Avaliação físico-química e microbiológica de suco e néctares de maçã comercializados em cidades do Estado de São Paulo

Autores

  • Maria Helena Iha Instituto Adolfo Lutz, Laboratório I de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, SP
  • Silvia C. Castro Instituto Adolfo Lutz, Laboratório I de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, SP
  • Eliane G. A. Ribeiro Instituto Adolfo Lutz, Laboratório I de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, SP
  • Ricardo O. Andrade Instituto Adolfo Lutz, Laboratório I de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, SP
  • Myrna Sabino Instituto Adolfo Lutz, Laboratório Central, Ribeirão Preto, SP

Palavras-chave:

suco de maçã, néctar de maçã, qualidade físico-química, qualidade microbiológica

Resumo

A oferta de suco e néctar de maçã que sofreram algum tipo de tratamento para prolongar a vida de prateleira está aumentando nos estabelecimentos comerciais. O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade físico- química e microbiológica do suco de maçã comercializado no Estado de São Paulo. Foram analisadas 17 amostras de suco, 42 de néctar convencional e 7 de néctar de baixa caloria provenientes de diversas cidades do Estado de São Paulo. As análises físico-químicas realizadas foram: acidez volátil expressa em ácido acético; acidez total expressa em ácido málico; ácido ascórbico; pH; sólidos solúveis em °Brix a 20°C; relação °Brix/acidez; glicídios redutores em glicose e glicídios não redutores em sacarose; açúcares totais naturais da maçã, sólidos em suspensão e corantes orgânicos artificiais. Os exames microbiológicos foram: contagem padrão em placas de bactérias aeróbias mesófilas e termófilas e enumeração de bolores e leveduras. Todas as amostras analisadas estavam de acordo com os padrões estabelecidos pela legislação brasileira quanto aos parâmetros avaliados, mostrando que foi utilizado fruto de boa qualidade e não ocorreram falhas durante o processamento e/ou transporte e/ou estocagem do produto.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

1. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Política Agrícola. Brasil: Maçã, produção área colhida e rendimento médio, 1990a 2004. 2005. [acessado 21 dez 2005]. Disponível em: http//www.agricultura.gov.br/pls/portal/docs/PAGE/MAPA/ESATISTICAS/AGRICULTURA_EM_NUMEROS_2004/03.01.09.XLS.

2. Barreiros RC, Bossolan G, Trindade CEP. Frutose em humanos: efeitos metabólicos, utilização clínica e erros inatos associados. Rev Nutr 2005;18(3):377-89.

3. Marchand L, Murphy SP, Hankin JH, Wilkens LR, Kolonel LN. Intakes offlavonoids and lung cancer. J. Natl. Cancer Inst., 2000;92:154-60.

4. Eberhardt MV, Lee CY, Liu RH. Antioxidant activity of fresh apples. Nature 2000;405:903-4.

5. Czelusniak C, Oliveira MCS, Nogueira A, Silva NCC, Wosiacki G.Qualidade de Maçãs Comerciais Produzidas no Brasil: Aspectos Físico-Químicos. Braz. J. Food Technol 2003;6(1):25-31.

6. Eisele TA, Drake SR. The partial compositional characteristics of applejuice from 175 apple varieties. J Food Compost Anal 2005;18:213-21.

7. Karadeniz F, Eksi A. Sugar composition of apple juices. Eur Food Res Technol 2002;215(20145-8.

8. Wosiacki G, Pholman BC, Nogueira A. Características de qualidade de cultivares de maçã: avaliação físico-química e sensorial de quinzecultivares. Ciênc Tecnol Aliment 2004;24(3):347-52.

9. Instrução Normativa n. 1, de 7 jan 2000, do Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Aprova os Regulamentos Técnicos para fixação dos padrõesde identidade e qualidade para polpas e sucos de frutas. Diário Oficial [da] Republica Federativa do Brasil, Brasília, DF, 10 jan. 2000. Seção 1, p. 54-8.

10. Portaria n. 371, de 9 de setembro de 1974 do Ministério de Estado da Agricultura. Aprova a complementação dos padrões de identidade e qualidade para as bebidas, vinagres e demais produtos referidos. Diário Oficial [da] Republica Federativa do Brasil, Brasília, DF, 19 set. 1974.Seção 1, p. 3-27.

11. Instrução Normativa SDA n. 30, de 27 set 1999 do Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Aprova o Regulamento Técnico para Fixação dos Padrões de Identidade e Qualidade para a bebida dietética e a de baixacaloria. [acessado 26 ago 2005]. Disponível em: [www.dfasp.gov.br/siv/legislação/19990927IN030.doc].

12. Bahçeci KS, Gökmen V, Serpen A, Acar J. The effects of different technologies on Alicyclobacillus acido terrestris during apple juice production. Eur Food Res Technol 2003;217(3):249-52.

13. Cañumir JA, Celis JE, Bruijin J, Vidal L. Pasteurization of apple juice byusing microwaves. Lebensm.-Wiss. u.-Technol. 2002; 35(5):389-92.

14. Janzantti NS, Franco MRB, Wosiacki G. Efeito do Processamento nacomposição de voláteis de suco clarificado de maçã Fuji. Ciênc TecnolAliment 2003;23(3):523-8.

15. Instituto Adolfo Lutz. Normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz. Métodosquímicos e físicos para análise de alimentos. São Paulo:IMESP 1985.

16. Portaria n. 76, de 27 de novembro de 1986, do Ministério da Agricultura.Aprova os Métodos Analíticos para Bebidas e Vinagres. Diário Oficial [da]Republica Federativa do Brasil, Brasília, DF, 03 dez. 1986, Seção 1, p. 18152.

17. Brasil. Ministério de Estado da Agricultura e do Abastecimento. Decretonº 2314, de 4 de Setembro de 1997. Regulamenta a Lei nº 8.918, de 14 dejulho de 1994, que dispõe sobre a padronização, a classificação, o registro,a inspeção, a produção e a fiscalização de bebidas. [acesso em: 15 ago2005]. Disponível em: http://extranet.agricultura.gov.br/consultasislegis/Imagem?codArquivo=4972.

18. Decreto n. 3510, de 16 jun 2000 do Ministério da Agricultura,Pecuária e Abastecimento. Altera dispositivos do Regulamentoaprovado pelo Decreto nº 2314, de 4 de setembro de 1997, quedispõe sobre a padronização, a classificação, o registro, a inspeção,a produção e a fiscalização de bebidas. [acessado 26 ago 2005]. Disponível em:http://oc4j/agricultura.gov.br/agrolegis/do/consultaLei?op=viewTextual&codigo=1012.

19. Vanderzant C, Splittstoefser DF. Compendium of Methods for themicrobiological examination of foods, 3rd Washington DC:APHA 1992.

20. Portaria n. 746 de 24 de outubro de 1977. Aprova a as complementaçõesde padrões de identidade e qualidade para sucos de cajá, maçã, mangabara.Diário Oficial [da] Republica Federativa do Brasil, Brasília, DF, 17 nov.1997, Seção 1, p. 1555-74.

21. Resolução RDC n. 12, de 2 de janeiro de 2001 da Agência Nacional deVigilância Sanitária do Ministério da Saúde. Aprova o RegulamentoTécnico Sobre Padrões Microbiológicos para Alimentos. Diário Oficial[da] Republica Federativa do Brasil, Brasília, DF, 10 jan. 2001, Seção 1,p. 45.

22. Wosiacki G, Nogueira A. Apple varieties growing in subtropical areas.The situation in Paraná – Brazil. Fruit Proc 2001;5:177-82.

23. Jorge ZLC, Treptow RO,Antunes PL. Avaliação físico-química e sensorialde suco de maçãs cultivares Fuji, Granny smith e seus blends. Rev BrasAgrociênc 1998;4(1):15-9.

24. Moser U, Bendich A. Vitamin C. In; Machilin, L. J. (Ed.) Handbook ofvitamins. 2nd ed. New York: Marcel Dekker; 1990. p. 195-232.

25. Planchon V, Lauter M, Dupont P, Lognay G. Ascorbic acid level of belgianapple genetic resources. Sci Hortic 2004 100:51-61.

26. Özoglu H, Bayindirli A. Inibition of enzimic browning in cloudy applejuice with selected antibrowning agents. Food Control 2002;13:213-21.

27. Rababah TM, Ereifej KI, Howard L. Effect of ascorbic acid and dehydrationon concentrations of total phenolics, antioxidant capacity, anthocyanins,and color in frut. J. Agric Food Chem 2005; 53:4444-7.

28. Franco BGM, Landgraf M. Microbiologia dos Alimentos. São Paulo: Atheneu; 1996.

Downloads

Publicado

2006-01-07

Como Citar

Iha, M. H., Castro, S. C., Ribeiro, E. G. A., Andrade, R. O., & Sabino, M. (2006). Avaliação físico-química e microbiológica de suco e néctares de maçã comercializados em cidades do Estado de São Paulo. Revista Do Instituto Adolfo Lutz, 65(1), 27–31. Recuperado de https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32964

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 3 4 5 > >>