Leishmaniose canina: diagnóstico e manejo do reservatório urbano
PDF

Palavras-chave

leishmaniose
cães
diagnóstico
tratamento
prevenção

Como Citar

1.
Torres FD. Leishmaniose canina: diagnóstico e manejo do reservatório urbano. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 29º de março de 2018 [citado 2º de maio de 2024];77:1-5. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/34208

Resumo

A leishmaniose canina é uma doença multifacetada, causada por várias espécies de protozoários do gênero Leishmania, transmitidos por várias espécies de flebotomíneos, em diferentes tipos de ambiente. A leishmaniose tem um impacto psicossocial e socioeconômico considerável em áreas endêmicas no Brasil, onde as populações mais afetadas já são historicamente castigadas por outros males e condicionantes do processo saúde-doença, como a própria pobreza e má-nutrição. Diante desse contexto, a leishmaniose canina deixou, há muito tempo, de ser um “problema veterinário” e passou a ser uma questão de saúde pública. Nos últimos anos, vários avanços foram alcançados no que diz respeito a leishmaniose canina. No presente artigo, alguns aspectos relacionados ao diagnóstico e manejo de cães infectados por Leishmania infantum, sejam esses sadios ou doentes, são discutidos. É preciso utilizar de forma correta os testes diagnósticos disponíveis e interpretar os resultados à luz dos achados clínicos. Uma vez que o diagnóstico de leishmaniose canina for confirmado, veterinários e profissionais da saúde pública devem considerar todas as opções disponíveis antes de decidir qual a melhor estratégia a ser adotada em cada caso individual. Por fim, o uso de produtos à base de piretróides permanece como a principal medida de prevenção a ser adotada em cães em áreas endêmicas.

https://doi.org/10.53393/rial.2018.v77.34208
PDF

Referências

1. Maia C, Dantas-Torres F, Campino L. Parasite biology: The reservoir hosts. In: Bruschi F, Gradoni L. (editors) The Leishmaniases: Old Neglected Tropical Diseases. Springer, Cham; 2018. https://doi.org/10.1007/978-3-319-72386-0_4

2. Haddad NM, Brudvig LA, Clobert J, Davies KF, Gonzalez A, Holt RD et al. Habitat fragmentation and its lasting impact on Earth's ecosystems. Sci Adv. 2015;1(2):e1500052. http:/dx.doi.org/10.1126/sciadv.1500052

3. Dantas-Torres F. Canine leishmaniosis in South America. Parasit Vectors. 2009;2 Suppl 1:S1. http:/dx.doi.org/10.1186/1756-3305-2-S1-S1

4. Travi BL, Cordeiro-da-Silva A, Dantas-Torres F, Miró G. Canine visceral leishmaniasis: diagnosis and management of the reservoir living among us. PLoS Negl Trop Dis. 2018;12(1):e0006082. http:/dx.doi.org/10.1371/journal.pntd.0006082

5. Solano-Gallego L, Miró G, Koutinas A, Cardoso L, Pennisi MG, Ferrer L et al. LeishVet guidelines for the practical management of canine leishmaniosis. Parasit Vectors. 2011;4:86. http:/dx.doi.org/10.1186/1756-3305-4-86

6. Dantas-Torres F, Sales KGS, da Silva LG, Otranto D, Figueredo LA. Level of agreement between two commercially available rapid serological tests and the official screening test used to detect Leishmania seropositive dogs in Brazil. Vet J. 2018;234:102-4. http:/dx.doi.org/10.1016/j.tvjl.2018.02.007

7. Courtenay O, Carson C, Calvo-Bado L, Garcez LM, Quinnell RJ. Heterogeneities in Leishmania infantum infection: using skin parasite burdens to identify highly infectious dogs. PLoS Negl Trop Dis. 2014;8(1):e2583. https://doi.org/10.1371/journal.pntd.0002583

8. Dantas-Torres F, da Silva Sales KG, Gomes da Silva L, Otranto D, Figueredo LA. Leishmania-FAST15: A rapid, sensitive and low-cost real-time PCR assay for the detection of Leishmania infantum and Leishmania braziliensis kinetoplast DNA in canine blood samples. Mol Cell Probes. 2017;31:65-9. http:/dx.doi.org/10.1016/j.mcp.2016.08.006

9. Selder R, Weber K, Bergmann M, Geisweid K, Hartmann K. Sensitivity and specificity of an in-clinic point-of-care PCR test for the diagnosis of canine leishmaniasis. Vet J. 2018;232:46-51. http:/dx.doi.org/10.1016/j.tvjl.2017.12.006

10. Dantas-Torres F, Miró G, Bowman DD, Gradoni L, Otranto D. Culling dogs for zoonotic visceral leishmaniasis control: the wind of change. Trends Parasitol. 2018. https://doi.org/10.1016/j.pt.2018.11.005

11. Romero GA, Boelaert M. Control of visceral leishmaniasis in Latin America: a systematic review. PLoS Negl Trop Dis. 2010; 4(1):e584. http:/dx.doi.org/10.1371/journal.pntd.0000584

12. González U, Pinart M, Sinclair D, Firooz A, Enk C, Vélez ID et al. Vector and reservoir control for preventing leishmaniasis. Cochrane Database Syst Rev. 2015;(8):CD008736. http:/dx.doi.org/10.1002/14651858.CD008736.pub2

13. Wylie CE, Carbonell-Antonanzas M, Aiassa E, Dhollander S, Zagmutt FJ, Brodbelt DC et al. A systematic review of the efficacy of prophylactic control measures for naturally occurring canine leishmaniosis. Part II: topically applied insecticide treatments and prophylactic medications. Prev Vet Med. 2014a;117(1):19-27. http:/dx.doi.org/10.1016/j.prevetmed.2014.06.016

14. Wylie CE, Carbonell-Antonanzas M, Aiassa E, Dhollander S, Zagmutt FJ, Brodbelt DC et al. A systematic review of the efficacy of prophylactic control measures for naturally-occurring canine leishmaniosis, part I: vaccinations. Prev Vet Med. 2014b;117(1):7-18. http:/dx.doi.org/10.1016/j.prevetmed.2014.06.015

15. De Mari K AV, Nogeira FS, Menz I, Moreira MABM, Chioccola VLP, Hiramoto R et al. Evaluation of the potential of infectivity of dogs with visceral leishmaniasis and treated with miltefosine by using a xenodiagnosis. 6th World Congress on Leishmaniasis (2017), Toledo, Spain 16–19th May.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2018 Filipe Dantas Torres

Downloads

Não há dados estatísticos.