Avaliação de anticorpos monoclonais como marcadores diferenciais de meningites bacterianas e virais por meio de técnica imuno-histoquímica
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Palavras-chave

Neisseria meningitidis
anticorpos monoclonais
imuno-histoquímica

Como Citar

1.
Lataro TRB, Kanamura CT, Cirqueira C dos S, Iglezias SD, Gaspari E de. Avaliação de anticorpos monoclonais como marcadores diferenciais de meningites bacterianas e virais por meio de técnica imuno-histoquímica. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 25º de outubro de 2016 [citado 25º de abril de 2024];75:01-7. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/33522

Resumo

Desde 1996, o Laboratório de Anticorpos Monoclonais, Antígenos e Adjuvantes - Centro de Imunologia do Instituto Adolfo Lutz (CI-IAL) tem desenvolvido trabalhos na caracterização antigênica de cepas de Neisseria meningitidis utilizando-se painel de anticorpos monoclonais (AcMo) pré-estabelecido, e produção de novos monoclonais para a análise de cepas com perfis desconhecidos. AcMo foram obtidos das diferentes fusões realizadas no laboratório utilizando-se células esplênicas e linfonodos poplíteos. Dois hibridomas murinos secretores de AcMo anti-N. meningitidis produzidos e caracterizados no CI-IAL têm sido avaliados por meio de estudo imuno-histoquímico (IHQ) no Centro de Patologia-Laboratório de Imunohistoquímica-IAL. Com a padronização da reação, estabeleceu-se um protocolo para efetuar a pesquisa de antígenos de N. meningitidis por IHQ. Houve melhoria no diagnóstico histopatológico da meningite meningocócica, sobretudo em situações em que não há confirmação da presença do microorganismo por técnicas biomoleculares, como PCR, utilizando-se AcMo específicos para antígenos de diferentes sorogrupos, sorotipos e subtipos de N. meningitidis. O resultado obtido nos primeiros testes mostrou-se promissor, e os dois AcMo demonstraram excelentes resultados. Não houve reatividade cruzada com meningite viral, S. pneumoniae, Rickettsia ou rubéola. Nos próximos estudos, é fundamental ampliar número de amostras, incluindo-se aquelas coletadas de pacientes com meningites meningocócicas e de indivíduos infectados com outros agentes patogênicos.
https://doi.org/10.53393/rial.2016.v75.33522
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Copyright (c) 2016 Thaís Regina Brienza Lataro, Cristina Takami Kanamura, Cinthya dos Santos Cirqueira, Silvia D’Andretta Iglezias, Elizabeth de Gaspari

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