Avaliação do exame imuno-histoquímico para o diagnóstico de Leishmania spp. em amostras de tecidos caninos
PDF

Palavras-chave

leishmaniose visceral
cães
imuno-histoquímica
patologia

Como Citar

1.
Guerra JM, Fernandes NCC de A, Kimura LM, Shirata NK, Magno JA, Abrantes MF, Fernandes KR, Silva MMR, Barbosa JE de R, Taniguchi HH, Hiramoto RM, Nonogaki S, Tolezano JE. Avaliação do exame imuno-histoquímico para o diagnóstico de Leishmania spp. em amostras de tecidos caninos. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 25º de outubro de 2016 [citado 23º de abril de 2024];75:01-10. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/33506

Resumo

No Brasil, as leishmanioses representam um importante problema de saúde pública pela sua elevada incidência, ampla distribuição geográfica e marcante aumento na transmissão associados à urbanização da doença. Cães são considerados os principais reservatórios da leishmaniose visceral (LV) no ambiente urbano, tornando-se fundamental o aprimoramento do diagnóstico da doença nessa espécie. Este estudo objetivou a avaliação da técnica de imuno-histoquímica (IHQ) para o diagnóstico de Leishmania spp. em amostras de diferentes tecidos de cães recebidas no Núcleo de Patologia Quantitativa do Instituto Adolfo Lutz (NPQ-IAL). Amostras de tecidos coletadas de 134 cães, provenientes de municípios do Estado de São Paulo, positivos para LV por teste rápido (TR DPP®-Bio-Manguinhos), ensaio imunoenzimático-EIE/Elisa (Bio-Manguinhos) e pela reação em cadeia de polimerase, foram submetidas a marcação IHQ específica, em duplicata. A reação de IHQ apresentou sensibilidade de 98,51 %, especificidade de 100,00 % e acurácia de 98,61 %. A maior positividade foi detectada nas amostras de baço. O índice Kappa foi de 0,84 entre os resultados da análise dos tecidos em duplicata. A técnica de IHQ pode ser utilizada como uma técnica rotineira para o diagnóstico das leishmanioses caninas, sendo padronizada e implantada no NPQ-IAL.
https://doi.org/10.53393/rial.2016.v75.33506
PDF

Referências

1. Dantas-Torres F. Leishmania infantum versus Leishmania chagasi: do not forget the laws of nomenclature. Mem Inst Oswaldo Cruz. 2006;101:117-8. [DOI:10.1590/S0074-02762006000100024].

2. Desjeux P. Leishmaniasis: current situation and new perspectives. Comp Immunol Microbiol Infect Dis. 2004;27:305-18. [DOI:10.1590/S0102-311X2008001200011].

3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Casos confirmados de Leishmaniose Visceral, Brasil, Grandes Regiões e Unidades Federativas, 1990 a 2011. 2012. [acesso 2015 Set. 15]. Disponível em: [http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/setembro/09/LV-Casos.pdf].

4. Slappendel RJ, Ferrer L. Leishmaniosis. In: Greene CE, editor. Clinical Microbiology and Infectious Diseases of the Dog and Cat. Philadelphia: W.B. Saunders Co; 1990. p. 450-8.

5. Melo MN. Leishmaniose visceral no Brasil: 5. desafios e perspectivas. In: Anais do I Congresso de Parasitologia Veterinária, Simpósio Latinoamericano de Rickettsioses. Ouro Preto, Minas Gerais; 2004.

6. Brasil. Ministério da Saúde. Controle, diagnóstico 6. e tratamento da leishmaniose visceral (calazar). 2ª. ed. Brasília (DF): Fundação Nacional de Saúde; 1996.p.86.

7. Santa Rosa IC, Oliveira IC. Leishmaniose 7. visceral: breve revisão sobre uma zoonose reemergente. Clin Vet. 1997;11:24-8.

8. Baneth G. Leishmaniases. 8. In: Greene CE, editor. Infectious disease of dog and cat. Georgia: Saunders Elsevier; 2006.p.685-98.Scott WD, Miller WH, Grif9. fin CE. Viral, rickettsial, and protozoal skin diseases. In: Small Animal Dermatology.

9. Scott WD, Miller WH, Griffin CE, editors. WB Saunders, Philadelphia - PA: 2001. p. 522–4.

10. Campino LM. Canine reservoir and leishmaniasis: 10. epidemiology and disease. In: Farrel JP. Leishmania: world class parasites. 2002, v.4, p.45-57.

11. Secretaria de Estado da Saúde (São Paulo – SP). 11. Leishmaniose Visceral Americana: II Informe Técnico. São Paulo: Secretaria de Estado da Saúde, 2003. 48p.

12. Reichman MLAB. Leishmaniose visceral 12. canina: uma zoonose reemergente. In: 1º Fórum sobre Leishmaniose visceral canina, Jaboticabal, SP; 2006.

13. Feitosa MM, Ikeda FA, Luvizotto MCR, Perri 13. SH. Aspectos clínicos de cães com leishmaniose visceral no município de Araçatuba – São Paulo (Brasil). Clin Vet. 2000;5(28);36-44.

14. Tafuri WL, Santos RL, Arantes RM, Gonçalves 14. R, Melo MN, Michalick MSM. An alternative immunohistochemical method for detecting Leishmania amastigotes in paraffin-embedded canine tissues. J Immunol Methods. 2004;292:17–23. [DOI:10.1016/j.jim.2004.05.009].8/10Publicação contínua on line: número de páginas sem efeito para citaçãoOn line continuous publishing: page number not for citation purposes

15. Giunchetti RC, Mayrink, Genaro O, Carneiro 15. CM, Corrêa-Oliveira R, Martins-Filho OA et al. Relationship between canine visceral leishmaniosis and the Leishmania (Leishmania) chagasi burden in dermal inflammatory foci. J Comp Pathol. 2006;135:100-07. [DOI:10.1016/j.jcpa.2006.06.005].

16. Ramos-Vara JA, Kiupel M, Baszler T, Bliven 16. L, Brodersen BW, Chelack B. Suggested guidelines for immunohistochemical techniques in veterinary diagnostic laboratories. J Vet Diagn Invest. 2008;20:393-413. [DOI: 10.1177/104063870802000401].

17. Ferrer L, Rabanal RM, Domingo M. Identification 17. of Leishmania donovaniamastigotes in canine tissues by immuneperoxidase staining. Res Vet Sci. 1988; 44(2):194-6.

18. Bourdoiseau G, Marchal T, Magnol JP. 18. Immunohistochemical detection of Leismania infantum in formalin-fixed, paraffin-embedded sections of canine skin and lymph nodes. J Vet Diagn Invest. 1997; 2(9):439-40.

19. Solano-Gallego L, Fernández-Bellon H, Morell P, 19. Fondevila D, Alberola J, Ramis A et al. Histological and immunohistochemical study of clinically normal skin of Leishmania infantum-infected dogs. J Comp Pathol. 2004;130(1):7-12. [DOI:10.1016/S0021-9975(03)00063-X].

20. Xavier SC, de Andrade HM, Monte SJH, 20. Chiarelli IM, Lima WG, Michalick MSM, et al. Comparison of paraffin-embedded skin biopsies from different anatomical regions as sampling methods for detection of Leishmania infection in dog using histological, immunohistochemical and PCR methods. BMC Vet Res. 2006; 2(17):1-7. [DOI:10.1186/1746-6148-2-17].

21. Ordeix L, Solano-Gallego L, Fondevila D, Ferrer L, 21. Fondati A.Papular dermatitis due to Leishmania spp. infection in dogs with parasite-specifc cellular immune response. Vet Dermatol. 2005;16(3):187-19. [DOI: 10.1111/j.1365-3164.2005.00454.x].

22. Alves VAF. Garantia de qualidade em imuno-22. histoquímica. In: Alves VAF, Bacchi CE, Vassalo J. Manual de imuno-histoquímica. São Paulo: Sociedade Brasileira de Patologia; 1999. p.1-9.

23. Jaffer S, Bleiweiss IJ. 23. Beyond hematoxylin and eosin: the role of immunohistochemistry in surgical pathology. Cancer Invest. 2004;22(3);445-65. [DOI: 10.1081/CNV-200034896].

24. Leong ASY, Wright J. The contribution of 24. immunohistochemical staining in tumor diagnosis. Histopathol. 1987;11(12):1295-305. [DOI:10.1111/j.1365-2559.1987.tb01874.x].

25. Rosai J. Special techniques in surgical pathology. 25. In: Ackerman ́s Surgical Pathology. 8o ed. Nova York: Mosby-Year Book, 1996. p. 29-62.

26. Taylor CR, Cote RJ. Immunocytomicroscopy: 26. a diagnostic tool for the surgical pathologist. In: Taylor CR, Cote RJ, editors. Major problems in pathology. Vol 19. 2o ed. Philadelphia: WB Saunders; 1994. p. 421-3.

27. Werner M Chott A, Fabiano A, Battifora H. 27. Effect of formalin tissue fixation and processing on immunohistochemistry. Am J Surg Pathol. 2000;24(7):1016-9. [DOI:10.1097/00000478-200007000-00014].

28. Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de 28. Vigilância das Doenças Transmissíveis. Algoritmo para confirmação de primeiro caso autóctone de leishmaniose visceral. Brasília, 2013.

29. Motoie G, Ferreira GE, Cupolillo E, Canavez 29. F, Pereira-Chioccola VL. Spatial distribution and population genetics of Leishmania infantumgenotypes in São Paulo State, Brazil, employing multilocus microsatellite typing directly in dog infected tissues. Infect Genet Evol. 2013;18:48-59. [DOI: 10.1016/j.meegid.2013.04.031].

30. Mancianti F, Gramiccia M, Gradoni L, Pieri S. 30. Studies on canine leishmaniais control. 1. Evolution of infection of different clinical forms of canine leishmaniasis following antimonial treatment. Trans R Soc Trop Med Hyg. 1988;82(4):566-7. [DOI:10.1016/00359203(88)90510-X].

31. Santos IB, Quintella LP, Madeira MF, Miranda 31. LH, Silva DD, Schubach EY et al. Utilização da imunohistoquímica com soro hiperimune de coelho anti-Leishmania chagasi e anti-Leishmania Viannia braziliensis no diagnóstico das leishmanioses caninas no Rio de Janeiro – Brasil. Congresso Brasileiro de Medicina Veterinária; outubro de 2008; Gramado – RS. [acesso 2015 agosto 06]. Disponível: [http://www.sovergs.com.br/conbravet2008/]

32. Moreira MA, Luvizotto MC, Garcia JF, Corbett 32. C, Laurenti MD. Comparison of parasitological, immunological and molecular methods for the diagnosis of Leishmaniasis in dogs with different clinical signs. Vet Parasitol. 2007;145(3-4); 245-52. [DOI:10.1016/j.vetpar.2006.12.012].

33. Costardi ML. Imunohistoquímica em cães 33. positivos para leishmaniose visceral [dissertação de mestrado]. Campo Grande (MS): Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; 2009.

34. Ciaramella P, Oliva G, Luna R, Gradoni L, 34. Ambrosio R, Cortese L, et al. A retrospective clinical study of canine leishmaniasis in 150 dogs naturally infected by Leishmania infantum. Vet Rec. 1997;141(21):539-43. [DOI:10.1136/vr.141.21.539].

35. Queiroz NM, Assis J, Oliveira TM, Machado 35. RZ, Nunes CM, Starke-Buzetti WA. Diagnóstico da Leishmaniose Visceral Canina pelas técnicas de imunohistoquímica e PCR em tecidos cutâneos em associação com a RIFI e ELISA-teste. Rev Bras Parasitol Vet. 2010;19(1):32-8. [DOI:10.4322/rbpv.01901006].

36. Davies E, Mackenzie SM. Extra-adrenal 36. production of corticosteroids. Clin Exp Pharmacol Physiol. 2003;30(7):437-45. [acesso 2015 agosto 06]. Disponível: [http://dx.doi.org/10.1046/j.1440-1681.2003.03867.x]. [DOI:10.1046/j.1440-1681.2003.03867.x].

37. Momo C, Rocha NA, Moreira PR, Munari DP, 37. Bomfim SE, Rozza DB, et al. Morphological changes and parasite load of the adrenal from dogs with visceral leishmaniasis. Rev Bras Parasitol Vet. 2014;23(1):30-5. [DOI:10.1590/S1984-29612014004]

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2016 Juliana Mariotti Guerra, Natália Coelho Couto de Azevedo Fernandes, Lidia Midori Kimura, Neuza Kasumi Shirata, Jéssica Abatzoglou Magno, Marília Ferreira Abrantes, Karolina Rosa Fernandes, Maiara Maria Romaneli Silva, José Eduardo de Raeffray Barbosa, Helena Hilomi Taniguchi, Roberto Mitsuyoshi Hiramoto, Suely Nonogaki, José Eduardo Tolezano

Downloads

Não há dados estatísticos.