Avaliação das condições higiênico-sanitárias de cominho e pimenta do reino em pó comercializados em cidades do Estado de São Paulo, Brasil, mediante a presença de matérias estranhas
PDF

Palavras-chave

sujidades leves
condimentos
fragmentos de insetos
pêlos de roedor
ácaros

Como Citar

1.
Graciano RAS, Atui MB, Dimov MN. Avaliação das condições higiênico-sanitárias de cominho e pimenta do reino em pó comercializados em cidades do Estado de São Paulo, Brasil, mediante a presença de matérias estranhas. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de agosto de 2006 [citado 2º de maio de 2024];65(3):204-8. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32866

Resumo

A pesquisa de sujidades leves presentes nos alimentos é de fundamental importância para manutenção da qualidade física, sanitária e nutricional do produto. O objetivo deste estudo foi verificar as condições higiênico-sanitárias de amostras de cominho e pimenta do reino em pó comercializados em cidades do Estado de São Paulo. Foram analisadas 69 amostras de pimenta do reino em pó e 47 amostras de cominho em pó, adquiridas no comércio de São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto, Santo André, São José do Rio Preto e Sorocaba no período de abril de 1999 a maio de 2000. As amostras dos condimentos em estudo foram analisadas nos Laboratórios de Microscopia Alimentar do IAL Central e Regional de S.J.R.P. Foram utilizados os métodos de flutuação descritos pela Association of Official Analytical Chemists (AOAC) International, 17ª ed., 2000. De acordo com os resultados obtidos observou-se que das 47 amostras de cominho analisadas, 44 continham fragmentos de insetos, 3 continham ácaros e 11 pêlos de roedor. Em relação às amostras de pimenta do reino, das 69 analisadas, 68 continham fragmentos de insetos, 17 ácaros, 16 pêlos de roedor, além de outras sujidades. De acordo com a Resolução RDC no 175 de 8 de julho de 2003, 11 (23,4%) amostras de cominho e 16 (23,2%) amostras de pimenta do reino são consideradas impróprias ao consumo por conter pêlos de roedor.
https://doi.org/10.53393/rial.2006.65.32866
PDF

Referências

1. Association of Official Analytical Chemists (AOAC). Official Methods of Analysis of AOAC International. 17aed., William Horwitz (Editor), Gaithersburg, MD, 2000.

2. Brasil. Resolução RDC no 276, de 22 de setembro de 2005. ANVISA Aprova o Regulamento Técnico para Especiarias, Temperos e Molhos. Diário Oficial da União, Brasília, DF,23 de setembro 2005. Seção I, p 378.

3. Germano PML, Germano MIS. Importância e risco das especiarias. Hig Alim 1998, 12(57): 23-31.

4. Ristori CA, Pereira MA dos S, Gelli DS. O efeito da pimenta do reino preta moída frente à contaminação invitro com Salmonella Rubislaw. Rev Inst Adolfo Lutz 2002;62(2): 31-3.

5. Brasil. Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990. Presidência da República, Casa Civil. Dispõe sobre aproteção do consumidor e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, DF, no 176, 12 de setembro de1990. Suplemento, p. 1-12.

6. Brasil. Resolução RDC no 175, de 08 de julho de 2003. ANVISA. Aprova o Regulamento Técnico de Avaliação de Matérias Macroscópicas e Microscópicas Prejudiciais a Saúde Humana em Alimentos Embalados. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 2003.Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/2003/rdc/175_03rdc.htm. 14 abril 2004.

7. Association of Official Analytical Chemists (AOAC). Official Methods of Analysis of AOAC International. 17aed., William Horwitz (Editor), Gaithersburg, MD, AOAC Official Method 975.49 A(a) e B(b), 2000.

8. Association of Official Analytical Chemists (AOAC). Official Methods of Analysis of AOAC International. 17aed., William Horwitz (Editor), Gaithersburg, MD, AOAC Official Method 972.40 A, 2000.

9. Food and Drug Administration (FDA). The food defect action levels: current levels for human use that present nohealth hazard. Washigton, US Department of Health andHuman Services/Public Heath Service Food and Drug Admnistration Bureau of Foods, 1982, 20p.

10. Brasil. Portaria SVS/MS no 326, de 30 de julho de 1997. Regulamenta as Condições Higiênicos-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 1 de agosto de 1997. Seção I.

11. Wirtz RA. Food Pests as Disease Agents. In: Gorham J Red. Ecology and Management of Food – Industry Pests.(FDA Technical Bulletin Number 4) Association of Official Analytical Chemists, Arlington, Virginia, p: 469-475, 1991.

12. Vasquez AW. Hair structure and identification. In: Gorhan, JR ed. Training manual for analytical entomology in thefood industry. Washington DC, Food and Drugadministration, 1977. p: 70-76 (FDA Technical Bulletin, 2).

13. Vasquez AW. Hairs. In: Gorhan, JR ed. Principles of food analyses for filth, decomposition, and foreign matter. Washington, DC, Food and Drug Administration, 1981. p125-170 (FDA Technical Bulletin, 1).

14. Carvalho Neto C. Manual prático de biologia e controle de roedores. 2a ed. rev. ampl. São Paulo, CIBA – GEIGY; 1987.

15. Baggio D, Franzolin MR. Análise e controle dos ácaro sem alimentos e produtos armazenados. In: Encontro Nacional de Analistas de Alimentos, 1991.18p.

16. Hughes AM. Mites of stored food and houses. 2a ed.London, Min. Agric. Food, [Technical Bulletin, 2], 1976.

17. Krantz GW. Manual of acarology. 2a ed. Corvallis, Oregon State University Book Store, 1978.

18. Gecan SJ, Bandler R, Glaze LE, Atkinson JC. Microanalytical Quality of Ground and Unground Marjoram, Sage and Thyme, Ground Allspice, Black Pepper and Paprika. Journal of Food Protection 1986; 49(3): 216-221.

19. Correia M, Daros VSMG, Silva RP. Matérias estranhas em canela em pó e páprica em pó, comercializadas no Estado de São Paulo. Ciênc Tecnol Aliment. 2000;20(3): 1-10.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2006 Rejane Alexandre S. Graciano, Márcia Bittar Atui, Márcia N. Dimov

Downloads

Não há dados estatísticos.