Nutr 2005; 81(5):1206S-1212S.

18. Miyake Y et al. Dietary folate and vitamins B12, B6,and B2 intake and the risk of postpartum depression inJapan: The Osaka Maternal and Child Health Study. JAffect Disord. No prelo 2006.

19. Fishman SM, Christian P, West Jr KP. The role of vitaminin the prevention and control of anaemia. Public Health Nutr 2000; 3(2):125-150.

20. Suprapto B, Widardo, Suhanantyo. Effect of low-dosage vitamin A and riboflavin on iron-folate supplementation in anaemia pregnant women. Asia Pacific J Clin Nutr2002; 11(4): 263-267.

21. Beutler E. Red cell metabolism – A manual ofbiochemical methods. 3nd ed. Orlando, San Diego, NewYork, London: Grune & Stration; 1984.

22. Blanck HM, Bowman BA, Serdula MK, Khan LK,Kohn W, Woodruff BA. Angular stomatitis and riboflavin status among adolescent Bhutaneserefugees living in southeastern Nepal. Am J Clin Nutr 2002; 76: 430-5.

23. Bayoumi RA, Rosalki SB. Evalution of methods ofcoenzyme activation of erythrocyte enzyme for detectionof deficiency of vitamins B1, B2 and B6. Clin Chem1976; 22(3):327-335.

24. Toh SY, Thompson GW, Basu TK. Riboflavin status ofthe elderly: ditary intake and FAD-stimulating effect onerythrocyte glutathione reductase coefficients. Euro JClin Nutr 1994; 48:654-59.

25. Resolução RDC nº 269, de 22 de setembro de 2005. Aprova o Regulamento Técnico sobre a Ingestão Diária Recomendada de Proteína, Vitaminas e Minerais.ANVISA.

26. Vudhivai N et al. Vitamin B1, B2 and B6 in relation to anthropometry, hemoglobin and albumin of newborn sand their mothers from Northeast Thailand. Int J Vitam Nutr Res 1989; 60:75-80.

27. Fidanza AA, Simonetti MS, Cucchia LM. A nutrition study involving a group of pregnant women in Assis, Italy. Int j Vitam Nutr Res 1986; 56(4):381-6.

28. Jiang T, Christian P, Khatry SK, Wu L, West Jr KP. Micronutrient deficiencies in early pregnancy are common, concurrent, and vary by season among rural Nepali pregnant women. J Nutr 2005; 135(5):1106-12.

29. Velásquez-Meléndez G, Martins IS, Cervato AM, Fornés NS, Marucci MFN. Consumo alimentar de vitaminas e minerais em adultos residentes em área metropolitanade São Paulo, Brasil. Rev Saúde Pública 1997;31(2):157-62.

30. UNICEF. Situação da Infância Brasileira 2006. Brasília: UNICEF; 2005.

31. Trevisan MR, De Lorenzi DRS, Araújo NM, Ésber K. Perfil da assistência pré-natal entre usuárias do Sistema Único de Saúde em Caxias do Sul. Ver Bras Ginecol Obstret 2002; 24(5):293-99.

32. Ramos JGL, Martins-Costa S, Vettorazzi-Stucznski J, Brietzle E . Morte maternal em Hospital Terciário doRio Grande do Sul-Brasil: um estudo de 20 anos. VerBras Ginecol Obstret 2003; 25(6):431-6.

33. Serruya SJ, Lago TG, Cecatti JG. O panorama da atenção pré-natal no Brasil e o Programa de Humanização do Pré-Natal e Nascimento. Ver Bras Saúde Matern Infant 2004; 4(3):269-79.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2007 Marilena Oshiro, Karen Miguita, Raimundo Antônio Gomes Oliveira, Lorena Kessia de Figueiredo Silva Fonseca, Orlando César de Oliveira Barretto

Downloads

Não há dados estatísticos.