Avaliação dos exames laboratoriais para o diagnóstico das meningites infecciosas no estado de Sergipe, durante o período de 1997 a 2003
PDF

Palavras-chave

diagnóstico microbiológico
meningite infecciosa
Sergipe

Como Citar

1.
Barbosa Junior AM, Mélo DLFM de, Santos PO, Travália M de F, Trindade R de C. Avaliação dos exames laboratoriais para o diagnóstico das meningites infecciosas no estado de Sergipe, durante o período de 1997 a 2003. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de agosto de 2006 [citado 5º de maio de 2024];65(3):217-21. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32869

Resumo

As meningites infecciosas continuam a ocorrer no país com alta incidência e elevados índices de mortalidade, apesar da existência de programas de prevenção da doença e dos avanços na tecnologia empregada na detecção dos microrganismos envolvidos. O exame laboratorial do líquido céfalorraquidiano (LCR) é a base para efetuar o diagnóstico e para introdução de tratamento eficaz ao paciente. Na rotina laboratorial, são utilizados para o diagnóstico: exame microscópico, cultura e pesquisa de antígeno. Visando conhecer a eficiência e a capacidade de resposta, bem como para efetuar a correlação das referidas técnicas laboratoriais com os dados clínicos, este trabalho investigou 510 fichas de registros de pacientes com suspeita de meningite, atendidos pelo Serviço Único de Saúde, que deram entrada no período de 1997 a 2003, no Laboratório Central de Saúde Pública no estado de Sergipe, no Instituto Parreiras Horta. Foi realizada a análise de freqüências absolutas dos testes utilizados no diagnóstico das meningites infecciosas. Os dados mostram uma diminuição, nos últimos anos, da porcentagem de confirmação de diagnóstico de meningite por meio de cultura, fato que pode ser observado em pesquisas realizadas em outros laboratórios do Brasil. Em contrapartida, verifica-se um aumento expressivo no número de paciente com meningites confirmado por meio de bacterioscopia, utilizando-se a coloração de Gram. Os resultados apresentados confirmam a importância do diagnóstico rápido e preciso que ofereça vantagens clínicas significativas para o emprego da terapia antimicrobiana adequada e acompanhamento da evolução da doença.
https://doi.org/10.53393/rial.2006.65.32869
PDF

Referências

1. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica: meningites. Brasília/DF, 2002. 579-632.

2. Hyslop NE, Swartz MN. Bacterial meningitis. PostgradMed 1975; 58(3):120-8, 1975.

3. Lennette EH, Ballows A, Hausler WJ, Shadomy HJ. Manual of clinical microbiology. American Microbiology Society, 4Th edition, Washington DC, 1985. 1149p.

4. Geiseler PJ, Nelson KE, Levin S, Reddi KT, Moses VK. Community acquired purulent meningitis: a review of 1.316 cases during the antibiotic era, 1954-1976. Rev Infect Dis 1980; 2(5): 725-44.

5. La Scolea LJ Jr., Dryja D. Quantitation of bacteria incerebro spinal fluid and blood of children with meningitis and its diagnostic significance. J Clin Microbiol 1984;19(2): 187-90.

6. Jones RG. Bacterial meningitis. Part I Incidence and diagnosis. S Afr Med J. 1967; 41: 75-9.

7. Peltola H. Meningococcal disease: still with us. Rev Inst Dis 1994; 5: 71-91.

8. Virgi M. Meningococcal disease: epidemiology and pathogenesis trends. Microbiol 1983; 4: 466-70.

9. Kumar P, Verma IC. Antibiotic therapy for bacterial meningitis in children in developing coutries. Bul of theWHO 1993; 71: 183-8.

10. Stocco JM, Porfírio FMV, Carvalho VO, Nunes FF, Santos NNQ. Campos CEOP, Schimal MR, Kuschnaroff TM. Septicemia com púrpura por Haemophillus influenzae e sua semelhança com meningococcemia. In: XXVI Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Natal. p. 196, 1990.

11. Mullis KB, Faloona FA, Specific synthesis of DNA in vitro viaa polymerase – catalysed. Meth Enzymol 1987; 155: 335-50.

12. Baethgen LF, Morales C, Weidlich L, Rios S, Knetzsch CI,Silva MS, Rossetti MLR, Zaha A. Direct-test PCR for detection of meningococcal DNA and its serogroup characterization: standardization and adaptation for use in a public healthlaboratory. J Med Microbiol 2003; 52: 793-9.

13. Bryant PA, Li HY, Zaia A, Griffith J, Hoog G, Curtis N, Carrapetis JR. Prospective study of a real-time PCR thatis highly sensitive, specific, and clinically useful fordiagnosis of meningococcal disease in children. J Clin Microbiol 2004; 42(7): 2219-26.

14. Pinner RW, Hassen RA, Powderly WG. Propescts for preveling cryptococosis in person infectedwith human immunodeficiency virus. Clin Infect Dis 1995; 21:103-7.

15. Powderly,WG. Recent advances in management ofcryptococcal meningitis in patients with AIDS. Clin Infect Dis 1996; 22(2): 119-23.

16. Kaczmarski EB, Fox AJ, Edwards-Jones V, Borrow, R, Guiver, M, Corless, CE. Simultaneous detection of Neisseria meningitidis, Haemophillus influenzae and Streptococcus pneumoniae in suspected cases of meningitis and septicemia using real time PCR. J Clin Microbiol 2001;39(4): 1553-8.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2006 Antonio M. Barbosa Junior, Dângelly L. F. M. de Mélo, Patrícia O. Santos, Maria de Fátima Travália, Rita de C. Trindade

Downloads

Não há dados estatísticos.