Qualidade de frutas e hortaliças orgânicas comercializadas em feiras livres
PDF

Palavras-chave

análise microbiológica
alimentos orgânicos
Salmonella

Como Citar

1.
Ferreira AB, Alvarenga SHF de, São José JFB de. Qualidade de frutas e hortaliças orgânicas comercializadas em feiras livres. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 26º de agosto de 2016 [citado 21º de novembro de 2024];74(4):410-9. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/33494

Resumo

Pelo cultivo diferenciado, os produtos orgânicos podem estar mais expostos à contaminação microbiológica do que os convencionais, visto que fertilizantes orgânicos geralmente consistem de estrume (adubo orgânico), que pode abrigar micro-organismos patogênicos. Com isso, objetivou-se avaliar a qualidade de frutas e hortaliças orgânicas comercializadas em duas feiras livres da Grande Vitória/ES, bem como as condições higiênico-sanitárias das barracas que comercializam os produtos. Para avaliação das boas práticas foi aplicada uma lista de verificação baseada na Resolução RDC 216/2004. Foram coletadas 16 amostras entre frutas e hortaliças, e submetidas às seguintes análises: pH, acidez total titulável, contagem de mesófilos aeróbios, fungos filamentosos e leveduras, determinação do Número Mais Provável (NMP) de coliformes totais e a 45 °C e pesquisa de Salmonella spp. Todas as barracas avaliadas foram classificadas como regulares. A contagem de coliformes a 45 °C acima do estabelecido pela legislação vigente foi detectada em uma das amostras (6,25 %). Nessa mesma amostra foi detectada a presença de Salmonella spp., o que está em desacordo com o exigido pela legislação brasileira vigente. Apesar de 93,75 % das amostras estarem de acordo com os padrões microbiológicos vigentes, ressalta-se a importância do controle das fontes de contaminação, desde o campo até a comercialização dos alimentos.

https://doi.org/10.53393/rial.2015.v74.33494
PDF

Referências

1. Santos GD, Monteiro M. Sistema orgânico de produção de alimentos. Alim Nutr. 2004;15(1):73-86.

2. Assis RL, Romeiro AR. Agroecologia e agricultura orgânica: controvérsias e tendências. Desenvolv Meio Amb. 2002;6:67-80.

3. Maffei DF, Arruda Silveira NF, Catanozi MDPLM. Microbiological quality of organic and conventional vegetables sold in Brazil. Food Control. 2013;29(1):226-30. [DOI: 10.1016/j.foodcont.2012.06.013].

4. Food and Agriculture Organization. Inter-Departmental Working Group on Organic Agriculture. Organic agriculture. [acesso 2015 Mai 11]. Disponível em: [http://www. fao.org/organicag/oa-faq/oa-faq1/es/].

5. Berger CN, Sodha SV, Shaw RK, Griffin PM, Pink D, Hand P, et al. Fresh fruit and vegetables as vehicles for the transmission of human pathogens. Environ Microbiol. 2010;12(9):2385-97. [DOI: 10.1111/j.1462-2920.2010.02297.x].

6. Smith BL. Organic foods vs. supermarket foods: element levels. J Appl Nutr. 1993;45(1):35-9.

7. Elizaquivel P, Aznar R. A multiplex RTi-PCR reaction for simultaneous detection of Escherichia coli O157: H7, Salmonella spp. and Staphylococcus aureus on fresh, minimally processed vegetables. Food Microbiol. 2008;25(5):705-13. [DOI: 10.1016/j.fm.2008.03.002].

8. Maijala R, Ranta J, Seuna E, Peltola J. The efficiency of the Finnish Salmonella Control Programme. Food Control. 2005;16(8):669-75. [DOI: 10.1016/j.foodcont.2004.06.003].

9. Tessari ENC, Cardoso ALSP, Castro AGMD, Zanatta GF. Prevalência de Salmonella enteritidis em carcaças de frango industrialmente processadas. Hig Aliment. 2003;17(107):52-5.

10. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 12, de 02 de janeiro de 2001. Dispõe sobre regulamento técnico sobre padrões microbiológicos para alimentos. [acesso 2015 Mai 11]. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 10 jan. 2001. Disponível em: [http://portal.anvisa.gov.br].

11. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 216, de 15 setembro de 2004. Dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. [acesso 2015 mai. 19]. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 16 set. 2004. Disponível em: [http://portal.anvisa.gov.br/]

12. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 275, de 21 de outubro de 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 06 nov. 2002.

13. Instituto Adolfo Lutz (São Paulo – Brasil). Métodos físico-químicos para análise de alimentos: normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz. 4aed. São Paulo (SP): Instituto Adolfo Lutz, 2008.

14. Association of Official Analytical Chemists - AOAC. Official Methods of Analysis. 14 ed. Arlington:AOAC, 1984.

15. Downes FP, Ito K. Compendium of methods for the microbiological examination of foods. 4 ed. Washington: American Public Health Association; 2001. p. 25-36.

16. Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 62, de 26 de agosto de 2003. Oficializa os Métodos Analíticos Oficiais para análises microbiológicas para controle de produtos de origem animal e água. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 18 set. 2003. Seção 1, p. 14.

17. Almeida Filho ESD, Sigarini CDO, Borges NF, Delmondes ÉC, Ozaki AS, Souza LCD. Pesquisa de Salmonella spp em carcaças de frango (Gallus gallus), comercializadas em feira livre ou em supermercado no município de Cuiabá, MT, Brasil. Hig Aliment.2003;17(110):74-9.

18. Agostinho TMS. Perfil do risco sanitário de alimentos comercializados em feiras especiais de Goiânia-GO [dissertação de mestrado]. Goiânia (GO): Universidade Federal de Goiás; 2013.

19. Rossi CF. Condições higiênico-sanitárias de restaurantes comerciais do tipo self-service de Belo Horizonte-MG [dissertação de mestrado]. Belo Horizonte(MG): Universidade Federal de Minas Gerais; 2006.

20. Correia M, Roncada MJ. Características microscópicas de queijos prato, mussarela e mineiro comercializados em feiras livres da Cidade de São Paulo. Rev Saude Publica. 1997;31(3):296-301. [DOI: 10.1590/S0034-89101997000300011].

21. Audi SG. Avaliação das condições higiênico-sanitárias das feiras livres do município de São Paulo. São Paulo [dissertação de mestrado]. São Paulo(SP): Universidade de São Paulo; 2002.

22. Germano PML, Germano MIS. Higiene e Vigilância Sanitária de Alimentos. 3ª ed. Barueri (SP): Manole; 2008.

23. Franco BDGM, Landgraf M. Microbiologia dos Alimentos. São Paulo (SP): Atheneu; 2008.

24. Chitarra MIF, Chitarra AB. Pós-colheita de frutas e hortaliças: fisiologia e manuseio. Lavras: UFLA; 2005.

25. Santos TBA, Silva N, Junqueira V, Pereira J. Microrganismos indicadores em frutas e hortaliças minimamente processadas. Braz J Food Technol. 2010;13(2):141-6. [DOI: 10.4260/BJFT2010130200019].

26. Pinheiro NM, Figueiredo ATF, Figueiredo RW, Maia FA, Souza PHM. Avaliação da qualidade microbiológica de frutos minimamente processados comercializados em supermercados de Fortaleza. Rev Bras Frutic. 2005;27(1):153-6.

27. Maistro LC, Miya NTN, Sant’Ana AS, Pereira JL. Microbiological quality and safety of minimally processed vegetables marketed in Campinas, SP–Brazil, as assessed by traditional and alternative methods. Food Control. 2012;28(2):258-64. [DOI: 10.1016/j.foodcont.2012.05.021].

28. Oliveira M, Usall J, Viñas I, Anguera M, Gatius F, Abadias M. Microbiological quality of fresh lettuce from organic and conventional production. Food Microbiol. 2010;27(5):679-84. [DOI: 10.1016/j.fm.2010.03.008].

29. Ferreira SMR, Quadros DA, Karkle ENL, Lima JJ, Tullio LT, Pacheco MASR, et al. Condições higiênico-sanitárias de verduras e legumes comercializados no CEAGESP de Sorocaba - SP. Hig Alim. 2002;16(101):50-5.

30. Smanioto TF, Pirolo NJ, Simionato EMRS, Arruda MCD. Qualidade microbiológica de frutas e hortaliças minimamente processadas. Rev Inst Adolfo Lutz. 2009;68(1):150-4.

31. Arbos KA, Freitas RJSD, Stertz SC, Carvalho LA. Segurança alimentar de hortaliças orgânicas: aspectos sanitários e nutricionais. Cienc Tecnol Aliment. 2010;30(suppl 1):215-20. [DOI: 10.1590/S0101-20612010000500033].

32. Abreu IMO, Junqueira AMR, Peixoto JR, Oliveira SA. Qualidade microbiológica e produtividade de alface sob adubação química e orgânica. Cienc Tecnol Aliment. 2010;30(Supl 1):108-18.

33. Simões M, Pisani B, Marques EGL, Prandi MAG, Martini MH, Chiarini PFT, et al. Hygienic-sanitary conditions of vegetables and irrigation water from kitchen gardens in the municipality of Campinas, SP. Braz J Microbiol. 2001;32(4):331-3. [DOI: 10.1590/S1517-83822001000400015].

34. Takayanagui OM, Capuano DM, Oliveira CAD, Bergamini AMM, Okino MHT, Castro e Silva AAMC, et al. Avaliação da contaminação de hortas produtoras de verduras após a implantação do sistema de fiscalização em Ribeirão Preto, SP. Rev Soc Bras Med Trop. 2007;40(2):239-41.

35. Machado DC, Maia CM, Carvalho ID, Silva NFD, André MCDPB, Serafini AB. Microbiological quality of organic vegetables produced in soil treated with different types of manure and mineral fertilizer. Braz J Microbiol. 2006;37(4):538-44. [DOI: 10.1590/S1517-83822006000400025].

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2016 Amanda Brinco Ferreira, Sandra Helena Ferreira de Alvarenga, Jackline Freitas Brilhante de São José

Downloads

Não há dados estatísticos.