Resumo
A água é uma necessidade vital para qualquer ser vivo e é utilizada para inúmeras finalidades. Em função do uso a que se destina deve apresentar determinadas características de potabilidade. A qualidade da água distribuída no município de Catalão-GO foi avaliada por meio de análise dos parâmetros de turbidez, cloração e análise microbiológica baseando-se nos padrões estabelecidos pela Portaria n° 2.914/2011-MS, e para correlacionar a interferência climática na turbidez e no cloro. Foram coletadas nove amostras semanais, durante os meses de julho a dezembro de 2012. A água foi analisada quanto aos parâmetros de turbidez, cloro, coliformes totais e Escherichia coli. Das 216 amostras analisadas, 7,87 % (17) amostras apresentaram cloro abaixo do preconizado em legislação. Em relação à turbidez, 100 % das amostras apresentaram valor <5 UT. Quanto aos coliformes totais e E. coli, 100 % das amostras apresentaram resultados satisfatórios quanto à ausência em 100 mL. Não houve correlação entre os níveis de cloro e temperatura ambiente, tampouco entre turbidez e precipitação pluviométrica. Considerando-se o atendimento ao padrão de potabilidade por meio das médias mensais obtidas pelo Departamento de Vigilância Sanitária Municipal de Catalão-GO, o sistema público de abastecimento de água tem atingido níveis satisfatórios de qualidade da água tratada.Referências
1. Ramos GDM, Machado Junior HF, Silva VL, Castelan FG, Guerra AF, Fernandes MM, et al. Qualidade microbiológica da água consumida pela população do Distrito do Sana , Macaé, Rio de Janeiro. Rev Inst Adolfo Lutz.2008;67(2):100-5.
2. Teixeira ISC, Peresi JTM, Silva SIL, Ribeiro AK, Graciano RAS, Povinelli RF, et al. Solução alternativa coletiva de abastecimento de água (SAC): avaliação da qualidade bacteriológica e da cloração. Rev Inst Adolfo Lutz.2012;71(3):514-9.
3. Brasil. Ministério da Saúde- MS. Vigilância e controle da qualidade da água para consumo humano. 1ª ed. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2006.
4. Brasil. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa Nacional de Saneamento Básico. Rio de Janeiro: IBGE; 2008.
5. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria Nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011. Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Diário Oficial [da] Republica Federativa do Brasil. Brasília, DF, 14 dez. 2011. Seção 1, p.39-46.
6. Carmo RF, Bevilacqua PD, Bastos RKX. Vigilância da qualidade da água para consumo humano: abordagem qualitativa da identificação de perigos. Eng Sanit Amb.2008;13(4):426-34.
7. Teixeira EC, Senhorelo AP. Avaliação de correlação entre turbidez e concentração de sólidos suspensos em bacias hidrográficas com uso e ocupação diferenciada. In: XXVII Congresso interamericano de engenharia sanitária e ambiental, 2000, Porto Alegre.
8. World Health Organization (WHO). Guidelines for Drinking-water Quality.Vol.1. 3ª ed. Geneva,2004.
9. Pinto VG. Análise comparativa de legislações relativas à qualidade da água para consumo humano na américa do sul [dissertação de mestrado]. Belo Horizonte (MG): Universidade Federal de Minas Gerais; 2006.
10. Goiás, Secretaria Estadual de Saúde. Manual de Vigilância Ambiental e Instruções de coleta de água para ensaios laboratoriais. [acesso 2013 Nov 01]. Disponível em: [http://www.sgc.goias.gov.br/.../arq_203_arq_762_manual_vig_ambiental.doc/].
11. American Public Health Association, American Water Words Association, Water Environment Federation. Standard Methods for the Examination of Water & Wastewater. SMEWW, 21° Ed. Washington (DC): APHA-AWWA-WEF; 2005.
12. The R Core Team. R: A language and environment for statistical computing. Vienna, Austria: R Foundation for Statistical Computing 2013.
13. Ferreira DF. Sistema de análise de variância: versão 4.3. Lavras, Minas Gerais: Departamento de Ciências Exatas da UFLA; 1999.
14. Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Estações Automáticas. [acesso 2013 Out 28]. Disponível em: [http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=home/page&Page=rede_estacoes_auto_gra]
15. d ́Aguila PS, Roque OCC, Miranda CAS, Ferreira AP.Avaliação da qualidade de água para abastecimento público do Município de Nova Iguaçu. Cad Saúde Pública.2000;16(3):791-8.
16. Souza JB, Sartori L, Daniel LA. Influência da cor e turbidez na desinfecção de águas de abastecimento utilizando-se cloro e radiação ultravioleta. In: XXVII Congresso interamericano de engenharia sanitária e ambiental, 2000, Porto Alegre.
17. Meyer ST. O uso de cloro na desinfecção de águas, a formação detrihalometanos e os riscos potenciais à saúde pública. Cad. Saúde Públ. 1994; 10 (1): 99-110.
18. Pádua VL, Bernardo L. Comparação entre turbidez e distribuição de tamanhos de partículas. In: 21° Congresso brasileiro de engenharia sanitária e ambiental, 2001, João Pessoa.
19. Kottwitz LBM, Guimarães IM. Avaliação da qualidade microbiológica da água consumida pela população de Cascavel, PR. Hig Aliment.2003;17(113):54-9.
20. Michelina FA, Bronharoa TM, Daré BF, Ponsanoc EHG. Qualidade microbiológica de águas de sistemas de abastecimento público da região de Araçatuba, SP. Hig Aliment.2006;20(147):90-5.
21. Nogueira G, Nakamura CV, Tognim MC, Abreu Filho BA, Dias Filho BP. Microbiological quality of drinking water of urban and rural communities. Rev Saúde Pública.2003;37(2):232-6.
22. Bastos RKX, Bevilacqua PD, Nascimento LE, Carvalho GR, Silva CV. Coliformes como indicadores da qualidade da água: alcances e limitações. In: XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental. Porto Alegre: Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, 2000.
23. Barros RTV, Castro AA, Costa AM, Chernicharo LM, Von sperling E, Moller LM, et al. Manual de saneamento e proteção ambiental para os municípios. Belo Horizonte: Escola de Engenharia da UFMG, 1995.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2015 Juliana Cassiano Silva, Heleno de Paula Pontes, Gabriel José Barbosa