Resumo
Foi realizado estudo coproparasitológico em 218 crianças que freqüentam creches comunitárias de Niterói/RJ e de 43 funcionários, tendo sido observada uma positividade para enteroparasitas em 120 (55%) e 15 (34,9%) respectivamente. Dentre as amostras positivas das crianças, o parasita que apresentou maior freqüência entre os protozoários foi Giardia lamblia (38,3%) seguida por Entamoeba coli (26,6%), Endolimax nana (17,5%), Entamoeba histolytica (11,6%) e Blastocystis hominis (2,5%). E. coli foi o parasita mais freqüente entre os funcionários. Entre os helmintos, nas crianças, o mais freqüente foi Ascaris lumbricoides (30%) seguido por Trichuris trichiura (26,6%), Hymenolepis nana (0,8%) e Enterobius vermicularis (0,8%). O monoparasitismo foi observado em 57,5% das crianças positivas. A alta incidência de enteroparasitas e em especial das protozooses sugere a possibilidade de transmissão interpessoal entre as crianças, contaminação ambiental ou mesmo a ocorrência de ingestão de alimentos e/ou água contaminados. Tais resultados demonstram a necessidade da implementação de medidas relacionadas a saneamento básico e programas contínuos visando educação sanitária nas comunidades estudadas, o que possibilitará uma melhoria na condição de vida das crianças e, conseqüentemente, melhora do aprendizado e desenvolvimento.
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