Shigueloses. Comparação de métodos de colheita das fezes no diagnóstico bacteriológico das enterocolites crônicas. Aglutininas e coproaglutininas na enterocolite crônica
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1.
Taunay A de E, Pontes JF, Prado E, Peixoto ES. Shigueloses. Comparação de métodos de colheita das fezes no diagnóstico bacteriológico das enterocolites crônicas. Aglutininas e coproaglutininas na enterocolite crônica. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 4º de janeiro de 1956 [citado 26º de dezembro de 2024];16(1-2):37-61. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/33297

Resumo

Se o diagnóstico das shigueloses e das salmoneloses agudas não representa maior problema para o clínico e o laboratorista, uma vez que a sintomatologia é típica e o germe facilmente encontrado nas fezes, o mesmo não acontece nas formas crônicas, nas quais, além de não ser característica a sintomatologia, o agente causador é algumas vezes dificilmente assinalado à coprocultura. Os autores, no presente trabalho relatam os achados de bacilos disentéricos e de salmonelas num total de 5.918 exames realizados de 1950 a 1954, dos quais 836 positivos. Examinaram amostra da população de um município de São Paulo (Itatiba), colhida ao acaso na zona urbana e rural. De 1.476 pessoas examinadas, em 4,47% foram encontradas enterobactérias patogênicas, As diferenças entre a população urbana e rural não são de ordem a permitir qualquer conclusão. Com o fito de comparar a influência de diferentes métodos de colheita de fezes nos resultados dos exames, estudaram particularmente 123 indivíduos, todos com história de enterocolite crônica. Na grande maioria deles, fizeram 4 séries de exames em dias diferentes, usando as seguintes técnicas: a) fezes colhidas naturalmente; b) colheita direta na ampola retal ("swab"); c) aspiração; d) raspagem da mucosa retal. Para esses 123 indivíduos, ao todo foram feitas 2.628 culturas, sendo que em 42 delas, os autores encontraram alguma enterobactéria reconhecidamente patogênica, Empregando o teste x2 ao nível de 5% de probabilidade, para comparar as várias técnicas de colheita, concluem não existir vantagem em empregar métodos de colheita diretamente da mucosa intestinal que, além de exigir aparelhagem especial, dão resultados inferiores ao exame de fezes colhidas naturalmente. A repetição do exame é de maior valor que a colheita direta na ampola retal. Pesquisaram, também, aglutininas sanguíneas usando germes mortos como antígenos; resultados satisfatórios foram obtidos nos casos de shiguelose por Shigella flexneri. Nestes, o título aglutinante acima de 1/160 na grande maioria das vezes correspondia ao achado do germe nas fezes. A pesquisa de coproanticorpos, com a técnica que empregararn, deu resultados inteiramente falhos.

https://doi.org/10.53393/rial.1956.16.33297
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Copyright (c) 1956 Augusto de E. Taunay, J. Fernandes Pontes, Erasto Prado, Ethel Sandoval Peixoto

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