Células atípicas de Cryptococcus neoformans var. neoformans observadas em líquido cefalorraquidiano
PDF

Palavras-chave

células atípicas
Cryptococcus neoformans
morfologia

Como Citar

1.
Paschoal RC, Melhem MSC, Guelli T, Szeszs MW. Células atípicas de Cryptococcus neoformans var. neoformans observadas em líquido cefalorraquidiano. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de janeiro de 2007 [citado 3º de maio de 2024];66(1):78-80. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32854

Resumo

Muitos fungos patogênicos apresentam morfologias diferentes nas formas parasíticas e saprofíticas. Essas leveduras podem apresentar morfologias diversas como hifas curtas e aberrantes, formas gigantes em pus fresco, abscesso cerebral, cortes histológicos e presença de cápsula espessa geralmente no sorotipo B em tecidos. No presente relato é descrito o caso de um homem de 39 anos de idade, solteiro e HIV positivo, com os seguintes sintomas clínicos: candidíase oral, tuberculose pulmonar, insuficiência cardíaca, meningite por Corynebacterium sp e neurocriptococose por C. neoformans var. neoformans. O paciente foi tratado com anfotericina B durante 45 dias, com dose total de 1960mg. Foram observadas e isoladas do líquido cefalorraquidiano (LCR) células atípicas de C. neoformans de diferentes tamanhos e formas de blastoconídios. O exame direto do LCR em tinta da China apresentou células ovóides, ramificadas, com pseudo-hifas envolvidas por uma fina cápsula. A variedade foi identificada como C. neoformans var. neoformans. O teste de suscetibilidade aos antifúngicos realizados segundo a técnica de EUCAST indicou que a cepa isolada era sensível a: anfotericina B (Concentração Inibitória Mínima - MIC = 0,12μg/mL), Fluconazol (2μg/mL) e itraconazol (0,06μg/mL). Os relatos anteriores sobre leveduras atípicas descrevem a ocorrência de blastoconídios múltiplos e irregulares em materiais biológicos humanos.
https://doi.org/10.53393/rial.2007.66.32854
PDF

Referências

1. Takeo K, Uesaka I, Uehira K, Nishiura M. Fine structureof Cryptococcus neoformans grown in vivo as observedby freeze-etching. J Bacteriol 1973; 113: 1449-54.

2. Mariat F. Saprophytic and parasitic morphology of pathogenic fungi. In: Smith H, Taylor J. Microbial behavior“in vivo” and “in vitro”. Cambridge University Press, Cambridge UK: 1964. p. 85-111.

3. Alasio TM, Lento PA, Bottone EJ. Giant blastoconidiaof Candida albicans. Arch Pathol Labor Med 2003;127: 868-71.

4. Bottone EJ, Horga M, Abrams J. Giant blastoconidia of Candida albicans: Morphologic presentation and concepts regarding their production. Diagn Microbiol Infect Dis1999; 34: 27-32.

5. Shadomy HJ, Lurie HI. Histopathological observations inexperimental cryptococcosis caused by a hyphae producing strain of Cryptococcus neoformans (Cowardstain) in mice. Sabouraudia 1971; 9: 6-9.

6. Cruickshank JG, Cavil R, Jelbert M. Cryptococcus neoformans of unusual morphology. Appl Microbiol 1973;25: 309-12.

7. Love GL, Boyd G, Greer DL. Large Cryptococcus neoformans isolated from brain abscess. J Clin Microbiol1985; 22: 1068-70.

8. Bottone EJ, Kirschner PA, Alkin I.F. Isolation of Highlyen capsulated Cryptococcus neoformans serotype B from apatient in New York City. J Clin Microbiol 1986; 23: 186-8.

9. Kwon-Chung KJ, Polacheck I, Bennett JE. Improveddiagnostic medium for separation of Cryptococcus neoformans var. neoformans (serotypes A and D) andCryptococcus neoformans var. gattii (serotypes B and C). J Clin Microbiol 1982; 15: 535-7.

10. Cuenca-Estrella M, Lee-Yang W, Ciblak MA, Arthington-Skaggs BA, Mellado E, Warnock DW, et al. ComparativeEvaluation of NCCLS M27-A and EUCAST Broth Microdilution Procedures for Antifungal Susceptibility Testing of Candida Species. J Antimicrob Chemother2002; 49: 981-7.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2007 Regina C. Paschoal, Márcia S. C. Melhem, Tamara Guelli, Maria Walderez Szeszs

Downloads

Não há dados estatísticos.