A esquistossomose no Vale do Paraíba
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Como Citar

1.
Piza J de T, Ramos A da S, Brandão CSH, Figueiredo CG. A esquistossomose no Vale do Paraíba. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 4º de janeiro de 1959 [citado 23º de julho de 2024];19(1-2):97-144. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/33330

Resumo

O vale do Paraíba é a região localizada entre as Serras do Mar e da Mantiqueira, banhado pelo rio que lhe dá o nome, referindo-se os autores somente à grande parte da região situada no Estado de São Paulo. As características geofísicas daquela zona, são descritas, seguindo-se um esboço histórico sobre o aparecimento da esquistossomose, a situação epidemiológica, as primeiras providências e a planificação dos trabalhos visando a rápido conhecimento da extensão do mal. No capítulo sobre o molusco hospedeiro intermediário, é apresentada a relação de 20 municípios pesquisados e das espécies encontradas na região, Taphius sp., T. nigricans, T. janeirensis, Drepanotrema melleum e D. cimex. No decorrer dos trabalhos, de abril de 1958 a julho de 1959, foram efetuadas 282 coletas de caramujos obtendo-se 47.599 exemplares, sendo 99% da espécie nigricans. Dentre os 33.784 exemplares desta espécie examinados, foram verificados 112 naturalmente infestados pelo S. mansoni. Segue-se a descrição de cada foco, detalhando os trabalhos ali realizados, número de doentes, tratamento e condições epidemiológicas. São os seguintes os municípios onde foram registrados os 401 casos autóctones da moléstia: São José dos Campos, Caçapava, Taubaté, Pindamonhangaba, Roseira (atualmente município) e Aparecida. No tocante à profilaxia, atêm-se os autores a algumas experimentações que lhes foi possível realizar com vários moluscocidas; o controle biológico foi, também, objeto de indagações, por meio de peixes, moluscos e algas; ainda neste capítulo, providências são relatadas sobre o saneamento. Um capítulo é destinado às realizações do serviço de Educação Sanitária, concluindo-se o trabalho com as "Considerações Finais" onde são discutidos detalhes de epidemiologia da esquistossomose naquela região do Estado.

https://doi.org/10.53393/rial.1959.19.33330
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Referências

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NOTA - A determinação das espécies referidas na presente publicação foi baseada nos trabalhos seguintes:

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Copyright (c) 1959 José de Toledo Piza, Adalberto da Silva Ramos, Celso S. Haberbeck Brandão, Caio Gomes Figueiredo

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