Ocorrência de fungos e aflatoxinas do tipo B em castanhas e produtos comercializados no Nordeste brasileiro
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Palavras-chave

castanha-do-Brasil
amendoim
aflatoxinas
cromatografia em camada delgada

Como Citar

1.
Moreira M de F, Oliveira TR de, Vieira Ícaro GP, Freire F das CO, Silva SC da, Ribeiro L de M, Guedes MIF. Ocorrência de fungos e aflatoxinas do tipo B em castanhas e produtos comercializados no Nordeste brasileiro. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de dezembro de 2016 [citado 19º de abril de 2024];75:01-6. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/33524

Resumo

A contaminação por aflatoxinas tem sido considerada um problema de saúde pública principalmente em países tropicais, incluindo o Brasil. Com o intuito de investigar a presença de aflatoxinas do tipo B em produtos comercializados na cidade de Fortaleza, 23 amostras foram analisadas por meio de cromatografia em camada delgada. Os fungos visivelmente presentes em alimentos foram identificados de acordo com suas características macroscópicas e microscópicas. A contaminação por aflatoxina foi detectada em 8,7 % das 23 amostras analisadas; e 12,5 % das amostras de castanha-do-Brasil apresentaram positividade para AFB1 (<8 μg/kg) e para AFB2 com taxa de contaminação acima do valor permitido (16 μg/kg). Quanto às amostras de amendoim, 33,3 % apresentaram positividade para AFB1 e AFB2, também com nível de contaminação (317,1 μg/kg) acima do preconizado pela ANVISA. O isolamento e a caracterização morfológica dos fungos encontrados principalmente nas castanhas-do-Brasil com casca revelaram a presença das espécies: Aspergillus flavus, Aspergillus niger, Mucor sp, Cladosporium sphaerospermum, Cladosporium cladosporoides, Fusarium sp, Aspergillus terreus e bactérias do filo Actinomicetos. Estes resultados demonstram que há necessidade de fiscalização mais efetiva da qualidade dos alimentos oferecidos aos consumidores.

https://doi.org/10.53393/rial.2016.v75.33524
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