Composição química e aceitabilidade de pão sem glúten desenvolvido com mucilagem de quiabo
pdf

Palavras-chave

polissacarídeos
hidrocolóides
Hibiscus esculentus L
doença celíaca

Como Citar

1.
Rodrigues VC da C, Rodrigues KC da C, Fialho CG de O, Bastiani MID, Milagres RCRM, Souza ECG de. Composição química e aceitabilidade de pão sem glúten desenvolvido com mucilagem de quiabo. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 30º de setembro de 2020 [citado 28º de março de 2024];79(1):1-6. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/35483

Resumo

Com objetivo de produzir pão sem glúten com composição química aprimorada e boa qualidade
sensorial, foram elaboradas três formulações com diferentes quantidades de mucilagem de quiabo:
(F0) 0 mL; (F1) 100 mL; (F2) 150mL. Determinou-se: rendimento da mucilagem, composição
centesimal, valor calórico e atributos sensoriais dos pães por meio de escala hedônica. A mucilagem
aumentou o rendimento das F1 e F2. Não houve diferença no teor de proteínas e o teor de lipídios de
7,9 g 100 g-1 (F1) e 6,0 g 100 g-1 (F2) foram inferiores ao da F0. A umidade da F1 (32,15 g 100 g-1) foi
menor que nas demais formulações, enquanto cinzas (0,70 g 100 g-1), carboidrato (56,75 g 100 g-1)
e valor calórico (308,1 kcal 100 g-1) foram superiores. No teste sensorial, todos os atributos foram
avaliados nas categorias “gostei ligeiramente” e “gostei extremamente” pela maioria dos julgadores.
A F1 obteve avaliações superiores às da F2 para textura, cor e impressão global e não diferiu em
nenhum dos atributos na F0. Conclui-se que a F1 pode ser uma opção viável na busca de pão sem
glúten com composição química aprimorada, por conter menor teor de lipídio e umidade, maior teor
de cinzas e boa aceitação sensorial.

https://doi.org/10.53393/rial.2020.v79.35483
pdf

Referências

1. Volta U, de Giorgio R. New understanding
of gluten sensitivity. Nat Rev Gastroenterol
Hepatol. 2012;9(5):295-9. https://doi.org/10.1038/
nrgastro.2012.15

2. Gibert A, Espadaler M, Canela MA, Sánchez A,
Vaqué C, Rafecas M. Consumption of gluten-free
products: should be the threshold value for trace
amounts of gluten be at 20, 100 or 200 p.p.m.? Eur J
Gastroenterol Hepatol. 2006;18(11):1187-95. https://
dx.doi.org/10.1097/01.meg.0000236884.21343.e4

3. Leite EA, Camilo Júnior MS, Leite RS, Caldas
TCL, Silva SC. A importância de uma alimentação
equilibrada para a pessoa com autismo. Rev Campo
do Saber. 2017;3(3):20.

4. Gobbetti M, Rizzello CG, Di Cagno R, De Angelis
M. Sordough lactobacilli and celiac disease. Food
Microbiol. 2007;24(2):187-96. https://dx.doi.org/
10.1016/j.fm.2006.07.014

5. Morais MB, Silva GAP. Environmental
enteric dysfunction and growth. J Pediatr.
2019;95(Suppl 1):85-94. https://dx.doi.org/10.1016/
j.jped.2018.11.004

6. Resende PVG, Silva NLM, Schettino GCM, Liu PMF.
Doenças relacionadas ao glúten. Rev Med Minas
Gerais. 2017;27(Supl 3):51-8. https://dx.doi.org/
10.5935/2238-3182.20170030

7. Blomfeldt TO, Kuktaite R, Johansson E, Hedenqvist MS.
Mechanical properties and network structure of wheat
gluten foams. Biomacromolecules. 2011;12(5):1707-15.
https://doi.org/10.1021/bm200067f

8. Ahiakpa JK, Amoatey HM, Amenorpe G, Apatey J,
Ayeh EA, Quartey EK et al. Mucilage content of 21
accessions of Okra (Abelmoschus spp L.). Sci. Agric.
2014;2(2):96-101. https://dx.doi.org/10.15192/
PSCP.SA.2014.2.2.96101

9. Gemede HF, Haki GD, Beyene F, Rakshit SK,
Woldegiorgis AZ. Indigenous Ethiopian okra
(Abelmoschus esculentus) mucilage: A novel ingredient
with functional and antioxidant properties. Food Sci
Nutr. 2018;6(3):563-71. https://doi.org/10.1002/fsn3.596

10. Sinha P, Ubaidulla U, Nayak AK. Okra (Hibiscus
esculentus) gum-alginate blend mucoadhesive
beads for controlled glibenclamide release. Int J
Biol Macromol. 2015;72:1069-75. https://doi.org/
10.1016/j.ijbiomac.2014.10.002

11. Official Methods of Analysis - AOAC (Washington -
EUA). Association of Official Analytical
Chemists. 19.ed. Gaithersburg (Maryland): AOAC
International; 2012.

12. Merril AL, Watt BK. Energy value of foods:
basisand derivation.Washington (DC): United
States Department of Agriculture; 1973.

13. Stone H, Sidel JL. Sensory Evaluation Practices. 2. ed.
London: Academic Press; 1993.

14. Ministério da Saúde (BR). Agência Nacional de
Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 90, de 18
de outubro de 2000. Aprova o regulamento técnico
para fixação de identidade e qualidade de pão. Diário
Oficial da União. Brasília, DF, 20 out 2000.

15. Ministério da Saúde (BR). Agência Nacional de
Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 359, de 23
de dezembro de 2003. Aprova regulamento técnico
de porções de alimentos embalados para fins de
rotulagem nutricional. Diário Oficial da União.
Brasília, DF, 26 dez 2003. Disponível em: http://
bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2003/
rdc0359_23_12_2003.html
Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2020 Vivian Cristina da Cruz Rodrigues, Kellen Cristina da Cruz Rodrigues, Cristiane Gonçalves de Oliveira Fialho, Maria Inês Dantas Bastiani, Regina Célia Rodrigues Miranda Milagres, Eliana Carla Gomes de Souza

Downloads

Não há dados estatísticos.