Detecção de Cryptosporidium em amostras fecais por técnica de Nested-PCR e comparação com métodos imunológico e parasitológico
pdf

Palavras-chave

Cryptosporidium
diagnóstico por métodos molecular
imunológico
parasitológico

Como Citar

1.
Gomes AH de S, Kanamura HY, Almeida ME de, Araujo AJU dos S. Detecção de Cryptosporidium em amostras fecais por técnica de Nested-PCR e comparação com métodos imunológico e parasitológico. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 30º de dezembro de 2004 [citado 26º de abril de 2024];63(2):255-61. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/34871

Resumo

A criptosporidiose é causada por protozoários do gênero Cryptosporidium. A doença se caracteriza por diarréia aguda no homem e em outros animais. O diagnóstico laboratorial é feito pela detecção do parasito por métodos parasitológicos, imunológicos ou moleculares. Amostras fecais de 29 pacientes portadores de HIV e com AIDS analisadas pelos métodos parasitológico (Kinyoun) e imunológico (ELISA) foram submetidas ao método molecular (Nested-PCR). Destas, 15 amostras foram positivas para Cryptosporidium sp no exame parasitológico e 14 negativos para Cryptosporidium, mas positivos para outras espécies parasitárias ou bacilos álcool-acido-resistentes. Pela Nested-PCR foram encontradas 16 amostras positivas, e destas, 11 apresentaram resultados concordantes com o exame parasitológico e cinco não. Essas cinco amostras discordantes foram também negativas pelo ELISA. Das 15 amostras positivas pelo exame parasitológico, duas foram negativas pelo Nested-PCR e por ELISA. Os métodos moleculares podem-se constituir em importante ferramenta diagnóstica nos casos com suspeita clínica de criptosporidiose nos estudos epidemiológicos, permitindo a caracterização genotípica do parasito e auxiliando na investigação das rotas de transmissão. As discordâncias observadas entre os diferentes métodos precisam ser mais bem investigadas.

https://doi.org/10.53393/rial.2004.63.34871
pdf

Referências

1. Alcântara, L. M. et al. Infecção por Cryptosporidium em crianças de creche de uma comunidade marisqueira em Encarnação de Salinas – BA. J. Bras. Parasitol. Anais -XV Congresso Latino- Americano de Parasitologia (Suppl), 94, 2001 – São Paulo – Brasil.

2. Balatbat, A. B. et al. Detection of Cryptosporidium parvum DNA in human feces by Nested PCR. J. Clin. Microbiol., 34: 1769-72, 1996.

3. Da Silva, A. J. et al. Fast and reliable extraction of protozoan parasite DNA from fecal specimes. Mol. Diagn., 4: 57-64, 1999.

4. Dean A, G. et al. Epi Info, version 6: a word processing database, and statistics program for epidemiology on microcomputer. Center of Disease Control on Prevention, Atlanta, Georgia, U.S.A, 1994.

5. De Carli, G. A. Exame macroscópico e microscópico da amostra fecal fresca e preservada. In:__ Parasitologia Clínica. São Paulo: Atheneu. 2001. p. 27-81.

6. Doing, K. M. et al. False positive results obtained with the Alexon ProSpect Cryptosporidium Enzime Immunoassay. J. Clin. Microbiol. 37: 1582-3, 1999.

7. Fleis, A. R. Clinical epidemiology. In:_ The architecture of clinical research. Philadelphia: WB Saunders. 1985, p. 185-6.

8. Gamba, R. C. et al. Detections of Cryptosporidium sp oocysts in groundwater for human consumption in Itaquaquecetuba city, São Paulo – Brazil. Braz. J. Microbiol. 31: 151-3, 2000.

9. Garcia, L. S; Shimizu, R. Y. Evaluation of nine immunoassay Kits (enzyme immunoassay and direct fluorescence) for detection of Giardia lamblia and Cryptosporidium parvum in human fecal specimens. J. Clin. Microbiol. 35: 1526-9, 1997.

10. Gatei, W. et al. Molecular analysis of the 18S rRNA gene of Cryptosporidium parasites from patients with or without humam immunodeficiency virus infections living in Kenya, Malawi, Brazil, the United Kingdom, and Vietnam. J. Clin. Microbiol., 41: 1458-62, 2003.

11. Gobet, F. et al. A detection of Cryptosporidium parvum DNA in formed human feces by a sensitive PCR- based assay including Uracil-NGlycosylase inactivation. J. Clin. Microbiol. 35: 254-6, 1977.

12. Gomes, A. H. S. et al. Monitoramento das condições higiênico sanitárias das alfaces produzidas no município de Ibiúna- SP, Brasil. [Suplemento científico, Anais XXV Congresso Latino- Americano de Parasitologia de 7 a 11 de outubro de 2001 – São Paulo – Brasil]. J. Bras. Parasitol. 37: 94, 2001.

13. Healy, G. R.; Garcia, L. S. Intestinal and Urogenital Protozoa. In: Murray, P. R.; Baron. et al. Manual of Clinical Microbiology. 6th ed. Washington (D.C) ASM Press. 106: 1204-28, 1995.

14. Ignatius, R. et al. Efficacy of different methods for detection of low Cryptosporidium parvum oocyst numbers or antigen concentrations in stool specimens- Eur. J. Clin. Microbiol. Infect. Dis. 16: 732-6, 1997.

15. Informenet- DTA. Surtos de Doenças Transmitidas por Alimentos (tabela de 1995 a 2002). Dados Estatísticos São Paulo, 2002. DDTHA/CVE-SES/SP. Available from: URL: http://www.cve.saude.sp.gov.br [cited sept 2003].

16. Johnson, D.W. et al. Development of a PCR protocol for sensitive detection of Cryptosporidium oocysts in water samples. Appl. Environ Microbiol. 61: 3849-55, 1995.

17. Kehl, K.S.; Cicirello, H.; Havens, P.L. Comparison of four different methods for detection of Cryptosporidium species. J. Clin. Microbiol. 33: 416-8, 1995.

18. Lasser, K. H.; Lewin, K. L.; Ryning, F. W. Cryptosporidial enteritis in a patient with congenital hypogammaglobulinemia. Hum. Patho. 10: 234-40, 1979.

19. Laxer, M.A.; Timblin, B.K.; Patel, R. J. DNA sequences for the specific detection of Cryptosporidium parvum by the polymerase chain reaction. Am. J. Trop. Med. Hyg. 45: 688-94, 1991.

20. Morgan, U. M. et al. Comparison of PCR and microscopy for detection of Cryptosporidium parvum in human fecal specimens: clinical trial. J. Clin. Microbiol. 36: 995-8, 1998.

21. Orlandi, P. A.; Lampel, K. A. Extraction-free, filter-based template preparation for rapid and sensitive PCR detection of pathogenic parasitic Protozoa. J. Clin. Microbiol. 38: 2271-7, 2000.

22. Pedraza-Dias, S. et al. Nested Polymerase chain reaction for amplification of the Cryptosporidium oocysts wal protein gene. Emerg. Infec. Dis. 7: 49-56, 2001.

23. Perez-Schael, I. et al. Cryptosporidiosis in Venezuelan children with acute diarrhea. Am. J. Trop. Med. Hyg. 34: 721-2, 1985.

24. Pieniazek, N. J. et al. New Cryptosporidium genotypes in HIV- infected persons. Emerg. Infect. Dis. 5: 444-9, 1999.

25. Spano, F. et al. PCR-RFLP analysis of the Cryptosporidium oocyts wall protein (COWP) gene discriminates between C. wrairi and C. parvum, and between C. parvum isolates of human and animal origin. FEMS Microbiol Lett. 150: 209-17, 1997.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2004 Aparecida Helena de Souza Gomes, Hermínia Yohko Kanamura, Marcos Eduardo de Almeida, Ana Julia Urias dos Santos Araujo

Downloads

Não há dados estatísticos.