Resumo
A água para consumo humano é uma das fontes possíveis de exposição ao chumbo em áreas urbanas, sendo as crianças mais suscetíveis quando expostas ao metal, comparadas aos adultos. O presente estudo teve como objetivos avaliar a concentração de chumbo em água consumida nas escolas públicas da cidade de São Paulo e comparar as concentrações do metal em amostras coletadas imediatamente ao início do escoamento da água e após dois minutos de escoamento contínuo. O chumbo foi determinado por espectrometria de absorção atômica com forno de grafite (GFAAS), com aquecimento transversal e corretor de fundo com efeito Zeeman. Amostras de água de doze escolas foram avaliadas e, dentre estas, duas continham chumbo acima do limite estabelecido pela legislação brasileira (0,01 mg.L-1). Nestes pontos de coleta, amostras também foram tomadas após o escoamento de água de dois minutos e apresentaram concentrações de chumbo abaixo de 0,01 mg.L-1. Ações corretivas foram implementadas nas escolas que haviam apresentado o problema e análises subseqüentes mostraram que o nível de chumbo na água estava abaixo do limite de quantificação do método analítico (0,001 mg.L-1), indicando a adequação das medidas, tornando a água satisfatória para o consumo humano.Referências
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Copyright (c) 2005 Maria de Fátima Henriques Carvalho, Maria Cristina Duran, Paulo Tiglea, Márcia Liane Buzzo, Carmen Silvia Kira