Ocorrência de Aflatoxinas em amendoim e produtos de amendoim comercializados na região de Marília – SP, Brasil no período de 1999-2001
pdf

Palavras-chave

aflatoxinas B 1 e G1
amendoim
ocorrência
cromatografia em camada delgada

Como Citar

1.
Shundo L, Silva RA, Sabino M. Ocorrência de Aflatoxinas em amendoim e produtos de amendoim comercializados na região de Marília – SP, Brasil no período de 1999-2001. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 30º de dezembro de 2003 [citado 5º de maio de 2024];62(3):177-81. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/34885

Resumo

Oitenta e sete amostras de amendoim e produtos derivados de amendoim comercializados na região de Marília/SP – Brasil no período de 1999 a 2001 foram analisadas para identificar e quantificar aflatoxinas B1 e G1, determinadas através de cromatografia em camada delgada, de acordo com o método descrito por Soares e Rodriguez-Amaya. As aflatoxinas foram encontradas em 56 (64,4%) amostras e 34 (39,1%) excederam os limites da legislação brasileira em vigor neste período, que para a somatória de AFB1 e AFG1, era de 30 µg/kg. As concentrações de aflatoxinas nas amostras variaram de 3 a 1659 µg/kg, com a média de 306 µg/kg. Em 31 amostras (35,6%) não foram detectadas aflatoxinas e o 90th percentil foi de 601µg/kg. Dados de temperatura e pluviosidade neste mesmo período indicaram que a contaminação em altos níveis, coincidiram com temperaturas e pluviosidade elevadas e, possivelmente pode ter sido a causa dos altos teores de aflatoxinas encontrados. Este estudo indicou que a contaminação por aflatoxinas existe, possivelmente devido às condições de temperatura e umidade prevalecentes na região de Marília que são favoráveis ao crescimento de fungos. A implantação de boas práticas agrícolas e uma avaliação contínua e sistemática é o melhor caminho para prevenir e controlar...

https://doi.org/10.53393/rial.2003.62.34885
pdf

Referências

1. Brasil. Leis, Decretos, etc. Resolução n° 34/76 da Comissão de Normas e Padrões para Alimentos. Diário Oficial, Brasília, DF, Sec. I, p 710, 19 de janeiro de 1977.Fixa padrões de tolerância para as aflatoxinas em alimentos.

2. Brasil. Leis, Decretos, etc. Resolução – RDC n° 274 de 15/10/2002 da ANVISA. Diário Oficial da União, Brasília, DF, Sec. I, 16 de outubro de 2002. Aprova o Regulamento Técnico sobre limites máximos de aflatoxinas no leite, amendoim e milho.

3. Brigido, B.M.; Badolato, M.I.C.; Freitas, V.P.S. Contaminação de amendoim e seus produtos comercializados na região de Campinas – SP por aflatoxinas durante o ano de 1994. Rev. Inst. Adolfo Lutz, 55(2): 85-90, 1995.

4. Bullerman, L.B; Schroeder, L.L.; Park, K.Y. Formation and Control of Mycotoxins in Food. J. Food. Prot., 47(8): 637-646, 1984.

5. Chu, F.S. Mycotoxins: food contaminations, mechanism, carcinogenic potencial and preventive measures. Mutat. Res., 259: 291-306, 1991

6. Codex Alimentarius – Codex Committee on Food Additives and Contaminants – Discussion Paper on the Development of a Code of Practice for the Reduction of Aflatoxin Contamination in Peanuts – CX/FAC 03/25 – nov/2002.

7. Diener, U.L.; Davis, N.D. Limiting temperature and relative humidity for growth and production of aflatoxin and free fatty acids by Aspergillus flavus in sterile peanuts. J. Am. Oil Chem. Soc., 44: 259-263, 1987.

8. Freitas, V.P.S.; Brigido, B.M. Occurrence of aflatoxins B1, B2, G1 and G2 in peanuts and their products marketed in the region of Campinas, Brazil in 1995 and 1996. Food Addit. Contam.,15(7): 807-811, 1985.

9. IARC. Some naturally occurring substances: food items and constituents, heterocyclic aromatic amines and mycotoxins., IARC Monographs on the Evaluation of Carcinogenic Risks to Humans. Lyon, International Agency for Research on Cancer 1993, 56: 254-395.

10. Martins-Maciel, E.R. et al. Incidence of aflatoxins and Aspergillus flavus in peanuts consumed in Maringá city, Brazil. Arq. Biol. Tecnol., 39(4): 807-813, 1996.

11. Moss, M.O. Mycotoxins of Aspergillus and other Filamentous Fungi. J. Appl. Bacteriol. Symp. Suppl.: 69S-81S, 1989.

12. Moss, M.O. Economic Importance of Mycotoxins – Recent Incidence. Int. Biodeterior. Biodegradation, 27:195-204, 1991.

13. OPAS. Organización Panamericana de la Salud. Micotoxinas. Criterios de Salud Ambiental 11, Washington, OPAS, 1983, 131 p.

14. Park, L.; Liang, B. Perspectives on Aflatoxin Control for Human Food and animal feed. Trends Food Sci. Tech., 4: 334-342, 1993.

15. Pittet, A. Natural Occurrence of Mycotoxins in Foods and Feeds: A Decade Review. In: Koe, WJ, Samson RA, van Egmond HP, Gilbert J, Sabino M (Ed). Mycotoxins and Phycotoxins in Perspective at the Turn of the Millennium. Wageningen, The Netherlands: 2001, p.153-172.

16. Prado, G. Incidência de Aflatoxina B1 em Alimentos. Rev. Farm. Bioquím., 5:147-157, 1983.

17. Sabino, M. et al. A Survey of the Occurrence of Aflatoxins in groundnut (peanuts) and groundnut products in São Paulo State/Brazil in 1994. Rev. Inst. Adolfo Lutz, 58(1): 53-57, 1999.

18. Sabino, M. et al. Occurrence of Aflatoxins in Peanuts and Peanuts Products Consumed in the State of São Paulo/Brazil from 1995 to 1997. Rev. Microbiol., 30: 85-88, 1999.

19. Scott, PM. – Natural Toxins. In: Association of Official Analytical Chemists – Official Methods of Analysis of the Association of Official Analytical Chemists. 16th ed. Maryland: 1997, cap 49, p.26-27.

20. Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) – Regional de Marília. Escritório de Desenvolvimento Rural. Observações termo-pluviométricas, 1998, 1999, 2000 e 2001.

21. Soares, L.V.; Rodriguez-Amaya, D.B. Survey of aflatoxins, ochratoxin A, zearalenone and sterigmatocystin in some Brazilian foods by using a multitoxin thin-layer chromatographic method. J. Assoc. Off. Anal. Chem., 72 (1):22-26, 1989.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2003 Luzia Shundo; Rosângela A. Silva, Myrna Sabino

Downloads

Não há dados estatísticos.