Resíduos de endosulfan em solo (Latossolo Roxo) cultivado com soja [Glycine max (L.) Merrill]
pdf

Palavras-chave

solo
soja
sistemas convencional e MIP
endosulfan

Como Citar

1.
Corrêa CMD, Oliveira JJ do V, Tornisielo VL. Resíduos de endosulfan em solo (Latossolo Roxo) cultivado com soja [Glycine max (L.) Merrill] . Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 29º de agosto de 2003 [citado 28º de abril de 2024];62(2):69-75. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/34912

Resumo

O emprego dos agrotóxicos na agricultura reduz a perda de alimentos ao combater as pragas, porém os seus resíduos podem contaminar o meio ambiente, principalmente o solo. Este trabalho teve como objetivo avaliar os níveis de resíduos do inseticida endosulfan e seu principal metabólito, sulfato de endosulfan, em solo cultivado com a soja. O experimento com a soja foi conduzido em uma área de 900m2, dividida em três parcelas iguais, destinadas ao controle (sem aplicação do inseticida), ao sistema de manejo integrado de pragas (MIP) e ao sistema convencional, com aplicações de endosulfan nas doses de 437g i.a./ha e 1312g i.a./ha, respectivamente. O endosulfan foi quantificado por cromatografia gasosa com detector de captura de elétrons (63Ni), sete dias e um ano após cada pulverização. Não foi detectado nenhum resíduo do inseticida endosulfan no solo (10-20cm), onde foi cultivada a soja no sistema MIP, dentro do limite de quantificação do método [α-endosulfan (0,005mg/g), β-endosulfan (0,005mg/g) e sulfato de endosulfan (0,1mg/g)]. O resíduo de endosulfan total no solo foi de 0,06mg/g para o MIP na profundidade de 0-10cm e para o sistema  convencional os níveis foram 0,14µg/g (0-10cm) e 0,03µg/g (10-20cm). Após um ano da aplicação de endosulfan, nenhum resíduo foi detectado...

https://doi.org/10.53393/rial.2003.62.34912
pdf

Referências

1. Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais – ABIOVE. http://www.abiove.com.br 1998.

2. Brasil. Ministério da Agricultura. Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária. Portaria nº 95/85 de 21 de Novembro de 1985. Diário Oficial da União, 22 de Novembro de 1985.

3. Byers, R. A ., Woodham, D. W., Bowman, M. C. G. Residue on coastal Bermuda grass, trash and soil with endosulfan. Journal of the Econimc Entomology, 58: 160-161, 1965. Apud. World Health Organization. Endosulfan. Geneva: WHO, 1984. 60p. (Environmental Health Criteria, 40).

4. Costa, S. L. A soja na produção de alimentos. In: Seminário Nacional de Pesquisa de Soja, Londrina, 1978. Anais. Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuária, 1979. v.2, p.235-243.

5. Dores, E. F. G. C., De-Lamonica-Freire, E. M. Contaminação do ambiente aquático por pesticidas: vias de contaminação e dinâmica dos pesticidas no ambiente aquático. Pesticidas

Revista de Ecotoxicologia e Meio Ambiente, 9: p. 1-18, 1999.

6. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Recomendações técnicas para a cultura da soja na região Central do Brasil 1996/97. Londrina, 1996. 164 p.

7. Gelmini, G. A., Novo, J. P. S., Zamoriolli, D. P. Coletânea de portarias e informações gerais sobre defensivos agrícolas e receituário agronômico. 3a ed., Campinas: CATI, 1986. p. 159-161.

8. Goebel, H., Gorbach, S., Knauf, W., Rimpau, R.H., Hüttenbach, H. Properties, effects, residues, and analytics of the inseticide endosulfan. New York, Springer-Verlag, 1982. 174p. (Residues Reviews, 83).

9. Gorbach, S., Merz, H. D. Residue analysis of endosulfan in the soil of soybean field in Rio Grande do Sul. 1983, 8p. (não publicado).

10. Greve, P.A. Rapid identification method for endosulfan from GLC peak shifts under the influence of alkali. J. Agric. Food Chem., 19: 372, 1971.

11. Inomata, O. N. K.; Lemes, V. R. R.; Barreto, H. H. Avaliação dos teores de endosulfan em diferentes profundidades do solo. Rev. Inst. Adolfo Lutz, 56(2): 53-56, 1996.

12. Lehr, W. Statement concerning soil metabolism and mobility of endosulfan (Hoe 002671). Frankfurt, Hoechst, 1992a. 8p. (Report, PSR-WLO2/92).

13. Lehr, W. Statement concerning the hydrolysis and biodegradation of endosulfan in water. Frankfurt, Hoechst, 1992b. 8p. (Report, PSR-WLO5/92).

14. Lehr, W. Statement concerning the chemical classfication of endosulfan. Frankfurt, Hoechst, 1993. 3p. (Report, PSR-93/034).

15. Luke, M.A., Froberg, J.E., Masumoto, H.T. Extraction and clean-up of organochlorine, organophosphate, organonitrogen and hidrocarbon pesticides in produce for determination by gas-liquid chromatography. J. Assoc. Off. Anal. Chem., 58(5): 1020-1026, 1975.

16. Martens, R. Degradation of [8,9-14C]-endosulfan by microorganisms. Appl. Environ. Microbiol., 31: 853, 1976.

17. Miles, J. R. W., Harris, C. R. Journal Environ. Science Health Bulletin. V. 13, p. 199, 1978. Apud. MILES, J.R.W., MOY, P. Degradation of endosulfan and its metabolities by a mixed of sol culture of soil microorganism. Bull. Environ. Contam. Toxicol., 23: 13-19, 1979.

18. Miles, J.R.W., Moy, P. Degradation of endosulfan and its metabolities by a mixed of sol culture of soil microorganism. Bull. Environ. Contam. Toxicol., 23: 13-19, 1979.

19. Oliveira, J. J. V., Toledo, M. C. F. Resíduos de agrotóxicos em morangos. Pesticidas Revista Técnico Científica, 5: 95-110, 1995.

20. Racke, K. D. Pesticides in the soil microbial ecosystem. In: RACKE, Keneth D., COATS, Joel R. Enhanced biodegradation of pesticides in the environment. Iowa, Dow Elanco, 1990. 12p.

21. Raij, B. V.; Andrade, J. C.; Cantarella, H.; Quaggio, J. A. Análise química para avaliação da fertilidade de solos tropicais. Instituto Agronômico, Campinas, 2001, 285p.

22. Rao, D. M. R., Murty, A. S. Toxicity, biotransformation and elimination of endosulfan in Anabas testudineus (Bloch). Indian Journal of Experimental Biology, 18: 664-666, 1980.

23. Stumpf, K., Abhaver, J. An up-to-date review of the environmental chemistry of endosulfan. Frankfurt, Hoechst, 1986. 23p. (Report B 81/86).

24. Tornisielo, V. L., Pinho, R. S, Monteiro, R. T. R., Costa, M. A. Lixiviação do inseticida 14C-endosulfan em solos do Estado de São Paulo. Pesticidas Revista de Ecotoxicologia e Meio Ambiente, 8: 1-8, 1998.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2003 Célia M. D. Corrêa, Jorge J. do V. Oliveira, Valdemar L. Tornisielo

Downloads

Não há dados estatísticos.